Müller é primeira grande estrela dos Whitecaps na MLS; rivais canadenses têm mais flops que ídolos | OneFootball

Müller é primeira grande estrela dos Whitecaps na MLS; rivais canadenses têm mais flops que ídolos | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: oGol.com.br

oGol.com.br

·7 août 2025

Müller é primeira grande estrela dos Whitecaps na MLS; rivais canadenses têm mais flops que ídolos

Image de l'article :Müller é primeira grande estrela dos Whitecaps na MLS; rivais canadenses têm mais flops que ídolos

Thomas Müller foi anunciado nesta quarta-feira como novo reforço do Vancouver Whitecaps. O alemão é, sem sombra de dúvidas, o maior jogador da história a atuar pela equipe de British Columbia, pelo menos na Major League Soccer. Desde que se juntou a liga, nunca antes os Whitecaps conseguiram atrair um craque deste quilate. Já os rivais canadenses somaram ao longo dos anos mais flops que ídolos.

O Vancouver Whitecaps teve o futuro na liga colocado em prova nos últimos meses. Com problemas logísticos com o BC Place devido ao calendário de eventos no estádio, o clube chegou a ter que mandar um jogo em Seattle, o que fez a Major League Soccer questionar a viabilidade da franquia em Vancouver.


Vidéos OneFootball


Querendo assegurar a firmeza do projeto, além de sinalizar publicamente que pensa em construir o próprio estádio, o Vancouver Whitecaps investe pela primeira vez em sua história em um grande craque mundial. Pelo menos na MLS.

Enquanto ainda jogava na North American Soccer League (NASL) na década de 1970, o Vancouver Whitecaps apostou em muitos britânicos, entre eles o inglês Alan Ball. Meia com duas Copas do Mundo, uma Euro e mais de 70 jogos pelo English Team, Ball chegou a Vancouver em 1979 do Southampton. Pelé havia se aposentado no mesmo campeonato dois anos antes.

Ex-Arsenal e Everton, Ball jogou duas temporadas no Canadá antes de voltar para a Inglaterra e foi o primeiro grande nome na história a atuar no futebol canadense. Algo que se tornou comum para os rivais do Whitecaps na MLS nas décadas seguintes.

Basta olhar para Toronto, capital financeira do país. O TFC tinha até poucas semanas no elenco Lorenzo Insigne e Federico Bernardeschi. Insigne chegou ao clube como grande salário e contratação da liga antes de Lionel Messi. Era campeão europeu com a Itália, ídolo do Napoli ainda longe da aposentadoria. Só que foi um grande flop.

O meia italiano ficou marcado por polêmicas, entre discussões com os torcedores e brigas com seus técnicos. Em 2023, Insigne e Bernardeschi chegaram a ser acusados de fazerem reuniões internas para derrubar o técnico Michael Bradley, além de atritos claros com Terry Dunfield.

Do ambiente único da estreia, com BMO Field lotado e goleada sobre o Charlotte, até uma saída iminente. Em três anos, Insigne somou apenas 76 jogos pelo Toronto FC, com 19 gols e 14 assistências. Bernardeschi, por sua vez, esteve mais em campo, e com performances mais sólidas, mas também entregou menos que se esperava: foram 99 jogos, 26 gols e 18 assistências. O TFC não chegou nenhuma vez nos playoffs com os craques italianos, e já chegou a ter a pior campanha da liga.

O grande case de sucesso do TFC (e provavelmente do futebol canadense) com estrelas internacionais foi justamente de um italiano, Sebastian Giovinco. Ao lado do estadunidense Jozy Altidore, Giovinco foi o grande nome da única conquista de MLS do clube, em 2017, e somou três temporadas acima dos 20 gols na cidade.

Pouco antes do título com Giovinco e Altidore, o Toronto contou com uma estrela da Premier League: Jermain Defoe, ídolo do Tottenham que jogou uma Eurocopa e uma Copa do Mundo com a Inglaterra. Defoe teve uma relação conturbada no dia a dia do clube e viveu altos e baixos.

Ficou de fora durante parte da temporada por lesão, o que gerou dúvidas e um desconforto entre o jogador, os fãs e a diretoria. Defoe chegou a reclamar publicamente de quem duvidou de seu comprometimento, e disse não ter recebido o apoio da diretoria. Acabou vendido ao Sunderland após apenas 22 jogos, com 12 gols e o time sem conseguir chegar nos playoffs.

Em 2014, o clube foi a casa de um brasileiro que buscava mais minutos para se preparar para a Copa do Mundo: Júlio César. O lendário goleiro brasileiro, que participou do 7 a 1 naquele mesmo ano, fez sete partidas na MLS antes da Copa disputada no Brasil. Depois, rumou para o Benfica, em Portugal.

Mesma história em Montréal

Em Montréal, dois dos grandes nomes que já passaram pela MLS tiveram uma trajetória curta. Alessandro Nesta fez apenas 34 jogos pelo então Impact entre 2012 e 2013. Já Didier Drogba defendeu o clube entre 2015 e 2016, com 41 jogos e 23 gols marcados.

Embora tivesse conseguido levar o clube aos playoffs, com derrota na final da conferência para o Toronto de Giovinco e Altidore (que nesse ano seria vice-campeão nos pênaltis), Drogba terminou sua passagem como reserva, o que gerou um desentendimento com o técnico Mauro Bello.

Na época, Drogba se recusou a ir para o banco em um duelo contra o TFC, o que irritou Bello. Os dois foram chamados para conversar pelo dono do Montréal, Joey Saputo, que apaziguou a situação até o fim da temporada, que resultou em final de relação.

Ainda em Montreal, o queniano Victor Wanyama chegou após defender o Tottenham. Teve uma passagem consistente, e ficou no clube entre 2020 até 2024. Mas sempre foi um jogador de impacto silencioso na equipe, sem muita contribuição no último terço.

Atualmente sem grandes nomes, o CF Montréal é o lanterna de sua conferência e tem a segunda pior campanha da liga, com 28 pontos em 25 jogos. O Toronto FC, que vive o fim da relação com Insigne, também está fora da zona de classificação para os playoffs, em 12º.

O time de Ontario conta com o britânico Matty Longstaff, ex-Newcastle; o suíço Maxime Dominguez, ex-Vasco e Gil Vicente; e o irlandês Kevin Long, ex-Burnley e Birmingham como nomes mais proeminentes, mas longe de contar com estrelas.

O Vancouver Whitecaps, por sua vez, recebe Müller na vice-liderança da Conferência Oeste, com um ponto e um jogo a menos que o San Diego FC, nova franquia da liga. A grande estrela da equipe até então era o escocês Ryan Gauld ex-Farense, que superou as 30 participações diretas em gols nas duas últimas temporadas.

À propos de Publisher