Octávio Ribeiro aponta falha no discurso de peça-chave do Benfica: “Calculismo” | OneFootball

Octávio Ribeiro considera que o discurso de José Mourinho na chegada ao Benfica não foi ambicioso. Num artigo de opinião no jornal Record, o comentador e jornalista analisou momento dos encarnados, deixando a sua opinião sobre o clima eleitoral que se vive no Clube da Luz, com várias candidaturas.

“A família Benfiquista está dividida, como sempre aconteceu quando o líder chega a eleições sem estar consolidado. Inédito é haver quatro candidaturas fortes, que se digladiam com veemência, a menos de um mês da votação”, começou por afirmar Octávio Ribeiro, comentando as eleições do Benfica.

“O novo treinador, José Mourinho, no espaço de poucos dias, cruza-se com duas gloriosas cores do seu passado. Ambas em tons de azul. A revelação de um técnico revolucionário deu-se no Porto, mas foi no Chelsea que Mourinho se afirmou como o melhor treinador do Mundo naquele dealbar do milénio”, acrescentou Octávio Ribeiro, na antevisão ao jogo da Liga dos Campeões.

“Descontando esta conjuntura pré-eleitoral, o Benfica surge na carreira de José Mourinho no momento certo. Quando Rui Costa faz esta arriscada aposta, o melhor treinador de Setúbal acabara de ser afastado do comando do Fenerbahçe, fruto da eliminação da Liga dos Campeões, às mãos do seu conterrâneo, o singelo Bruno Lage”, defendeu Octávio Ribeiro.

“Com um plantel bem recheado – o mais valioso de Portugal -, mas a mostrar fadiga mental e um futebol sem chama, exigia-se a Mourinho uma vigorosa chicotada de ânimo. Cabia-lhe assumir o risco de se anunciar futuro campeão. Sem tibiezas, apontar o pote da fortuna no final do arco-íris. Mas, até agora, ‘O Especial’ assumiu o calculismo que o tem afastado da glória”, finalizou Octávio Ribeiro.