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Gazeta Esportiva.com

·24 octobre 2025

Corinthians decide pagar multa e trocar operação do estacionamento da Arena; veja detalhes

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O Corinthians está prestes a trocar a operação do estacionamento da Neo Química Arena atualmente comandada pela Indigo. Com a nova empresa já escolhida, resta apenas o pagamento da multa de R$ 11 milhões com a companhia atual, que o clube pretende efetuar nos próximos dias com um adiantamento da nova gestora, cujo nome ainda é mantido em sigilo.

Como publicado pela Gazeta Esportiva na última quarta-feira, existe uma divergência referente ao valor da multa com a Indigo, que administra o estacionamento da Arena desde 2018. Segundo o clube, o montante a ser pago é de R$ 11 milhões, enquanto a empresa responsável pela gestão do local entende que o valor é maior e gira em torno de R$ 20 milhões.


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O Corinthians, por sua vez, adota postura firme nas tratativas e já decidiu que irá pagar os R$ 11 milhões. Caso a Indigo não concorde com as condições, existe a possibilidade da empresa cobrar a diferença de R$ 9 milhões no valor da multa na Justiça.

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(Foto: Luiz Fernando Carrijo / Corinthians)

Detalhes do novo contrato de estacionamento

A nova administradora do estacionamento da Neo Química Arena terá participação direta no pagamento da multa para romper o contrato com a Indigo. Segundo apurou a Gazeta Esportiva, a nova empresa fará um adiantamento ao Corinthians, que contemplará os R$ 11 milhões e um montante a mais, como uma espécie de ‘bônus’.

Ainda não há uma definição sobre como este adiantamento seria abatido pelo Corinthians ao longo do contrato. O clube, vale lembrar, ficaria impossibilitado de fazer novas mudanças na gestão do estacionamento enquanto não ressarcir o valor adiantado pela nova gestora.

A diretoria do Timão tem tudo engatilhado para realizar a troca, restando apenas o pagamento da multa. No contrato com a nova operadora, o Corinthians terá direito a 40% do faturamento líquido que a empresa obtiver. Para isso, a diretoria está elaborando um sistema de controle do faturamento da companhia que ficar responsável pela operação, justamente para averiguar, atentamente, quanto e como a empresa vai arrecadar periodicamente.

No início de agosto, a Gazeta Esportiva revelou que a diretoria alvinegra, presidida por Osmar Stabile, estava insatisfeita com as condições do contrato com a Indigo, o que motivou a abertura de uma espécie de “licitação” para buscar interessados em assumir a operação. Ou seja, o clube foi ao mercado e abriu um processo competitivo, livre e de ampla concorrência, onde empresas apresentaram as suas ofertas.

Nesta espécie de “licitação”, o Corinthians estipulou condições mínimas para levar qualquer proposta em consideração. O clube pretendia receber, no mínimo, R$ 20 milhões pelo período de 10 anos. Além disso, o  Timão exigia, pelo menos, 30% do faturamento que a empresa contratada obtiver, o que foi celebrado no novo acordo.

Contrato lesivo?

Integrantes da atual diretoria do Corinthians entendem que o contrato com a Indigo é lesivo ao clube. O acordo para que a empresa se tornasse responsável pela administração do estacionamento da Neo Química Arena foi firmado em maio de 2018, na gestão de Andrés Sanchez.

À época, o Timão recebeu R$ 11,4 milhões. Desta quantia, R$ 2,5 milhões foram destinados a Omni, antiga operadora do local, e R$ 8,9 milhões ao Fundo da Arena, pagos em duas parcelas.

O vínculo determina que a empresa não pode ser removida durante um período de 120 meses e que o acordo não pode ser desfeito por justa causa sob nenhuma hipótese. O contrato só atenderia a possibilidade de ser rescindido dez anos depois da vigência inicial, caso houvesse prorrogação automática, desde que o Corinthians formalizasse um aviso prévio 30 dias.

Além disso, a Indigo ficou isenta do pagamento de aluguel sempre que o faturamento líquido anual fosse igual ou inferior a R$ 4,8 milhões, valor este que foi reajustado com o passar dos anos. Com isso, mesmo utilizando um patrimônio do clube, a empresa nunca pagou qualquer mensalidade ao Corinthians.

O contrato virou alvo de críticas de torcedores e do presidente destituído Augusto Melo, que inclusive prometeu investigá-lo por meio da auditoria feita pela Ernst & Young, umas das maiores empresas do mundo no ramo, contratada no início de sua gestão para “passar o Corinthians a limpo”.

O resultado das apurações, no entanto, nunca foi oficialmente divulgado. Como publicou a Gazeta Esportiva em março deste ano, todas as informações encontradas foram apresentadas à diretoria do clube, que à época decidiu não pagar pelo serviço da E&Y e, consequentemente, por força contratual, não recebeu as cópias dos relatórios de cada contrato averiguado, o que incluiria o parecer da empresa.

No início desta semana, a atual diretoria do Corinthians, que quitou a dívida com a E&Y, teve uma reunião com membros da empresa de consultoria para apresentação do relatório. Em nota, o Timão informou que o documento “corrobora a situação financeira do clube sem apresentar fatos novos que a diretoria já não esteja tomando providências”. O clube pretende divulgar o documento em breve.

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