HIPOCRISIA? Palmeiras divulga nota falando em “pressão descomunal” para “vantagens futuras” e “tentativa de instaurar o caos” | OneFootball

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·6 octobre 2025

HIPOCRISIA? Palmeiras divulga nota falando em “pressão descomunal” para “vantagens futuras” e “tentativa de instaurar o caos”

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Parece piada, mas o Palmeiras achou por bem se manifestar oficialmente sobre as reclamações do São Paulo quanto à trágica arbitragem do catarinense Ramon Abatti Abel no clássico entre as equipes no último domingo (5), no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.

Em texto que soa inacreditável, dada à conhecida postura do seu treinador no que diz respeito ao trato com os árbitros, o rival verde fala em “pressão descomunal” para “vantagens futuras” e “tentativa de instaurar o caos”, entre outros impropérios.


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“A Sociedade Esportiva Palmeiras vê com preocupação a pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente, e também nos bastidores do futebol brasileiro, com o intuito de instaurar o caos, beneficiando-se dele para coagir entidades e indivíduos em busca de vantagens futuras e criando narrativas que tentam macular o competente trabalho realizado pela nossa instituição. É demasiado cômodo creditar a uma decisão do árbitro – e somente a ela – uma virada épica, conquistada com o gosto do suor e três gols anotados em um intervalo de 19 minutos”, diz a nota, divulgada através das redes sociais.

Ainda mais inacreditável é o time verde dizer que a arbitragem de Abatti Abel também cometeu erros cruciais contra eles na partida e que também poderia influenciar o resultado final, no caso em favor do Tricolor.

“Até porque também houve marcações da arbitragem desfavoráveis ao Palmeiras, como as não expulsões do meio-campista Bobadilla e do zagueiro Alan Franco, que desferiu uma cotovelada no rosto do atacante Ramón Sosa em um lance sonegado pelo VAR – e ignorado pelos hipócritas da ocasião”, aponta.

Agora, a parte mais estarrecedora é quando o Palmeiras diz que, ao se sentir prejudicado, “raramente se manifesta publicamente”. Algo que, convenhamos, não faz o menor sentido e não condiz com as entrevistas coletivas ácidas de seu treinador (como ocorreu neste próprio domingo, no Morumbi) ou de sua diretoria. Neste caso, basta relembrar a eliminação deles na Copa do Brasil de 2022, quando um problema nas linhas do VAR em suposto impedimento de Calleri, que culminou em gol de Luciano dentro do Parque Antártica, Abel Ferreira e Leila Pereira foram a público e à CBF exigir providências.

“Cabe salientar que, mesmo quando se sente prejudicada, a diretoria do Palmeiras raramente se manifesta em público sobre o tema arbitragem, pois respeita os fóruns de discussão adequados e, acima de tudo, não terceiriza sua responsabilidade nos momentos adversos. Essa postura, por sinal, ajuda a explicar o sucesso que temos obtido ao longo dos últimos anos: olhamos sempre para nós mesmos e trabalhamos sem buscar subterfúgios nem construir desculpas para as nossas derrotas”, diz.

“O Palmeiras, como se sabe, é amplamente favorável à profissionalização dos árbitros e defende mais investimentos em tecnologia e na formação da categoria, entre outras melhorias. O nosso compromisso com o desenvolvimento do futebol brasileiro está acima de qualquer interesse individual. Por essa razão, aliás, o Palmeiras, entre os candidatos ao título da Série A, será o único clube a atuar durante a atual Data Fifa, mesmo com a equipe extremamente desfalcada em razão de atletas convocados para suas seleções”, completa.

Para terminar com chave de latão, o clube verde entre em plena contradição na sua nota. Isso porque fala em união coletiva dos clubes para melhorar o futebol brasileiro, ao mesmo tempo que cobra punições aos dirigentes do São Paulo por reclamarem justamente da garfada sofrida por Abatti Abel.

“Compreendemos que o crescimento coletivo da nossa indústria exige renúncias, espírito de colaboração e o fim do egoísmo que, lamentavelmente, ainda norteia a conduta de dirigentes que ora apelam à gritaria, ora recorrem a acusações sem provas para justificar resultados negativos. Neste sentido, esperamos que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) seja enérgico com aqueles que, de forma irresponsável, lançam suspeitas indevidas sobre pessoas e instituições”, conclui.

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