Hugo do Carmo afirma que pilar do Sporting terá "época de teste" em 2025/26 | OneFootball

Terminada a época 2024/25, o Sporting já prepara a próxima temporada. Contratado ao Vitória de Guimarães, em dezembro de 2024, Rui Borges vai continuar no comando técnico da equipa verde e branca, depois de conquistar o bicampeonato e a Taça de Portugal. Ainda assim, o jornalista Hugo do Carmo considera que o técnico leonina enfrentará uma “época de teste”, para se afirmar definitivamente no Clube de Alvalade.

“Rui Borges marcou, claro, um lugar na história leonina. Contudo, considero que precisa de mais para se afirmar definitivamente. Para muitos, o momento de festa dos leões é devido em grande parte a Ruben Amorim […]. A herança que deixou foi pesada e paira em Alvalade um autêntico fantasma de Ruben Amorim”, começa por afirmar Hugo do Carmo, num artigo de opinião publicado no jornal A Bola.

O jornalista considera que, na próxima temporada, Frederico Varandas, “mesmo que já seja o presidente mais titulado da história do Sporting”, vai enfrentar vários desafios: “Teste de liderança (lá está a comunicação exemplar de Amorim…), de estrutura (lá está o planeamento de Amorim…) ou capacidade negocial (lá está o carisma de Amorim para convencer os jogadores)”.

Hugo do Carmo refere, em seguida, que também Rui Borges - que vai integrar Diogo Travassos nos trabalhos de pré-temporada - terá uma “época de teste”: Considero que a posição do treinador não é fácil, mesmo que se apresente, repito, com um troféu de campeão na mão direita e a Taça de Portugal na esquerda. O treinador assumiu o comando num dia e três volvidos defrontou o Benfica, mudando o sistema. O enraizado e vencedor 3x4x3 de Amorim foi preterido, com Rui Borges de imediato a impor as suas ideias de jogo e a vencer”.

A terminar, Hugo do Carmo perspetiva que Rui Borges estará “mais exposto”, em 2025/26, e justifica: “Já não terá a atenuante das lesões, adaptar, com sucesso, o central Debast ao meio-campo já não será novidade e lançar João Simões, Alexandre Brito ou Eduardo Felicíssimo já não será tão valorizado. Se mantiver o 3x4x3, duvido que consiga libertar-se do fantasma de Amorim, por mais sucesso que venha a obter. Esse nunca será um Sporting de Rui Borges. Será sempre um Sporting criado por Amorim e aproveitado por Rui Borges.