Jogada10
·25 novembre 2024
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A construção do estádio do Flamengo está cada vez mais próxima. Nesta segunda-feira, o presidente do Rubro-Negro, Rodolfo Landim, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), assinaram o compromisso para viabilizar a construção do estádio do clube na área do Porto Maravilha. O encontro aconteceu no Salão Nobre da sede da Gávea, na Zona Sul da cidade. Eles também estavam acompanhados do vice-presidente Geral, Rodrigo Dunshee, e o vice-presidente de Patrimônio, Marcos Bodin.
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, iniciou as apresentações abordando a importância da construção do estádio não só para o Flamengo, mas para capital carioca. O gestor reforçou o impacto do projeto apresentado pelo Rubro-Negro para questões econômicas do Estado.
“A gente precisa contextualizar essa conquista importante para cidade, para o Flamengo. Impressionante imaginar isso que vimos no vídeo (projeto). Óbvio que o Flamengo tem uma identidade enorme com o Maracanã, mas o Maracanã tem uma dimensão pública que vai impedi-lo, sempre, de pertencer a um clube. O Vascão vai voltar às boas e vai usar o Maracanã, o Botafogo também, a Seleção… Apesar de toda grandiosidade do Flamengo, o Maracanã tem uma dimensão maior do que ser casa do Flamengo. Independente dos ganhos econômicos para o Rio e para o clube e de toda essa estrutura que vemos aqui, tem mais coisa boa”, disse o prefeito.
O acordo de intenções prevê a elaboração de um Projeto de Lei pelo Município, para estabelecer uma operação consorciada utilizando transferência do direito de construir, a fim de que o Flamengo obtenha recursos para a construção o estádio. O Fla, aliás, espera obter R$ 500 milhões com o Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção) da sede da Gávea.
Torcedor do Vasco, rival do Flamengo, o prefeito Eduardo Paes ficou “insatisfeito” com a apresentação do projeto do estádio, que mostrava um clássico com vitória parcial do time rubro-negro por 2 a 0. A reação dele, afinal, arrancou risadas.
“Ali está 2 a 0 para o Flamengo contra o Vasco, mas tem 78 minutos. Ainda dá tempo para o Vasco virar, é o time da virada”, brincou Landim.
O mandatário rubro-negro revelou que a contribuição total da Prefeitura do Rio de Janeiro, para viabilizar a construção do estádio, deve girar em torno de R$ 1 bilhão. Rodolfo Landim aproveitou a oportunidade para reiterar todo apoio recebido por Eduardo Paes no processo de compra e fomentação do inovador projeto.
“Agradecer ao prefeito que está cumprindo sua promessa que já tinha feito em vídeo, que é relativo ao potencial construtivo aqui da Gávea. Conforme ele sempre falou, o dinheiro carimbado que vai nos dar para nos ajudar na construção do nosso estádio. Só lembrando, a Prefeitura não só nos ajudou no processo ao desapropriar o terreno e ao renegociar todo potencial construtivo que existia no terreno para toda outras áreas, mas cedendo isso e tralhando para que isso fosse feito num processo de mediação com a AGU. Com isso, nos liberou para todo potencial construtivo para nosso estádio”, e concluiu:
“A Prefeitura ainda está nos ajudando para direcionar o potencial construtivo aqui da Gávea, com dinheiro carimbado para construção do nosso estádio. Fazendo contas rápidas aqui, nos dá um impacto de mais um ou menos R$1 bilhão para nos ajudar nesse estádio. Isso que a prefeitura nos ofereceu. Mais que isso, nos ofereceu acesso ao terreno. Quero agradecer mais uma vez, publicamente”, disse Landim.
Rodolfo Landim assina termo em encontro na sede da Gávea, nesta segunda-feira – Foto: Carlos Mello/Jogada10
“[O encontro] Serviu como uma prestação de contas para Prefeitura sobre a evolução do projeto e tudo aquilo que nos cobraram. Também para assinatura daquele compromisso formal, que o prefeito tinha feito para nos dar o potencial construtivo aqui da Gávea. Nós tínhamos direito para construir estádio aqui e em outro local, exatamente o local do nosso terreno e no valor de mais ou menos R$ 500 milhões”, explicou Landim.
Vice-presidente de Patrimônio, Marcos Bodin apresentou um vídeo que ressaltou a história do Flamengo. Além disso, um slide sobre a importância da construção do estádio para a cidade e também projeto de estrutura interna e externa do estádio. O dirigente pontuou que o estádio vai servir como outros serviços, como uma eventual “Fla Fest” e também será preparado para jogos da NFL, por exemplo.
O “nascimento” do estádio do Flamengo é um projeto de décadas. Desse modo, o clube conseguiu comprar um terreno de 86.592 m² por R$ 138.195.000, valor mínimo estipulado pela Prefeitura no edital da desapropriação do local. O espaço está localizado no bairro de São Cristóvão, na Região do Gasômetro, a poucos metros do Centro.
O Flamengo apresentou, na noite da última sexta-feira (22), o projeto da construção de seu estádio. A apresentação é resultado de um estudo preliminar, que engloba as bases de projeto, com maiores detalhes sobre o estádio. O clube estima um investimento total de R$ 1,93 bilhão, com todos os gastos previstos, desde o terreno até o paisagismo. A previsão é que a inauguração aconteça no dia 15 de novembro de 2029, aniversário do clube.
O Flamengo projetou seu estádio para ser o mais alto que o Maracanã e o Santiago Bernabéu, com 60 metros de altura, equivalente a um prédio de 20 andares. Além disso, haverá 16 rampas de acesso para o interior da estrutura. Aliás, as obras devem começar apenas no início de 2026, enquanto o ano que vem deve ser reservado para mais burocracias.
Um dos destaques do projeto é a pressão que o estádio pretende criar sobre os adversários. O espaço entre a arquibancada e o gramado será um dos menores do Brasil. Somado a isso, estudos do clube apontam que a acústica da arquibancada norte, destinada à torcida do Flamengo, chegará ao campo com 16 decibéis a mais que o normal.
O estádio deve ter capacidade para pouco mais de 77 mil pessoas (o Maracanã suporta 78 mil). Também há a previsão de um telão do lado de fora para a concentração de torcedores.