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·20 août 2025

Luís Filipe Vieira ao ataque ameaça com participação

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Luís Filipe Vieira critica Mesa da Assembleia Geral do Benfica e promete participação formal

Um dia depois de confirmar a sua candidatura às eleições do Benfica, Luís Filipe Vieira enviou uma carta aberta aos sócios, na qual deixou duras críticas à Mesa da Assembleia Geral (MAG) e à Direção encarnada.

O antigo presidente acusa membros da MAG de terem tentado instaurar-lhe um processo disciplinar para o impedir de concorrer. Vieira fala mesmo em «conluio» com a Direção e garante possuir provas da atuação de pelo menos um membro da Mesa, que terá indicado o instrutor do processo e até participado na definição de honorários.


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«Um processo disciplinar montado a partir de inexistências e ficções, urdido em cúpula e com a participação de um dos membros do órgão de recurso. Incompreensível e inaceitável. (…) Irei apresentar uma participação para apuramento de responsabilidades», escreveu Vieira.

Críticas à preparação do ato eleitoral

Vieira manifestou ainda descontentamento com a organização das eleições, acusando a MAG de falta de transparência:

  • Questiona a inexistência, a menos de dois meses e meio do ato, de informação sobre os locais de voto em vários distritos.
  • Aponta a Direção, liderada por Rui Costa, pela ausência de proposta de regulamento eleitoral.
  • Defende a implementação do voto à distância, criticando eventuais candidaturas que pretendem restringir o sufrágio apenas a quem possa votar presencialmente.

«O Benfica é um Clube do Mundo, não é dos locais que a conjuntura define», concluiu o ex-presidente.

A Carta de Luís Filipe Vieira

“Caras e caros Benfiquistas, Dirijo-me a vós na qualidade de sócio, mas sem me alhear das responsabilidades de anterior Presidente do Sport Lisboa e Benfica e interessado nas eleições agendadas para o próximo Outubro de 2025. Como sabem, nesta semana anunciarei os fundamentos de uma decisão que já tomei sobre uma candidatura aos órgãos sociais. É o superior interesse do Benfica que a impõe, como a maioria de vós reconhecerá. É neste especial contexto que analiso criticamente aquilo que vai sendo dado a conhecer sobre a organização do processo eleitoral. No centro de várias divergências está, infelizmente, a Mesa da Assembleia Geral em funções. Espera-se deste órgão inequívoca transparência, imparcialidade e lisura de procedimentos, especialmente na relação com os sócios que se proponham como candidatos. Não são suficientes as proclamações; contam, sim, as ações. Da minha parte, declaro publicamente que não admitirei qualquer tipo de discriminação entre candidatos e zelarei para que sejam os benfiquistas a decidirem, com o seu voto, os destinos do Clube no mandato de 2025-2029. Recordo que em Junho deste ano fui alvo de uma cobarde iniciativa, de certos e identificados membros de alguns órgãos sociais, que me queriam impedir de candidatar, através de um descabido processo disciplinar. Tenho evidências da participação ativa de um dos membros da Mesa da Assembleia Geral nessa intentona, agindo em completo desrespeito por regras estatutárias que salvaguardam a separação de poderes. Em conluio, chegou a estar agendada uma reunião de direção – a realizar a partir de Miami (!) – para formalizar a instauração do tal processo disciplinar contra mim. Invocava-se, até, uma inexistente reunião de Direção de Abril de 2025. Apurei que um membro da Mesa da Assembleia Geral indicou à Direção o instrutor que acompanharia o processo e com ele estabeleceu contactos preliminares sobre o mesmo e que esse membro, conjuntamente com um Administrador da Benfica SAD, até estiveram envolvidos na definição de honorários. Um processo disciplinar montado a partir de inexistências e ficções, urdido em cúpula e com a participação de um dos membros do órgão de recurso. Incompreensível e inaceitável. Recuaram. Perante a lei e os estatutos tinham de recuar. Mas não deixarei passar em claro o sucedido. Irei apresentar uma participação para apuramento de responsabilidades. É sobre este registo de condutas recente, a que se soma o retardamento na votação da revisão estatutária (convém não esquecer), que me interrogo sobre o comunicado da Mesa da Assembleia Geral de 8 de Agosto. Quando se diz que “a preparação deste processo está em curso há largos meses”, questiono, publicamente, a Mesa da Assembleia Geral como é possível ainda não serem conhecidos os locais onde serão instaladas as secções de voto em Portugal continental. A menos de dois meses e meio do ato eleitoral os sócios benfiquistas dos distritos de Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Guarda, Portalegre, Beja e Faro, por exemplo, não sabem como se devem organizar para irem votar. Não sabem estes e os sócios dos outros locais quantas secções de voto estarão disponíveis em cada Distrito, não sendo concebível que optem por não votar devido à impossibilidade de percorrerem distâncias desmobilizadoras. É isso que os titulares dos órgãos sociais pretendem?”

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