Zerozero
·16 décembre 2025
Fim da 'Era Gignac'? O (provável) adeus do francês mais mexicano da história do futebol

In partnership with
Yahoo sportsZerozero
·16 décembre 2025

O final amargo para o Tigres na decisão do Apertura Mexicano, que acabou com título do Toluca, de Paulinho, está longe de ofuscar a trajetória de André-Pierre Gignac nos Felinos. Uma história de dez anos forjada em títulos e feitos históricos do francês mais mexicano que já existiu no futebol.
Voltando a 2015, a ida do vice-artilheiro da Ligue 1 para o Campeonato Mexicano causou estranheza: um avançado da seleção francesa, aos 30 anos, aceitou o desafio para se aventurar no México.
«O objetivo é ganhar a Copa Libertadores», disse Gignac em uma das suas primeiras entrevistas no país.
Já nas primeiras semanas de clube, o avançado tornou-se no primeiro francês a alcançar uma final da competição, com golo na meia-final contra o Internacional. Na decisão, porém, o título ficou para o River Plate, de Marcelo Gallardo.
Os clubes mexicanos deixaram de participar da Libertadores em 2016 e Gignac não voltaria a disputar o torneio. Mas nesse ano, com um hat-trick nos quartos de final, dois golos nas meias-finais e um na final, o goleador comandou a Conquista do Apertura mexicano por parte do Tigres.
A idolatria de Gignac no México veio rápido, até pelos números: foram 33 golos em 55 jogos na primeira temporada no futebol mexicano, a época de mais golos da sua carreira.
A relação com o México foi além dos relvados: em 2019, Gignac e a esposa, Deborah, adquiriram a nacionalidade mexicana. O casal também tem filhos que nasceram no México e sempre teve participação ativa em eventos culturais no país.
Gignac, que mesmo no México recebeu convocatórias para a seleção francesa - disputou um Europeu e uns Jogos Olímpicos -, foi campeão duas vezes do Clausura, três do Apertura e quatro da Copa dos Campeões. Venceu ainda a Liga dos Campeões da Concacaf e a Copa dos Campeões da Concacaf (2x).
Ao lado de Nahuel Guzmán e Javier Aquino, Gignac comandou o Tigres no momento mais vitorioso da história do clube. Em 424 jogos, marcou 221 golos e tornou-se o maior artilheiro da história do clube.
Na final do Apertura 2025 contra o Toluca, decidida nos penáltis, Gignac fez uma assistência, mas deixou o campo lesionado e chegou a ser agredido com uma pequena bandeira por um adepto adversário no caminho para o banco.
Apesar do final ainda não ter sido confirmado oficialmente pelas partes, existem rumores fortes que este foi o último jogo do avançado no Tigres. O avançado francês deve deixar o futebol mexicano sem levar sequer um cartão vermelho e como ídolo indiscutível, que ajudou a transformar os Felinos no maior campeão do país no período.









































