Flamengo dispensa meia e atacante, cabem no São Paulo?

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·26 décembre 2025

Flamengo dispensa meia e atacante, cabem no São Paulo?

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Flamengo dispensa meia e atacante, cabem no São Paulo?

Michael e Allan até preenchem carências do elenco de Crespo em campo, mas hoje são operações praticamente incompatíveis com a realidade financeira e com o perfil de mercado que o São Paulo traçou para 2026. Ambos foram avisados que não fazem parte dos planos do Flamengo em 2026.

Michael: Características: ponta destro, forte em 1×1, ataque à profundidade e pressão pós-perda, exatamente o tipo de jogador que o São Paulo não tem em abundância hoje pelos lados.

Problema central: o custo. Michael recebe cerca de 1,5 milhão de reais por mês no Flamengo, com contrato longo, e sua saída é tratada também como forma de aliviar a folha rubro-negra, ou seja, não há sinal de rescisão barata. Para caber no São Paulo, o cenário teria que ser excepcional: empréstimo com Flamengo bancando parte grande do salário, ou rescisão lá e acordo em patamar salarial muito abaixo do atual. Isso foge completamente da lógica tricolor de “contratar protagonista de graça ou quase” nesta janela.

Allan: Perfil: primeiro/segundo volante de qualidade na saída curta, bom passe sob pressão, leitura tática e experiência de alto nível em Atlético-MG e Flamengo; encaixa na ideia de ter volante construtor ao lado de um marcador mais físico. Situação no Fla: Allan foi colocado oficialmente no mercado, não faz parte dos planos de Filipe Luís para 2026 e está liberado para buscar clube, com o Flamengo esperando propostas para ao menos reduzir o prejuízo do investimento recente.

Obstáculos: além do salário elevado, qualquer negociação tende a envolver compensação financeira ao Flamengo (compra, empréstimo com taxa ou assunção integral dos vencimentos), o oposto da diretriz são-paulina de evitar pagar transferência.

O São Paulo anunciou que não fará grandes investimentos e vai mirar jogadores em fim de contrato, trocas e oportunidades de mercado com custo baixo, como foi o caso de Danielzinho e de Carlos Coronel.
Nesse contexto, Michael e Allan “cabem” esportivamente, mas hoje não cabem no orçamento nem na estratégia: são perfis caros, de clube de ponta, que só virariam pauta real se o Flamengo topasse condições muito abaixo do mercado e o jogador aceitasse reduzir bastante o padrão salarial.