Esporte News Mundo
·18 mai 2025
Dorival Júnior explica variações táticas e a falta de infiltração da equipe

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·18 mai 2025
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Em partida válida pela 9ª rodada do Brasileirão, o Corinthians venceu o Santos por 1 a 0, na noite deste domingo (18), na Neo Química Arena e retomou o caminho das vitórias na competição. O gol do Alvinegro foi marcado por Yuri Alberto. Após o apito final, o técnico Dorival Júnior concedeu entrevista e falou sobre o comportamento tático da equipe.
O comandante corinthiano iniciou a sua coletiva explicando o funcionamento do esquema tático e como as situações geradas dentro de campo exigiram uma mudança de funções na transição da bola entre a defesa, o meio-campo e o ataque. Dorival Júnior ressaltou que ao longo da partida, o time sofreu com a falta de infiltrações entre as linhas santistas e disse que, em certo momento, deixaram de executar aquilo que foi trabalhado durante a semana.
– Na primeira fase, a partir do momento em que essa bola começa a entrar um pouquinho mais, ele se torna um 4-3-3, um 4-4-2, que foi o que nós invertemos. Tivemos que fazer mudanças de nomes e funções dentro da própria partida. A realidade é que faltavam-nos as infiltrações. Porque vários jogadores estavam passando da linha dos nossos meio-campistas, à frente das duas linhas de marcação do Santos. Assim, não íamos nos infiltrar de jeito nenhum. Precisávamos de correções, mas, às vezes, dentro de campo, é muito difícil passar uma informação. Eu tinha avaliações de estar jogando num 4-3-3, num 4-4-2. Isso é só um processo inicial, porque, com a bola rolando, você já perde esse contexto. Eu poderia te dizer que estávamos num 4-5-1, e não num 4-1-4-1. Por quê? Porque deixamos de cumprir aquilo que havíamos trabalhado – explicou Dorival Júnior.
Horas antes da bola rolar contra o Santos, o Corinthians confirmou a lesão do lateral-direito Matheuzinho. A expectativa era pela entrada de Léo Maná, lateral de ofício. No entanto, por decisão técnica, Dorival Júnior optou por improvisar o zagueiro Félix Torres na função. O treinador justificou a escolha e destacou que seria arriscado escalar um atleta que jogou há pouco mais de dois dias para marcar um jogador agudo como Soteldo.
– Bom, depois de um bom tempo, Léo Maná volta, faz uma partida de praticamente quase 90 minutos. Dois dias e meio depois ele estaria novamente em campo, marcando um jogador muito agudo, um jogador que infiltrava, que parte com bola dominada. Eu achei isso aí um risco muito grande. Félix vem treinando muito bem, vem se dedicando demais, merecendo uma oportunidade. Eu espero que o Félix continue nessa crescente que ele vem tendo. Fiquei muito feliz com a atuação dele, porque é um profissional que se dedica, que trabalha muito e isso daí, para mim, não tem preço. Você pode ver um jogador desse nível, podendo voltar a jogar dentro de uma boa condição. Ele pode ainda evoluir, pode crescer muito, mas já foi bem diferente daquilo que eu vi na primeira apresentação dele aqui – completou o comandante corinthiano.
Com um elenco reduzido e poucas opções para explorar as pontas do ataque, o técnico afirmou que o Corinthians foi escalado, na partida de hoje, para atuar por dentro, e não pelos lados do campo.
– Essa equipe foi montada para jogar por dentro. Não temos jogadores de lado, à exceção do Talles Magno. É o único atleta que temos com essa característica, mas joga por dentro também como segundo atacante, tem feito bons treinos. Outra opção seria Carrillo, o Romero que está mais adaptado a um segundo homem do que aberto. Vou ter que usar o Carrillo em alguns momentos, pois ganhamos amplitude.