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·11 mars 2025

Leila sugere medida drástica de brasileiros contra inércia da Conmebol

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Presidente do Palmeiras, Leila Pereira manifestou toda a sua revolta pela punição leve aplicada pela Conmebol ao Cerro Porteño após caso de racismo contra Luighi, atacante do time paulista. Nesta segunda-feira (10), ela sugeriu que os times brasileiros deixem a entidade sul-americana e se filiem à Concacaf (entidade que comanda o futebol da América Central e do Norte).

"Times brasileiros representam 60% da receita da Conmebol e são tratados dessa forma. Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime [racismo], não consegue tratar os brasileiros com o tamanho representam, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro. É uma coisa a se pensar", disse, antes de Palmeiras x São Paulo pela semifinal do Paulista.


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Além disso, Leila afirma que vai apresentar o debate aos clubes brasileiros durante o Conselho Técnico do Brasileirão. A reunião acontecerá nesta quarta-feira (12), na sede da CBF, e contará com o presidente da entidade máxima do futebol brasileiro, Ednaldo Rodrigues, e dirigentes de todos os 20 clubes.

"Tenho uma reunião quarta-feira na CBF, vou conversar com os clubes brasileiros que vão estar lá e com o Ednaldo [presidente da CBF]. É uma semente a se plantar. Se não somos respeitados aqui na América do Sul, por que não ir à Concacaf? Com certeza, financeiramente seria melhor para os clubes brasileiros.", completou.

O Cerro Porteño foi condenado a pagar 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil) à Conmebol após um torcedor xingar e imitar um macaco para o jovem jogador do Palmeiras. Multa menor 100 mil dólares (R$ 597 mil) que o Flamengo precisou pagar em 2024 por atraso no reinício de jogo contra o Bolívar, em La Paz, a 3.650m acima do nível do mar.

Além disso, a punição aos paraguaios incluia jogar o restante da Libertadores Sub-20 sem público e divulgar uma campanha contra o racismo com a presença de todos os atletas. Na prática, no entanto, o Cerro disputou apenas mais um jogo na competição antes de ser eliminado. Como cabe recurso para a decisão, o time ainda não fez a publicação nas redes sociais.

Tanto Palmeiras quanto CBF fizeram pedido pela exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 e, segundo Leila Pereira, o time paulista solicitou uma punição que afetasse o clube paraguaio em todas as categorias.

"Estou indignada com a pena aplicada pela Conmebol. Sub-20 não tem público, tinha meia dúzia de racistas naquele dia. A pena de 50 mil dólares para um crime de racismo... Se você atrasa [para ir ao campo] são 100 mil dólares, 78 mil se acender sinalizador. Vejam como a Conmebol encara o crime de racismo. É um absurdo", disse a presidente do Palmeiras.

Clubes enviam carta à Fifa

Segundo a presidente do Palmeiras, os clubes da Libra e da LFU enviaram uma carta à Fifa nesta segunda-feira cobrando intervenção em casos de racismo e para garantir punições severas.

"Escrevemos uma carta... Não só o Palmeiras, mas o clubes da Libra e LFU, para a Fifa, solicitando que ela intervenha nos casos de racismo e que intervenha na Conmebol para que as penalidades sejam mais pesadas. Protocolamos a carta hoje e vamos seguir acompanhando de forma firme, de perto. As lágrimas do Luighi machucaram o mundo inteiro"

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