Fala Galo
·5 novembre 2024
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·5 novembre 2024
Foto: Bruno Cantini Matéria: Danielly Camargos
‘Nesse dia de Galo’ o Gigante da Pampulha ficou pequeno para o tamanho da fome que dominava os atleticanos. Após tomar dois gols no jogo de ida de uma semifinal da Copa do Brasil, muitos abaixariam a cabeça, se dariam por derrotados e falariam ser uma virada impossível. O atleticano não, ele gritou ‘eu acredito’ e viu o Galo, com uma goleada, se classificar em cima do seu maior rival interestadual, em 2014.
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O ensurdecedor mantra da Libertadores de 2013 entrou em campo mais uma vez. Com um saldo de gols contra, o relógio era o maior inimigo. Atlético Mineiro e Flamengo fizeram um primeiro tempo eletrizante e superaram todas as expectativas postas sobre o jogo. O Atlético, sem muitas alternativas, partiu para cima, foram sete finalizações contra duas do adversário, e 6 a 0 em escanteios.
Em um lance de sorte, Everton conseguiu se livrar de Josué, Dátolo e Leonardo Silva, chutando cruzado para abrir o placar no Mineirão. Mas nem a bomba do Everton disparada com a canhota foi capaz de apagar a chama da esperança dos atleticanos, que, acostumados a lutar contra o vento, entoaram o ‘eu acredito’ mais uma vez a plenos pulmões, contradizendo aqueles que afirmavam que o ‘Mengão vai para final’. Só que o Atlético é ruim de parar e aos 41 minutos a resposta veio, Douglas Santos cruzou para Carlos que igualou o placar da noite.
Na etapa final era tudo ou nada. Aos 11, Leonardo Silva recuperou a bola e adiantou para o Luan que carregou até o meio da área e tocou para Maicosuel que, sozinho, chutou de primeira. Foi o gol que calou todos os que duvidavam e confirmou: ainda estamos vivos.
Os ponteiros estavam ansiosos e pareciam passar rápido demais. A angústia no peito dos atleticanos só crescia. Os técnicos mexiam em seus times. Enquanto um lado buscava controlar o jogo, o outro só queria bagunçar mais ainda, e nessa disputa, Levir Culpi levou a melhor. O técnico atleticano colocou Marion no lugar do autor do segundo gol, que havia pedido para sair, e o camisa 22 mudou o jogo.
Foi ele quem ajeitou de peito para Dátolo marcar um golaço aos 36 minutos e deixar tudo igual no Mineirão. Três minutos depois, Marion cruzou na área, e a bola saiu dos pés de Tardelli e sobrou nos pés do baixinho mais gigante, o Menino Maluquinho do Galo para marcar o 4º gol, aquele que vive na memória de todo atleticano, o gol da virada.
São Victor ainda teve que fazer milagre no finalzinho do jogo, mas já não tinha jeito, era nosso. Movido pela fé e por um sentimento de pertença que ninguém de fora sabe dizer de onde saiu, mas a gente sabe muito bem, está no sangue alvinegro que corre pelas nossas veias.
É HORA DE ACREDITAR
Dez anos depois, é com a mesma fé, o mesmo sentimento, o mesmo grito de ‘eu acredito’ que vamos encará-los outra vez, na nossa casa, com o nosso povo. Os deuses do futebol querem brincar de novo, é o mesmo adversário, o mesmo saldo de gols, o mesmo destino, sabemos o caminho mais que ninguém, e dia 10 de novembro iremos trilhá-lo novamente.
O gol de Alan Kardec foi o gol da esperança, semelhante ao de Maicosuel em 2014. Nossos atletas confiam na virada e vão lutar pelas nossas cores.
Atleticano, chegou a hora de soltar o ‘eu acredito’ que está preso no fundo da garganta e vestirmos a camisa 12 mais uma vez.
Esse é o jogo que separa os homens dos meninos, é jogo para quem sabe ser Galo!
Lembrem-se do passado e repitam no futuro. Essa Copa é nossa!
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