
Saudações Tricolores.com
·16 juin 2025
Conheça o Borussia Dortmund, adversário do Fluminense na estreia do Mundial de Clubes

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·16 juin 2025
O Fluminense inicia sua trajetória no Super Mundial de Clubes 2025 nesta terça-feira (17), às 13h (de Brasília), contra o Borussia Dortmund, no MetLife Stadium, em Nova Jersey. A estreia já é uma decisão: trata-se do confronto mais duro da fase de grupos, diante do adversário mais tradicional da chave. E o Tricolor vai encarar um Dortmund em fase de ascensão no cenário europeu.
Tradição e títulos
Fundado em 1909, o Borussia Dortmund é um dos clubes mais tradicionais da Alemanha. Acumula oito títulos da Bundesliga (primeira divisão alemã), o mais recente em 2012, além de cinco vezes campeão da taça da Alemanha (DFB POKAL) e uma taça da UEFA Champions League, conquistada em 1996/97, quando bateu a Juventus na decisão. Na temporada passada, o clube foi eliminado nas quartas de final da Champions pelo Barcelona, após derrota por 4 a 0 na ida e vitória insuficiente por 3 a 1 na volta.
No Campeonato Alemão 2024/25, a recuperação foi o principal trunfo. Quando o croata Niko Kovač assumiu o comando técnico, em fevereiro, o Dortmund ocupava a 11ª colocação. O time reagiu, engatou boa sequência de resultados e terminou a Bundesliga na 4ª posição, garantindo vaga direta na próxima edição da Liga dos Campeões. Uma arrancada que recolocou o clube no seu patamar competitivo, mesmo com eliminações precoces em outras frentes, como a Copa da Alemanha.
Como joga o Dortmund?
Sob comando de Kovač , o Borussia Dortmund adota um modelo de jogo híbrido, com variações entre o 3-4-2-1 e o 4-2-3-1, dependendo do adversário e do momento da partida. A tendência para o Mundial é manter o sistema com três zagueiros, não necessariamente por convicção, mas por necessidade, já que o elenco sofreu com instabilidades defensivas ao longo da temporada. A ausência do zagueiro Schlotterbeck, lesionado, agrava ainda mais esse cenário. Diferente do Fluminense, que vive a metade da temporada brasileira, o Dortmund encerrou sua campanha no calendário europeu há poucas semanas e chega ao Mundial com o elenco em reta final de temporada e desgaste acumulado após maratona continental
Defensivamente, o Dortmund tem sido vulnerável. A equipe encerrou a Bundesliga com média de quase 1,5 gol sofrido por jogo (51 em 34 partidas), além de ter levado 19 gols em 14 partidas na última Champions League. É uma defesa que sofre em transição defensiva, especialmente pelos lados, o que pode ser um prato cheio para pontas velozes e com boa leitura de espaço, como Arias e Serna. A média de desarmes por jogo foi de 49,4, mas o número alto de perdas de posse (130,8 por partida) evidencia uma certa desorganização quando pressionado.
No meio-campo, Kovač aposta em jogadores com capacidade física e boa chegada à frente, como Nmecha e Sabitzer. O austríaco, em especial, atua como o motor do time na construção ofensiva, alternando entre passes verticais e aproximação na intermediária. O Dortmund tem um estilo de posse controlada, mas não excessiva, prefere transitar em velocidade do que cadenciar. Por jogo, a equipe tem média de 55 assistências (passes decisivos) por temporada, o que mostra uma capacidade razoável de construção.
No ataque, a referência é Guirassy. Com 23 gols apenas na última Bundesliga, o guineano é um centroavante completo, finaliza bem de dentro e fora da área, se movimenta com inteligência e se impõe fisicamente. Ele tem ao seu lado Karim Adeyemi, jogador de explosão e drible, e Julian Brandt, meia com leitura de espaços e ótimo passe entrelinhas. Juntos, formam um trio ofensivo que mescla imposição, velocidade e técnica.
Outro ponto importante é a bola parada ofensiva. O Dortmund tem boa média de gols em escanteios e faltas laterais, principalmente quando Sule está em campo. Com a ausência de Schlotterbeck, essa arma perde força, mas ainda pode ser perigosa com a entrada de zagueiros como Anton ou Bensebaini.
O grande desafio para o Fluminense será entender e neutralizar essas dinâmicas ofensivas do time alemão, aproveitando os espaços deixados entre os alas e zagueiros. Com posse de bola inteligente, o Tricolor pode explorar as brechas nas costas dos laterais e transformar pressão em vantagem.
Possível escalação
Borussia Dortmund (técnico: Niko Kovač)Kobel; Sule, Bensebaini, Anton; Ryerson, Nmecha, Sabitzer, Svensson; Brandt, Adeyemi; Guirassy.
Fluminense (técnico: Renato Gaúcho)Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Freytes, Fuentes (Renê); Martinelli, Nonato (Hércules), Ganso; Arias, Serna e Everaldo (Cano).
Onde assistir