Dérbi (muito) longe do melhor da I Liga: o raio-x a um pobre Vitória SC-Gil Vicente | OneFootball

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·9 décembre 2025

Dérbi (muito) longe do melhor da I Liga: o raio-x a um pobre Vitória SC-Gil Vicente

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O dérbi minhoto entre Vitória SC e Gil Vicente opôs dois dos candidatos à Europa no D.Afonso Henriques, mas o espetáculo não esteve ao nível dos objetivos das equipas.

Um jogo sonolento, amarrado, onde ninguém queria perder ao invés de quererem vencer. Não apareceu a arte nem o engenho e os mais de 13 mil adeptos presentes em Guimarães recolheram ao seu lar com o sentimento de que não deveriam de lá ter saído.


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Cautela foi a palavra de ordem

Fazendo um breve resumo da partida, em traços gerais, os guarda-redes não tiveram qualquer trabalho. Andrew Ventura foi mais testado em cruzamentos, mas não fez praticamente nenhuma defesa de baliza, Juan Castillo idem.

O jogo foi marcado por cautelas. Muita posse de ambas as equipas, com poupa propensão ao erro em zonas baixas do terreno (esse erro não foi forçado) e pouco arrojo na chegada ao último terço.

O primeiro tempo foi muito equilibrado, pautado por poucas oportunidades e por um jogo muito na expectativa. Ambas as equipas mostraram que a preocupação primordial era não sofrer.

Para o segundo tempo, tudo igual. Tivemos de esperar até ao minuto 86’ para ver uma verdadeira oportunidade de perigo. Alioune Ndoye apareceu sozinho a cabecear nas alturas, na sequência de um canto, e não conseguiu acertar com a baliza. Foi a melhor oportunidade da partida.

Os 90’ minutos acabaram em Guimarães com mais um recorde: o jogo com menos expected goals da Liga Portugal Betclic até ao momento. Foram, ao todo, 0.81 xG registados em toda a partida, provenientes de 16 remates, dos quais apenas quatro deles foram enquadrados.

0.49 xG para o Vitória SC, 0.32 xG para o Gil Vicente. Muito pouquinho.

Apitar muito não é apitar bem

As culpas da fraca qualidade de jogo vão também para quem ajuizou a partida. Anzhony Rodrigues promoveu as paragens, apitou a tudo e nunca permitiu que as equipas aumentassem o ritmo - o Vitória SC tentou, o Gil Vicente nem por isso.

O árbitro madeirense conseguiu enervar todos os jogadores em campo, os dois bancos de suplentes, os adeptos e até os jornalistas presentes no D. Afonso Henriques apenas pela forma como dirigiu o jogo. Foram 32 faltas assinaladas.

De apito fácil, matou todas as possíveis jogadas de perigo para ambas as balizas, ajuizando a partida rumo ao 0-0. Missão cumprida.

Além dessa forma de conduzir o jogo, Anzhony Rodrigues - e o VAR, Manuel Mota - deixaram por assinalar uma grande penalidade a favor dos Conquistadores em período de descontos, quando Espigares agarrou Ndoye dentro da área.

Luís Pinto, não se querendo alongar em demasiada, deixou a sua reflexão sobre o jogo do ponto de vista da arbitragem. «Foi um jogo sempre parado, sempre com ações para se tentar proteger o que quer que seja e depois prejudicamos todos nós o espetáculo. Não sei se como adepto vinha ver futebol.

O dérbi minhoto não foi uma boa representação do melhor que o futebol português pode oferecer. Valeu pelo ambiente porque, dentro das quatro linhas, o espetáculo não foi bonito.

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