Defesa do Corinthians Feminino se transforma após goleada sofrida e ajuda equipe na reta final de 2024 | OneFootball

Na próxima quarta-feira, 20, o Corinthians entra em campo para enfrentar o Palmeiras pelo jogo de volta da grande final do Campeonato Paulista Feminino. A partida, que será disputada às 15h30 (de Brasília) no estádio Brinco de Ouro da Princesa, marcará a consagração do último time campeão da modalidade em 2024, com as Brabas buscando o pentacampeonato estadual e o oitavo título consecutivo nos últimos dois anos.

E além da vantagem de um gol construída no jogo de ida na Neo Química Arena, no jogo disputado na última sexta-feira, 15, outro grande trunfo das corinthianas para levantar mais esse troféu é a melhora do setor defensivo nos últimos meses. A Central do Timão levantou os números e constatou que a derrota por 7 x 2 para o Cruzeiro, em agosto, foi uma “virada de chave” no desempenho da retaguarda alvinegra.

Foto: Marco Galvão/Ag. Corinthians

Essa partida ficou marcada por ser a pior derrota da história do Corinthians após a reativação da modalidade, tendo sido o primeiro jogo da equipe pelo Campeonato Brasileiro após a pausa no calendário por conta dos Jogos Olímpicos de Paris. No acumulado do ano, com a derrota para as mineiras, o time já havia sofrido 26 gols em 25 partidas.

A média de 1,04 gol sofrido por jogo até então pode parecer pouca, mas estava acima do desempenho padrão das Brabas na defesa. Em 2023, por exemplo, essa média foi de 0,51 (23 gols sofridos em 45 jogos), em 2022 marcou os 0,70 (30 gols sofridos em 43 jogos), em 2021 havia sido de 0,60 (25 gols sofridos em 42 jogos), em 2020 ficou em 0,50 (19 gols sofridos em 38 jogos) e em 2019 foi de apenas 0,41 (19 gols sofridos em 46 jogos).

Além disso, também chamava a atenção na época a pouca quantidade de jogos sem gols sofridos: dez, dos 25 disputados. E em seis das 15 partidas onde o adversário marcou, as Brabas acabaram por sofrer dois ou mais tentos – muito embora tenha sofrido apenas duas derrotas, incluindo a goleada para o Cruzeiro.

Após a fatídica partida, no entanto, o desempenho da defesa alvinegra mudou drasticamente. Desde então o Corinthians entrou em campo 18 vezes, e no período sofreu apenas oito gols, uma média de somente 0,44 gols por jogo. Menor, portanto, que a registrada em quatro das últimas cinco temporadas entre 2019 e 2023.

Em 11 destas partidas, as Brabas saíram de campo sem sofrer nenhum gol – número maior que no período anterior nesta temporada. E em apenas uma ocasião a equipe levou mais de um gol, o que aconteceu na derrota para o Palmeiras por 2 x 1, no jogo de volta da semifinal do Campeonato Brasileiro.

Chama atenção a melhora dos números da defesa corinthiana justamente na fase mais aguda da temporada: nada menos que 12 dos 18 jogos da sequência foram disputados por confrontos eliminatórios. Dessa forma, a solidez defensiva das Brabas auxiliaram diretamente na conquista de dois títulos (Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores), além de ter levado a equipe à final de outro torneio (Campeonato Paulista).

Na próxima quarta-feira, o Corinthians faz seu último jogo no ano, buscando manter os números recentes da defesa para garantir um bom resultado no Derby em Campinas e, assim, conseguir o quinto título paulista de sua história na modalidade.

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