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·17 novembre 2025

Corinthians ficou sem camisa principal em jogo oficial por falha de gestão, aponta auditoria interna

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  1. Por Larissa Beppler | Redação da Central do Timão

Uma auditoria interna realizada pelo Corinthians para investigar possíveis desvios de materiais esportivos fornecidos pela Nike identificou uma falha grave de planejamento que levou o clube a ficar sem sua camisa principal na partida contra o Fluminense, em 13 de setembro de 2025, pelo Campeonato Brasileiro, no Maracanã. O episódio ocorreu mesmo após o clube solicitar mais de 17 mil itens esportivos à Nike em janeiro, segundo o relatório obtido pela Central do Timão.

O documento aponta que, apesar do volume “excessivo” de materiais requisitados no início da temporada, antes mesmo do lançamento oficial da nova coleção, itens essenciais ficaram indisponíveis meses depois. A auditoria classifica o episódio como resultado de falta de critérios técnicos, desorganização no controle de estoque e pedidos desalinhados das necessidades reais das equipes.


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Em setembro, Fluminense e Corinthians se enfrentaram no Maracanã, pela 23ª rodada do Brasileirão. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Falta de camisas às vésperas do jogo

De acordo com o relatório, estava previamente definido que Corinthians e Fluminense utilizariam seus uniformes principais na partida realizada no Maracanã. Porém, às vésperas da jogo, o clube percebeu que não havia camisas brancas suficientes em estoque para compor o primeiro uniforme alvinegro.

Diante da emergência, o funcionário Rafael Salomão, encarregado do almoxarifado, tentou contato com a Nike para solicitar entrega imediata do material. A fornecedora, no entanto, informou que não seria possível atender à demanda dentro dos prazos logísticos habituais, que costumam ser de aproximadamente dez dias.

Sem alternativa, o Corinthians procurou o Fluminense e solicitou autorização para que ambas as equipes atuassem com seus segundos uniformes – pedido atendido prontamente pelo clube carioca. Para os auditores, o episódio demonstra “inexistência de um processo de controle no giro de estoque, como também de um estoque de segurança devidamente estruturado”, configurando risco operacional significativo.

O relatório também cita falha na priorização de materiais críticos, estoque inflado de produtos de baixa rotatividade e indícios de desalinhamento entre pedidos e necessidades reais das equipes profissionais e de base. Parte dos itens solicitados, segundo a auditoria, permanece parada em almoxarifados ou não chega aos departamentos que de fato necessitam dos materiais.

A própria Nike, conforme registrado no documento, questionou o clube por utilizar modelos antigos em determinadas ocasiões, recomendando alinhamento com a coleção vigente para manter identidade visual e coerência na estratégia de marketing.

Recomendações e mudanças sugeridas

Diante das inconsistências, a auditoria interna propôs uma série de medidas para corrigir falhas e aprimorar a eficiência na gestão do material esportivo do clube. Entre as recomendações, estão:

• contratação de profissionais com maior capacitação técnica para gestão de estoque e relacionamento com a Nike;

• recebimento obrigatório de todos os materiais pelo almoxarifado, com conferência física e registro em sistema antes da distribuição;

• definição de critérios objetivos e cotas anuais de distribuição para dirigentes, comissões técnicas e atletas;

• implementação de parâmetros de estoque mínimo, máximo e de segurança;

• segregação das áreas Administrativas e Presidência nos controles internos de pedidos;

• realização de inventários completos a cada quatro meses.

Desvios seguem sob investigação policial

As falhas administrativas identificadas pela auditoria também se relacionam à investigação conduzida pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), do DHPP, que apura possíveis desvios de materiais esportivos do clube. O inquérito por furto qualificado foi instaurado em outubro.

Na última terça-feira (11), Marcelo Munhoes, diretor de Tecnologia e auditor responsável pelo trabalho no clube, esteve na delegacia para assinar um termo de aditamento, no qual confirmou que a auditoria foi solicitada pelo presidente do Corinthians Osmar Stabile.

Outro ponto sob investigação diz respeito ao recebimento de cerca de R$ 5 milhões em materiais da Nike no CT Joaquim Grava, no início de maio, sem que as notas fiscais fossem lançadas no sistema de gestão do clube, fato que dificulta o rastreamento interno dos itens e expõe o clube a riscos fiscais e tributários. A Central do Timão também revelou anteriormente a denúncia de comercialização irregular de uniformes oficiais por um funcionário do Corinthians nas dependências do Parque São Jorge.

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