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·15 janvier 2025

Coluna do Torcedor: “Reflexões sobre o Campeonato Carioca – 1”

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Algumas considerações sobre o futebol no estado do Rio de Janeiro, com seus respectivos campeões, desde o ano de 1906


O Campeonato Carioca de Futebol do ano de 2024 consagrou o Flamengo, uma vez mais, como o grande Campeão do Estado do Rio de Janeiro. Desta feita, ostentando uma campanha invicta, a sétima desde o início de sua participação em 1912. No citado evento, o Rubro-negro demonstrou absoluta superioridade sobre os demais concorrentes.

Destaque-se que, além de obter a maior quantidade de pontos durante a fase inicial e dos desempenhos alcançados nos jogos das semifinais e finais, o Clube da Gávea apresentou o ataque mais positivo, a defesa menos vazada, um significativo saldo de gols e o Artilheiro da competição.


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Em vias de principiar o certame de 2025, considera-se importante analisar de forma retroativa alguns valores históricos e representativos, sobretudo aqueles relativos à quantidade de Competições e Títulos de cada Instituição partícipe do que foi designado, certa feita, como “o mais charmoso campeonato estadual do denominado esporte bretão” em nosso País.

Necessário se faz resgatar que, embora tenha se iniciado em 1906, o Carioca é apenas o terceiro mais antigo dentre os realizados pelas diversas Unidades da Federação, sendo superado, no fator longevidade, pelos seus antecedentes paulista (1902) e baiano (1905).

A esta altura, pretende-se distinguir que com os recentes resultados, o Flamengo reforçou a sua posição de liderança com 38 conquistas do Estadual. A seguir, Fluminense (33), Vasco (24), Botafogo (21), América (7), Bangu e São Cristóvão (2) e Paissandu (1) completam a rol de Agremiações que inscreveram seus nomes dentre as eternamente agraciadas com este reconhecimento.

Urge, ainda, evidenciar que ao longo dos 119 anos transcorridos desde a sua criação, houve a condecoração de 128 Campeões Cariocas. As explanações sobre tais discrepâncias nos dados vão desde o processo de transformação do futebol amador em profissional, o que gerou a ocorrência de torneios paralelos e duplicidade de vencedores em determinados anos, até a mudança da Capital da República para Brasília. Este fato provocou a fusão do Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro, decretada em 12/julho/1974 e implantada em 1º/março/1975.

A partir desta data, as organizações até então existentes de cada segmento governamental, comercial, industrial, desportivo e autárquico começaram a se agregar, visando agir de forma unificada.

Em 15/setembro/1978 foi instituída a FERJ como hoje a conhecemos, reunindo as duas federações que atuavam à época. Esta circunstância levou à promoção de dois Campeonatos no mesmo ano (1979), ambos vencidos pelo Flamengo, sendo um deles rotulado de Especial. O objetivo da citada iniciativa foi o de “celebrar”, respectivamente, o último e o primeiro das antiga e nova realidades esportivas e geográficas.

Ressalte-se que em 8 (oito) temporadas anteriores (1907, 1912, 1924, 1933, 1934, 1935, 1936, 1937), duas Entidades restaram declaradas Campeãs em cada ciclo perfazendo, em consequência, um total de 16 (dezesseis) vitoriosos. Nesses períodos, os triunfos compartilhados pertencem ao Botafogo (em 5 oportunidades), Fluminense (4), Vasco (3), América, Bangu, Paissandu e São Cristóvão (1 vez cada).

No intuito de melhor avaliar as performances dos diversos Times Cariocas desde a implementação dessa disputa, avalia-se como relevante recordar que alguns Clubes surgiram antes de outros e, portanto, já detinham premiações antes de serem estabelecidas as rivalidades subsequentes, entre as principais Equipes.

Em razão da afirmativa acima, consigne-se que Fluminense e Botafogo, que se enfrentam no tradicional “Clássico Vovô”, foram constituídos antecipadamente. Ambos já possuíam, 5 (cinco) e 2 (duas) Taças, uma delas partilhada, precedentes à estreia do Flamengo, na primeira divisão do Futebol, em 03/março/1912.

Da mesma forma, quando o Vasco começou sua trajetória, de início na terceira divisão em 1916, o Fluminense havia vencido 5 (cinco), Botafogo 3 (três), Flamengo, 2 (duas) e América 1 (uma) vez. Essas aclamações estavam computadas antes da entrada do Clube de São Januário no Futebol.

Nas avaliações em que seja adotado como parâmetro o acesso do Vasco na primeira divisão, consumado em 2023, alteram-se os valores citados, pois, nesta ocasião o Fluminense já detinha 8 (oito), Flamengo 4 (quatro), Botafogo e América 3 (três) dessas insígnias.

Com efeito, algumas torcidas mais bem informadas sobre essas conjunturas, costumam encaixar tais ponderações nos debates de alto nível que envolvem manifestações de contendores a respeito de comparativos sobre a quantidade de títulos de cada Clube.

Com incontáveis deferências ao passado, bem como as realizações das insignes Associações Desportivas em tela, hipotéticas reduções dos troféus alcançados em fases precedentes à participação de determinados oponentes, podem contribuir para que na descontração das resenhas existam aferições mais equânimes no que se refere a esses cotejos. Sempre de bom grado, reverenciando e enaltecendo os interlocutores e suas preferências por quaisquer Competidores.

Em resumo, como exemplos de “duelos entre Clubes com temário que aborda títulos vencidos, desde que ambos existem para o Futebol”, focaliza-se os placares em relação ao Flamengo, atual Campeão, que se encontram distribuídos da seguinte forma: Fla x Flu (38 x 28), Flamengo x Botafogo (38 x 19 – exatamente o dobro) e Fla x Vasco, 36 x 24 ou 34 x 24, dependendo do critério utilizado. Esses exemplos poderiam ser reproduzidos para diversos antagonismos, sem quaisquer conotações depreciativas. Apenas contrapondo os fatos explicitados acima.

Registre-se que nas avaliações que contemplem os maiores possuidores de Taças Guanabara, números de vitórias nos confrontos diretos e dimensões de torcidas, onde supera a todos por larga margem, o protagonismo do Flamengo no Estado se apresenta de forma mais nítida e indubitável.

Finalizando, impõe-se destacar que, embora a integralidade dos coirmãos seja merecedora de distintas homenagens, o Flamengo, após sucessivas gestões sintonizadas com as demandas e exigências do Século XXI, que viabilizaram o alcance de expressiva quantidade de títulos cariocas, nacionais e internacionais, vem ocupando, com o passar das décadas, a posição do poderoso rival a ser enfrentado pelos adversários no Estado do Rio de Janeiro.


AUTOR: Engº Civil Henrique LuduviceEx-Presidente do CREA/DF, MÚTUA e CONFEASócio do Flamengo há 40 anos.Membro Nato do Conselho Deliberativo


OBS: a Coluna do Torcedor é uma produção independente, que não diz respeito à produção da equipe de redação/reportagem do Coluna do Fla. Portanto, as opiniões e dados apresentados estão diretamente ligados ao referido autor.

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