Novo cargo do Abel, Tite no radar, saída do D’Ale, erros admitidos e a atual situação financeira do Inter | OneFootball

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JB Filho Repórter

·12 décembre 2025

Novo cargo do Abel, Tite no radar, saída do D’Ale, erros admitidos e a atual situação financeira do Inter

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O presidente Barcellos deu uma entrevista de 1h40min. Separei ela por tópicos para resumir as informações passadas para a imprensa. 

1. Abel Braga como diretor técnico

  • Abel Braga terá um cargo de diretor-técnico, com contrato de 1 ano.
  • Já está atuando mesmo antes de assumir presencialmente:
  • Mantendo contatos no mercado.
  • Participando de análises internas de nomes para treinador e executivo.
  • Auxiliando em filtros e sondagens preliminares.
  • Abel só não tem falado com a imprensa porque quer aguardar sua chegada e a oficialização, mas pretende conversar com jornalistas na próxima semana.
  • Será integrado ao grupo de profissionais do departamento de futebol imediatamente.
  • A sua confirmação é tratada como um passo necessário, embora ainda não suficiente, para reestruturar o setor.
  • A presença dele deve acelerar a recomposição completa do departamento ao dar mais liderança ao processo.

2. Escolha do executivo e do treinador (processos paralelos)

  • O clube considera ambas as contratações essenciais e normalmente faria primeiro o executivo, depois o treinador.
  • Porém, devido ao pouquíssimo tempo disponível, as duas buscam ocorrem simultaneamente.
  • Trabalhos em andamento:
  • Análises com base no banco de dados do clube.
  • Avaliação de contexto e momento de cada profissional cogitado.
  • Filtragem progressiva para reduzir nomes à lista final.
  • Contatos preliminares e sondagens para mapear interesse e viabilidade.
  • A ordem de anúncios dependerá da evolução de cada negociação — não está garantido que o executivo será anunciado primeiro.
  • O clube adota postura de afunilamento progressivo, evitando precipitação por pressão externa.

3. Política, gestão e planejamento estratégico para 2025

  • A conversa com grupos políticos foi inicial, sem decisões estruturais.
  • Os interlocutores mostraram mais interesse no projeto do clube do que em ocupação de cargos.
  • Seu foco é buscar convergência para algo importante em 2025, considerando que as eleições internas ocorrem em 10 meses.
  • A intenção é trabalhar conceitos independentes de matriz política.
  • Há um comitê de trabalho analisando modelos de gestão com apoio de uma consultoria internacional.
  • Essa consultoria apresentará um modelo com indicativos de solução para problemas estruturais, especialmente financeiros.

A gestão compartilhou todos os dados solicitados pelos grupos políticos:


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  • Números financeiros completos.
  • Situação de contratos.
  • Informações estruturais.
  • O relatório final está previsto para final de dezembro ou janeiro.
  • Ele servirá como uma bússola para o Conselho Deliberativo, auxiliando no enfrentamento dos desafios financeiros dos próximos anos.
  • Será necessário convencimento político para aplicar as medidas — não basta a lógica técnica ou numérica.
  • A gestão quer construir um ambiente onde decisões técnicas sejam possíveis, mas reconhece que a política interna pode travar avanços.
  • A ideia é que os grupos políticos, mesmo opositores, possam estar juntos na implementação e fiscalização dessas mudanças no próximo ano.

4. Avaliação sobre o futebol de 2024

  • Reconhece que houve uma mudança profunda no departamento de futebol:
  • Saída do vice-presidente de futebol.
  • Saída do diretor esportivo.
  • Saída de Mazzuco.
  • O primeiro semestre havia cumprido os objetivos (provavelmente Sul-Americana e Brasileirão).
  • Mas o segundo semestre foi muito difícil, por desempenho e instabilidade interna.
  • Após o final de 2023, a análise da gestão foi de que o mais importante era manter a base da equipe da temporada anterior.
  • Hoje se reconhece que essa decisão teve erros que fazem parte do processo, mesmo que fosse baseada na convicção de que o elenco era qualificado.
  • Ele admite que algumas avaliações foram equivocadas, mas ressalta que eram justificáveis pela performance do grupo em 2023.

5. Situação financeira: o impacto do aporte frustrado

  • O clube tinha um planejamento financeiro muito apertado para 2024.
  • Parte importante desse planejamento dependia da aprovação de um projeto que injetaria R$ 200 milhões, destinados a pagar dívidas.
  • Com isso, o fluxo de caixa ficaria administrável.
  • O projeto não foi aprovado, prejudicando gravemente o planejamento e criando um cenário de maior estresse financeiro.
  • Ele contextualiza que o futebol brasileiro como um todo vive um momento crítico:
  • As dívidas globais dos clubes saltaram de R$ 9 bilhões (2021) para R$ 16–17 bilhões atualmente.

O Inter vive um ano de reestruturação, onde:

  • Não se promete títulos,
  • Mas promete-se trabalho intenso, reconstrução e disciplina financeira.
  • O clube enfrentou um transferban por erro de forma, mesmo tendo efetuado pagamento da dívida relacionada.
  • Há outros processos de débitos em andamento que exigem atenção constante.
  • 6. Pressão interna, ambiente e comportamento nos momentos críticos
  • Ele admite que todos estão abatidos pelo ano difícil, mas é preciso olhar para frente.
  • Explica que houve pouca briga, mas muitas cobranças, especialmente após jogos.
  • Abel testemunhou episódios desse tipo.
  • As cobranças faziam parte do ambiente de pressão e não resultaram em rupturas ou problemas irreversíveis.

Um ponto relevante citado:

  • Nem todos os jogadores demonstram frustração da mesma forma.
  • Alguns não aparentam indignação, e isso irrita outros atletas que “sentem mais”.
  • Essa diferença de perfil contribuiu para tensão interna.
  • A gestão quer aprender com esses erros e transmitir essa experiência ao grupo que será formado para 2025.

7. Percepção interna sobre o risco do Z4

  • O clube teve convicção, já após o jogo contra o Atlético-MG no Beira-Rio, de que precisava trabalhar para escapar do Z4.
  • A direção admite que talvez tenha errado ao não comunicar claramente esse risco à torcida.
  • Cita que clubes menores conseguem usar a permanência como discurso aberto, mas o Inter, por ser gigante, tenta evitar esse posicionamento.
  • A falta de alinhamento entre a realidade interna e o discurso externo pode ter prejudicado a mobilização e a compreensão da torcida.

8. Saída de D’Alessandro

  • A saída não teve relação com conflito, desgaste ou divergências sobre o trabalho no clube.
  • Ele foi importante dentro da sua função, trazendo elementos pessoais e experiência que enriqueceram o departamento.
  • Sua decisão foi baseada em questões pessoais, respeitadas pela gestão.
  • A convivência foi descrita como muito boa, incluindo viagens, enfrentamento de críticas e discussões internas sempre com parceria e respeito.
  • Reitera que não houve impacto negativo no planejamento com sua saída.

9. Treinador – sobre a menção a Tite

  • Afirma que citar Tite foi um comentário geral e não uma confirmação de que é o “alvo número 1”.
  • Reconhece que Tite está em um momento complicado de retorno ao mercado e que não é uma negociação simples.
  • Destaca que fixar exclusivamente no nome de Tite seria ignorar outros treinadores analisados.
  • Portanto, ele é um nome importante entre vários, não o único.

10. Liga Sul-Sudeste

  • O Inter ainda não possui informações estruturadas sobre o projeto.
  • A discussão será feita apenas quando houver mais clareza e definição concreta no cenário nacional.
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