Revista Colorada
·13 décembre 2025
O bastidor revelado no Inter que envolve Dunga

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·13 décembre 2025

Uma revelação de bastidor trouxe à tona a participação silenciosa, porém simbólica, de um dos maiores ídolos da história do Internacional e da Seleção Brasileira em um dos momentos mais delicados do clube em 2025. Em entrevista ao programa Bola Nas Costas, na última semana, o preparador físico Élio Carraveta, que atuou como auxiliar nas duas rodadas finais do Brasileirão ao lado de Abel Braga, contou detalhes de um apoio decisivo recebido pelo elenco colorado fora dos holofotes.
Segundo Carraveta, Dunga, capitão do tetra mundial em 1994 e campeão de tudo com a camisa do Inter, foi uma figura importante no aspecto emocional do grupo. Conhecido pelo perfil extremamente crítico, direto e verdadeiro, o ex-volante surpreendeu ao demonstrar confiança explícita no time justamente no momento de maior pressão da temporada.
“Outro que deu um apoio muito grande e muitas vezes fica desconhecido, que eu mostrei para os jogadores, que deu um apoio forte… quando ele diz ‘eu acredito’, é o cara que foi campeão de tudo”, revelou Carraveta. O preparador destacou que Dunga não é alguém que distribui palavras de incentivo de forma leviana. Pelo contrário: trata-se de uma figura reconhecida internamente pela cobrança constante e pela franqueza extrema.
O relato ganha ainda mais peso quando Carraveta conta que Dunga não costumava dizer que acreditava, justamente por prezar pela coerência entre discurso e convicção. Ainda assim, o ídolo entrou em contato diretamente, enviando uma mensagem afirmando que confiava na reação do Inter naquele jogo decisivo. Para a comissão técnica, aquilo não foi por acaso.
“Não ia dizer que acreditava… me mandou mensagem que acreditava no jogo, em tudo, não por um acaso, porque ele é muito verdadeiro. Foi o Dunga”, contou.
Ciente da força simbólica daquela mensagem, Carraveta decidiu usá-la como ferramenta motivacional. Ele chamou líderes do elenco, como Gabriel Mercado e Alan Patrick, e passou a mensagem adiante para outros jogadores, reforçando o peso da palavra que vinha de quem já havia vencido tudo no futebol.
“Quando o Dunga me manda essa mensagem, eu passo, chamo o Mercado, mostro para o Alan Patrick e vou passando para alguns jogadores. Quando eu mostro, eu digo assim: se esse aqui acredita em vocês, vocês têm que acreditar”, completou.
O depoimento revela um bastidor pouco conhecido, mas que ajuda a entender como o Inter encontrou forças para reagir em meio ao caos, à pressão e ao risco real de rebaixamento. Em um ano marcado por erros, limitações financeiras e instabilidade, o apoio de um ídolo histórico — discreto, verdadeiro e exigente — acabou sendo mais um combustível emocional para que o elenco resistisse.
Mais do que uma mensagem, o gesto de Dunga simbolizou a ligação profunda entre passado e presente do Internacional. Em silêncio, longe dos holofotes, um campeão ajudou a empurrar o clube para fora do abismo — reforçando que, em momentos decisivos, a história também entra em campo.









































