Clube Atlético Mineiro
·27 novembre 2024
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O técnico Gabriel Milito concedeu entrevista coletiva após o jogo do Galo contra o Juventude, diretamente da sala de imprensa do estádio Independência, na noite desta quarta-feira (27/11).
O comandante do Atlético falou bastante sobre a expectativa de disputar a final da Copa Conmebol Libertadores no sábado, diante do Botafogo, e mandou um recado para a Massa:
“Que confiem! Confiem na equipe. Que os torcedores do Galo venham com muita fé, vamos fazer tudo, absolutamente tudo para vencer a final, respeitando o rival, ao mesmo tempo vamos jogar com valentia para ganhá-la”
Confira a transcrição completa da entrevista coletiva do treinador:
Pergunta: Queria que você falasse sobre a preparação mental e emocional da final da Libertadores. Como vai o Atlético, com esse momento que está vivendo? Como foi o papo no vestiário? É o jogo da vida?
Gabriel Milito: “Evidentemente, são competições diferentes. Em uma competição, fomos bem, no Brasileiro, nas últimas partidas, não fizemos bem. Hoje, no segundo tempo, foi muito mais próximo do que a gente pretende. Logicamente, precisávamos jogar com uma escalação nova. Penso que é uma final da Libertadores, não tem nada que ver com o que aconteceu até agora. Chegaremos com força, chegaremos bem. Partida que tem muito prestígio. Seguimos com o sonho de fazer boa partida e ganhar a final”.
Pergunta: O Atlético está há 10 jogos sem vitória. Numa situação normal, seria uma crise. Mas o Atlético tem o jogo da vida sábado. Se ganhar, esquece tudo para trás. Fale um pouco desse momento de chegada à final da Libertadores. O Galo podendo ganhar um título…
Gabriel Milito: “Sei que vamos nos preparar, e já estamos nos preparando para essa final. Vamos chegar bem à final. Claro, não imaginávamos esse cenário, essa sequência tão adversa. Perder na última jogada gera frustração. Mas, temos que virar a página rapidamente, pois temos algo muito grande em Buenos Aires no sábado. Temos que ir com a máxima confiança de fazer uma partida muito boa, essa é a exigência da final. Vamos tentar ganhar a Copa, e se ganharmos, nada vai apagar essa sequência ruim que vivemos. Claro, é uma final, sabemos como iremos jogar, os jogadores vão jogar como devem jogar. Depois, veremos se somos capazes de fazer melhor do que o rival para termos a possibilidade de ganhar a Copa Libertadores”.
Pergunta: Você se caracteriza pela veia ofensiva, mas já mostrou repertório tático. Pensando nessa final da Libertadores, você pretende no sábado propor o jogo, ir para o confrontou ou se resguardar ainda mais diante do forte ataque do Botafogo?
Gabriel Milito: “Temos que jogar a final com muita valentia, segurança. Sabemos que temos que neutralizar bem o jogo ofensivo deles. E temos que gerar perigo no nosso jogo ofensivo. Imagino essa partida assim. Primeiro, tentar neutralizar a eles e, depois, que eles tenham dificuldade de nos neutralizar. É uma final, chegar a ela é importante. Agora, queremos ganhar. Vamos com convicção e a fé de que vamos ganhá-la”.
Pergunta: O técnico Artur Jorge convocou coletiva para criticar jogadores do Atlético em relação ao jogo entre as equipes, a confusão aqui. Você chegou a ver essas declarações?
Gabriel Milito: “Sinceramente, na verdade, não escutei. Não tenho nada que opinar em relação ao técnico do time rival. A nós não interessa entrar em polêmica, interessa falar de futebol, do jogo. Não queremos os desconcentrar em outras coisas que não seja o jogo. Não sei o que ele disse, eu o respeito, mas desconheço suas declarações”.
Pergunta: O que você tira de positivo desses jogos do Atlético que você pode levar para sábado e tentar surpreender Artur Jorge? Hoje, por exemplo, votamos no Vargas como melhor em campo. Podemos ter uma surpresa no sábado?
Gabriel Milito: “O positivo é, nada mais ou nada menos, que jogar uma final. O Atlético tem 116 anos de história e irá jogar a final da Libertadores pela segunda vez, isso é algo positivo. Logicamente iremos usar uma equipe diferente do que utilizamos hoje, que utilizamos em várias partidas no Brasileiro. O que tem positivo? Que temos uma final adiante, que é importante, que custa muito, se não fosse difícil, o clube teria jogado 5, 6, 10 finais… Mas vamos… O positivo é que merecidamente estamos classificados à final e vamos disputar o título”.
Pergunta: Queria que você falasse para dois torcedores atleticanos diferentes: os que ficam em Belo Horizonte e alguns irão se despedir no aeroporo, e o torcedor que vão e já estão em Buenos Aires. O que falar para eles?
Gabriel Milito: “Que confiem! Confiem na equipe, que creem. Que os torcedores do Galo venham com muita fé, vamos fazer tudo, absolutamente tudo para vencer a final, respeitando o rival, ao mesmo tempo vamos jogar com valentia para ganhá-la. Sem dúvida que será assim. Há uma grande equipe do outro lado, líder do Brasileirão, as duas equipes chegaram à final de forma merecida. Nós acreditamos, temos confiança. Para a torcida, transmito o mesmo. Claro que poderíamos ter chegado à final com resultados melhores. Mas numa final como essa, jogo único, pouco importa o antecedente. Nossa confiança será máxima, com valentia para encarar essa partida. A confiança que eu tenho nos jogadores é o que eles têm em si mesmos, e é o que eu quero que a torcida também tenha. Vamos competir, lutar, e com o sonho de voltar a Belo Horizonte com a taça”.
Pergunta: Você está inserido numa cultura resultadista no Brasil. Um jogo pode refletir na avaliação do seu trabalho. Independentemente do que irá acontecer, você tem a confiança de que poderá exercer um trabalho de longo prazo no Atlético?
Gabriel Milito: “Entendo sobre a cultura ‘resultadista’, eu também sou ‘resultadista’. Eu acredito que poderíamos ter jogado melhor em outras partidas, como fizemos em outras oportunidades. Eu espero fazer um grande jogo na final, tenho a confiança de que isso acontecerá. Tem que ser assim. Olho agora só para a final da Libertadores, nada mais”.
Fotos: Pedro Souza/Galo
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