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·7 novembre 2025

Investimento em Cotia: o caminho para o sucesso financeiro e esportivo

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Texto extraído do perfil Finanças Tricolor e redigido por Filipe Cunha – Investimento em Cotia: o caminho para o sucesso financeiro e esportivo

Os dados financeiros recentes de alguns dos maiores clubes do futebol brasileiro – Flamengo, Palmeiras e São Paulo – demonstram uma correlação clara e poderosa: o investimento consistente nas categorias de base não é apenas uma estratégia esportiva, mas sim um pilar fundamental para a saúde financeira e o aumento da competitividade.

A análise das despesas da base e das receitas de venda de atletas entre 2020 e 2024 revela que os clubes com maior investimento em suas categorias de formação tendem a colher os maiores retornos.

Na tabela abaixo, apresentamos as despesas com as categorias de base de São Paulo, Flamengo e Palmeiras nos últimos 5 anos, e sua média no período apurado.

Tabela: Finanças Tricolor

Nesta outra tabela, fizemos um levantamento das receitas com vendas de atletas da base que os mesmos clubes obtiveram durante o período analisado (de 2020 a 2024). Portanto, retiramos as vendas de jogadores que não foram formados nos clubes. Ademais, na última coluna, fizemos o cálculo da margem de lucro bruto, onde subtraímos o gasto médio da tabela anterior da média de receita do período.

Tabela: Finanças Tricolor

O Palmeiras e o Flamengo, com médias de investimento na base de R$ 41,14 milhões e R$ 36,28 milhões, respectivamente, alcançaram médias de vendas de atletas maiores. O São Paulo, cujo investimento médio ficou em R$ 29,15 milhões, teve um retorno médio inferior.

O fator mais relevante, contudo, foi a margem bruta dessas operações. Os três clubes apresentam margens extremamente altas, todas girando em torno de 80%. Este percentual robusto de lucro demonstra que as vendas de atletas formados na base são uma fonte de receita incrivelmente eficiente e lucrativa, confirmando que cada real investido no aprimoramento da estrutura e na formação de jovens tem um potencial de multiplicação gigantesco.Em resumo, para cada 1 real investido nas categorias de base, cada clube obtém 5 reais de receita, 4 de lucro.


O Caso São Paulo: Aumento de Investimento sem Dependência Externa

Para o São Paulo Futebol Clube, a mensagem é clara: o aumento do investimento na base, em seu centro de excelência de Cotia, é um movimento estratégico de auto-sustentação que deve ser priorizado. O investimento projetado pelo clube para 2025 é de R$ 48 milhões. Embora seja um avanço, o clube tem a capacidade e a necessidade de ir além para alcançar os patamares de retorno de seus concorrentes.

Defendemos que o clube tem a capacidade de elevar esse investimento para R$ 80 milhões anuais sem a necessidade de recorrer a parceiros externos que irão demandar, como contrapartida, uma participação considerável em futuras receitas. Essa autossuficiência é crucial para maximizar os lucros futuros e não precisar fatiar as receitas com investidores externos, como o projeto de Cotia apresentado neste segundo semestre, e que segue em discussão.

O aumento de investimento proposto pelo Finanças seria de R$ 32 milhões (ou seja, saindo de R$48 milhões para R$ 80 milhões). Essa quantia poderia ser realocada dentro do próprio orçamento do futebol profissional.

Considerando que o clube paga 13º salário aos seus atletas, a distribuição desse aumento ao longo de 13 meses resultaria em uma redução de despesa mensal na folha salarial de R$2,5 milhões.

Projetamos que a despesa total do clube com futebol (folha salarial, encargos, etc.) atingirá a marca de R$ 500 milhões ao final de 2025. Dessa forma, a redução de R$ 32 milhões nos gastos anuais representaria menos de 7%. Algo bem razoável e possível de ser feito vendo o perfil do elenco atual do clube. Entendemos até que essa redução da folha poderia girar em torno de 15%, o que possibilitaria ainda uma economia e adequação aos covenants do FIDC.

Essa pequena readequação orçamentária para aprimorar a base é um risco calculado e com alta probabilidade de sucesso. Se os R$ 32 milhões adicionais gerarem um aumento percentual nas vendas de atletas similar ao histórico do clube, o retorno será exponencial, superando em muito a economia realizada na folha salarial, dada a margem de lucro de 80%.


Flexibilidade e Potencial de Retorno: A Opção de Investimento Gradual

Embora o aumento imediato para R$ 80 milhões seja o ideal para acelerar o crescimento, existe uma alternativa que ofereceria maior flexibilidade na gestão de caixa. O clube poderia optar por um investimento gradual de R$ 40 milhões divididos ao longo de dois anos, aumentando R$ 20 milhões em 2026 (R$68 milhões) e mais R$ 20 milhões em 2027 (R$88 milhões).

Dessa forma, o impacto na folha salarial para compensar o aumento de despesa seria menor e distribuído no tempo, permitindo que a diretoria realize a redução de forma mais suave e orgânica. Esse planejamento permitiria ao clube aproveitar janelas de transferências ou o encerramento de contratos para implementar a economia necessária, sem a necessidade de cortes abruptos.

Independentemente da velocidade do aumento, o potencial de retorno é impressionante. Projetando que as margens de lucro sejam mantidas, ou que sofram uma pequena redução devido ao aumento da concorrência no mercado de formação, o investimento anual de R$ 80 milhões na base pode, em um futuro próximo, proporcionar ao clube receitas de vendas de atletas na faixa de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões anuais.

Crucialmente, a realização desse investimento com recursos próprios assegura que este lucro expressivo seja integralmente capitalizado pelo clube. Ao evitar a participação de investidores externos – que inevitavelmente abocanhariam uma fatia considerável da margem de 80% – o São Paulo maximiza a rentabilidade de sua operação e fortalece sua autonomia financeira. O clube tem a capacidade, e a obrigação estratégica, de não apenas fazer de Cotia o seu próprio e maior investidor, mas também fortalecer sua identidade e manter a sua tradição formadora de talentos.

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