Cinco curiosidades sobre a Bola de Ouro de Eusébio de 1965! Lenda do Benfica fez história

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Glorioso 1904

·27 décembre 2025

Cinco curiosidades sobre a Bola de Ouro de Eusébio de 1965! Lenda do Benfica fez história

Cumprem-se hoje seis décadas sobre um dos momentos mais dourados do desporto nacional. Eusébio, a lenda maior do Benfica, foi coroado com a Bola de Ouro de 1965, cimentando o estatuto de melhor jogador a atuar na Europa naquela altura. O 'Pantera Negra' não só levou as águias ao topo, como fez história ao ser o primeiro futebolista negro a erguer o troféu, colocando África no mapa e provando que o talento supera qualquer barreira.

Confira cinco curiosidades sobre o triunfo de Eusébio na Bola de Ouro de 1965:

Longe do glamour atual, o craque recebeu a novidade via rádio, durante um passeio em Samouco. Estava acompanhado por Coluna, Neto e as respetivas esposas quando a emissão revelou o vencedor. Apanhado de surpresa, Eusébio abraçou-se a Flora, com quem se tinha casado há pouco tempo e chorou de emoção nos braços da mulher.
A vitória teve um sabor especial a desforra. O avançado do Benfica somou 67 pontos, mais oito do que Giacinto Facchetti. O italiano era o capitão do Inter de Milão, equipa que, meses antes, tinha derrotado os encarnados na final da Taça dos Campeões Europeus, num jogo marcado por condições climatéricas adversas e por uma série de eventos, no mínimo, pouco usuais.
Os registos de 1964/65 foram demolidores. O 'Rei' apontou 48 golos em apenas 36 jogos. Na Taça dos Campeões Europeus, foi o melhor marcador a par de José Torres, com nove remates certeiros. O destaque vai para os quartos de final frente ao gigante Real Madrid, onde faturou por três vezes no conjunto das duas mãos.
A consagração perante os adeptos aconteceu a 9 de março de 1966, no Estádio da Luz, antes de um duelo europeu contra o Manchester United. Contudo, a festa foi estragada pelos red devils. George Best e companhia 'pintaram a manta' e aplicaram uma goleada pesada de 5-1 às águias em plena noite de celebração.
Eusébio falhou a revalidação do prémio em 1966 por apenas um ponto, perdendo para Bobby Charlton, apesar de ser o favorito após o Mundial. A derrota deveu-se ao facto de o correspondente da France Football em Portugal não ter atribuído qualquer ponto ao compatriota. O feito de vencer dois anos seguidos só seria alcançado mais tarde, em 1973 e 1974, por Johan Cruyff.