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·7 novembre 2025

Debate final expôs o vazio e o desespero da candidatura de Noronha Lopes

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Finalmente, amanhã termina o processo eleitoral no Benfica.

Não falei sobre o debate porque, sinceramente, foi mais do mesmo — o que já vimos durante meses: ataques e mais ataques de um candidato que quer ser presidente à força, custe o que custar.


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Estamos perante uma candidatura que fez de tudo para vencer, mas esqueceu-se do essencial: a humildade. Ninguém quer à frente do Benfica alguém que, através dos seus voluntários e bots, jogou sujo, recorreu ao insulto, à difamação e à manipulação. Pode dizer que o candidato “não manda” nos seus apoiantes – talvez. Mas também é verdade que tudo o que começou nas redes sociais acabou na boca do próprio Noronha Lopes.

Depois do debate, veio a contradição total

Basta olhar para o que foi o pós-debate nas redes sociais. Segundo os seus apoiantes, Noronha foi “o maior”. Os mesmos que, na véspera, diziam que os documentos do scouting eram falsos, passaram a repetir que afinal eram confidenciais e “não se deviam mostrar”. Ontem chamou Rui Costa de mentiroso, hoje confirma que Rui Costa não mentiu.

Passou a campanha toda a falar em 60 jogadores, ontem foi desmentido — eram 32. Mas hoje, na CMTV, voltou aos 60.

E assim foi sempre: incoerência, improviso e zero substância. Nos debates, interrompia constantemente Rui Costa, sem respeito, como uma criança no recreio a gritar “a bola é minha!”.

Uma comunicação milionária… e ineficaz

Noronha Lopes pagou a peso de ouro uma equipa de comunicação incapaz de o preparar. Chegou ao ponto de ter de usar argumentos de um antigo diretor de comunicação do Benfica e até de comentadores de televisão. No debate de ontem, protagonizou momentos dignos dos velhos tempos do “Tenha calma, não se enerve”, e enervou-se mesmo.

A diferença está na postura

Depois do que me fizeram na última semana, espero sinceramente que perca por goleada. Mas o que eu quero ou acho não tem de ser o que você faz. Cada Benfiquista vota como entende. A diferença é que, ao contrário do que fizeram comigo e com tantos outros, eu respeito quem vota no Benfica, seja em quem for.

O que nunca farei é votar num leitor de cassetes, apoiado por uma máquina que passou meses a vender banha da cobra e a insultar Benfiquistas.

Se há queixas, que as faça internamente

Se hoje Noronha Lopes tem de se queixar de alguém, é da sua própria equipa: de quem lhe montou a estratégia, de quem não o preparou, e de quem lhe retirou a humildade e a sensatez que faltam a um presidente do Benfica.

Não, isto não é um discurso de vitória de Rui Costa – é um retrato do que todos vimos ao longo destes meses. Uma coisa é certa: Rui Costa, mesmo em caso de derrota, nunca andará a perseguir ou difamar Benfiquistas. O mesmo, infelizmente, não se pode dizer do voluntariado de Noronha Lopes.

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