Números mostram equívoco em escolha da direção do Inter; saiba mais | OneFootball

A pergunta que tomou conta das redes e das rodas de debate após o empate com o Santos tem fundamento: afinal, o Internacional melhorou ou piorou desde a troca de comando técnico? Os números do Brasileirão 2025 colocam luz sobre o desempenho da equipe com Roger Machado — demitido em meio à crise — e com Ramón Díaz, contratado para tentar evitar o pior. A comparação revela uma realidade dura: apesar de pequenas evoluções defensivas, o rendimento geral segue praticamente estagnado.

Roger comandou o time em 23 rodadas e registrou aproveitamento de 39,1%. Com ele, o Inter até produzia mais ofensivamente: média de 1,2 gol por jogo, 2,6 grandes chances criadas e mais posse de bola. Em compensação, o sistema defensivo falhou diversas vezes, com 1,6 gol sofrido por partida e alta taxa de finalizações cedidas para que o adversário marcasse. Era um time instável, que oscilava dentro e fora de casa — e que acabou afundado por erros individuais e coletivos.

Com Ramón Díaz, o cenário mudou pouco em termos de resultados: 38,9% de aproveitamento, três vitórias em 12 partidas, e média de apenas 1 gol marcado por jogo. No entanto, há um ponto de melhora nítido: a defesa. O Inter passou a sofrer menos gols (1 por partida), cedeu menos grandes chances e se tornou um time mais compacto, ainda que menos criativo. A equipe finaliza pior, precisa de mais tentativas para balançar as redes e perdeu capacidade de imposição no campo ofensivo.

Os dados mostram que o Inter de Ramón melhorou na organização defensiva, mas piorou na criação. O problema? O clube não conseguiu transformar a maior solidez em vitórias. O rendimento, na prática, é o mesmo — e isso explica a permanência do time preso na luta contra o rebaixamento.

A pergunta “melhorou ou piorou?” tem uma resposta incômoda: o Inter mudou, mas não evoluiu. A reta final dirá se a troca de comando terá valido a pena ou se a instabilidade continuará até o último capítulo do Brasileirão.