Jogada10
·12 septembre 2025
Com bandeira do Flamengo de marca, Adriano Imperador leva Romário em casa onde cresceu

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·12 septembre 2025
Adriano Imperador recebeu Romário em um dos lugares mais simbólicos de sua trajetória: a casa onde passou a infância na Vila Cruzeiro, comunidade da Zona Norte do Rio. Em um encontro registrado para o canal do baixinho, os dois trocaram papos sobre o passado, presente e futuro.
Logo na chegada, o Baixinho se deparou com a bandeira do Flamengo pendurada na varanda da residência — clube de coração do Imperador. O anfitrião conduziu o convidado por diversos pontos da comunidade, mostrando onde jogava bola, a rua onde morava com os pais e locais que marcaram sua formação pessoal e esportiva.
“Isso aqui é o meu mundo”, declarou Adriano, visivelmente emocionado ao retornar à sua antiga casa.
Adriano compartilhou lembranças de sua infância ao longo da visita e reforçou o valor simbólico que a comunidade representa em sua vida. Mesmo após o sucesso na Europa e a consagração como um dos grandes nomes da Seleção e do Flamengo, o ex-jogador destacou que nunca se afastou emocionalmente de suas origens.
“Meu umbigo está enterrado na favela. Vila Cruzeiro, Complexo da Penha”, disse o ex-camisa 10, enquanto percorria becos e vielas ao lado do amigo. Segundo ele, voltar ao local faz com que ele se reencontre com sua essência e memória do pai, Mirinho, uma figura muito respeitada na região.
A relação com a comunidade também se manifesta na rotina simples que Adriano mantém. Durante o passeio, ele mencionou que ainda prefere atividades como jogar dominó na calçada e tomar banho de balde em dias quentes.
“Aqui eu sou respeitado de verdade. Aqui está a minha história”, completou.
Além da visita, o encontro rendeu uma conversa intimista no canal de Romário, no Youtube, onde Adriano abordou passagens marcantes de sua carreira. Entre os temas, falou sobre a frustração com a Copa do Mundo de 2006, a relação com a bebida e as dificuldades que enfrentou na Itália.
“Se eu tivesse essa cabeça que tenho hoje com 20 anos, com a força física que eu tinha, com a habilidade… Com certeza eu poderia ser [melhor do mundo]”, afirmou ao refletir sobre os desafios de sua trajetória profissional.
O ex-jogador também criticou a preparação da Seleção Brasileira para o Mundial da Alemanha: “Faltou organização. A gente não estava com a cabeça 100% focada”.
Adriano afirmou que continua visitando a Vila Cruzeiro com frequência, mesmo após anos de aposentadoria. De acordo com ele, o retorno ao local onde cresceu é uma forma de encontrar paz e recuperar a identidade construída desde a infância.
“Na minha comunidade ninguém de fora sabe o que eu tô fazendo. A única coisa que eu busco na Vila Cruzeiro é sossego”, completou.