Coluna do Fla
·11 novembre 2025
Fair Play Financeiro: Flamengo exige o fim dos gramados artificiais à CBF

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·11 novembre 2025

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na gestão do presidente Samir Xaud, avança para a implantação do Fair Play Financeiro. O Flamengo, parceiro na ideia, está ajudando a entidade e faz várias sugestões. Uma delas é sobre o uso de pisos artificiais.
“Os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas”, argumenta o Flamengo, em nota oficial publicada nesta segunda (10).
Apesar de Flamengo e CBF estarem alinhados em grande parte das ideias para a implantação do Fair Play Financeiro, a questão do gramado artificial é mais complexa. Em recente entrevista ao ex-atacante Romário, Samir Xaud não escolheu um lado na questão.
— Cabe reflexão a respeito do assunto. Eu, como médico do esporte, já vi muitas lesões em gramados sintéticos, até pela questão de travar — não há maleabilidade do gramado natural. Mas também tem o outro lado: atletas se machucam em gramados naturais. É uma questão delicada e que estamos vendo com carinho. Começamos a discutir internamente sobre isso, mas vai além do querer do presidente ou da CBF, tem que ser algo conversado com os clubes —, disse Samir, em agosto.
Em vídeo publicado pelo Flamengo, o presidente rubro-negro Luiz Eduardo Baptista, o Bap, celebrou o interesse da CBF em implantar o Fair Play Financeiro. Além disso, o mandatário destacou que a obrigação de ser responsável financeiramente é o que ajudou o futebol europeu a evoluir, por exemplo.
• Tratamento de clubes em RJ/REJ: impedir que clubes utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ/REJ e a homologação do acordo) como vantagem competitiva, bloqueando o registro de novos atletas neste período e perda de pontos. • Definição ampla de custos: controlar não apenas a “folha salarial” (CLT), mas também o custo total do elenco, incluindo direitos de imagem, luvas, bônus, comissões de agentes e impostos. • Bloqueio de brechas contábeis: impedir que custos do futebol profissional masculino sejam “maquiados” como investimentos em categorias de base ou em futebol feminino por meio de rateios fictícios. • Controle de caixa mínimo: Implementar indicadores antecedentes, como a necessidade de capital de giro saudável, para prevenir crises de liquidez. • Transações com partes relacionadas: desconsiderar ou limitar transações entre partes relacionadas (ex.: clube e empresa do mesmo dono) que possam inflar as receitas ou ocultar os custos. Aportes de capitais, por exemplo, não devem ser contabilizados como receita recorrente. • Uso de ratings: adotar um sistema de classificação (como o utilizado por consultorias especializadas), no qual clubes com melhor gestão (classificação elevada) tenham mais margem de manobra, criando um incentivo à boa governança. • Sanções eficazes: focar as sanções na restrição de janelas de transferência, e que estas sejam cumpridas integralmente, mesmo que a causa da punição seja sanada, para desestimular a procrastinação. • Implementação do “Teste de Proprietários e Dirigentes”: criação de uma avaliação composta por regras e critérios para determinar se os novos (ou potenciais) proprietários e dirigentes de um clube são aptos para o cargo. O objetivo é proteger a imagem e a integridade da competição e dos clubes, assegurando que os indivíduos que gerenciam ou adquiriram clubes sejam confiáveis e tenham capacidade financeira comprovada. • Exequibilidade Efetiva do Sistema: implementar uma governança aparelhada para executar punições automáticas, com base em dados factuais e financeiros, incluindo a aplicação de punições e restrições. • Proibição de Gramados Artificiais: os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas.









































