Gazeta Esportiva.com
·17 décembre 2025
FIFA pune Malásia por fraude de nacionalidade

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A FIFA impôs sanções significativas à seleção da Malásia após concluir que o país escalou, em partidas oficiais, jogadores que apresentaram documentação falsa para provar elegibilidade nacional. As decisões, que converteram em derrotas três resultados favoráveis (vitórias em amistosos contra Palestina e Singapura e o empate frente a Cabo Verde) em placares de 3 a 0 foram acompanhadas por um aumento da multa já aplicada à Federação Malaia de Futebol (FAM).
O caso ganhou ampla repercussão porque a investigação teve início após uma denúncia apresentada depois da vitória malaia por 4 a 0 sobre o Vietnã, uma partida na qual dois dos sete jogadores posteriormente sancionados marcaram gols.
A situação expõe não apenas uma violação das regras de elegibilidade da FIFA, que exigem que o jogador tenha pai ou avô nascido no país representado, mas também levanta questões sobre governança, controles internos e os procedimentos de verificação documental adotados pelas federações nacionais.
A FAM nega irregularidades e anunciou intenção de recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), elevando o impasse para uma disputa jurídica internacional.
A sanção da FIFA resultou na perda dos resultados considerados irregulares, transformando vitórias e empates em derrotas por 3 a 0, conforme regulamento. Além disso, a multa inicial de US$440.000 (aproximadamente 2.4 milhões de reais) aplicada à FAM foi aumentada em US$12.500 (R$69 mil), totalizando US$452.500 (aproximadamente 2.5 milhões de reais).
Paralelamente, sete jogadores nascidos no exterior foram suspensos por terem apresentado documentos falsos que tentavam comprovar ascendência malaia. Entre os efeitos imediatos estão a alteração do histórico oficial da seleção, o impacto direto em rankings e estatísticas e a abertura de precedentes para investigações similares em outras confederações.
A decisão também pode influenciar o calendário de competições e o resultado de campanhas de qualificação, dependendo de apelações e de eventuais novos desdobramentos jurídicos.
A investigação da FIFA teve início após uma denúncia formal apresentada depois do jogo contra o Vietnã, em junho, que colocou em xeque a legitimidade dos documentos de registro dos jogadores convocados. A apuração concluiu que Hector Hevel, Jon Irazabal, Gabriel Palmero, Facundo Garcés, Rodrigo Holgado, Imanol Machuca e Joao Brandao Figueiredo não possuem, segundo as provas coletadas, pai ou avô nascido na Malásia, requisito previsto nas normas de elegibilidade internacional.
As autoridades da FIFA analisaram passaportes, certidões e outros documentos apresentados à federação local e compararam as informações com bases externas. A constatação de inconsistências e indícios de falsificação levou à suspensão temporária desses atletas e às sanções contra a federação nacional.
As repercussões do caso se manifestam em três frentes principais: esportiva, administrativa e reputacional. No campo esportivo, a alteração dos resultados pode comprometer campanhas de qualificação, influenciar o posicionamento em rankings e afetar convocações futuras.
Administrativamente, a FAM enfrenta a necessidade de revisar seus processos de verificação documental e de compliance para evitar novas ocorrências. Entre as medidas práticas recomendadas estão:
A FAM já informou sua intenção de apelar da decisão junto ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), o que pode prolongar o desfecho do caso por meses. No recurso, a federação poderá apresentar novas evidências, argumentar falhas processuais ou questionar a interpretação das provas pela FIFA.
Enquanto isso, a entidade máxima do futebol mantém as sanções em vigor até eventual decisão contrária do TAS. A disputa legal também poderá servir de marco para o aprimoramento de normas sobre elegibilidade, incentivando maior cooperação entre federações, confederações e instituições de verificação documental.









































