
Trétis
·6 septembre 2025
Odair Hellmann define escalação do Athletico, mas tem dúvida tática

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·6 septembre 2025
Após vencer o Novorizontino com dois gols do volante Bruno Zapelli, Odair Hellmann não descarta repetir teste contra o Botafogo-SP, neste sábado (6), às 16h. Inclusive, possibilidade de ter o meia argentino na construção da jogada passa pela decisão tática de que jogador utilizar pelo corredor da esquerda: Patrick ou Mendoza. E isso muda quase toda a estrutura ofensiva.
Apenas um problema ocorreu na montagem do time ao longo da semana – Arthur Dias, zagueiro que renovou contrato até o final de 2028, teve um desconforto muscular e está fora. Carlos Terán fará sua estreia como titular do Athletico, apura a Trétis. O Furacão entrará em campo com Santos, Benavidez, Aguirre, Terán e Esquivel (de volta após lesão muscular); Felipinho, Patrick e Zapelli; Leozinho, Viveros e Mendoza.
Mas o 4-2-3-1 habitual para escalar o time no papel pouco traz realidade. Na verdade, o Athletico de Odair deve ter base no 3-2-5 posicional utilizado na maior parte da passagem do “Papito”, mas com possíveis variações treinadas ao longo da semana, e que lutam por espaço na cabeça de Hellmann.
A Trétis apurou possibilidades e as detalha aqui.
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A primeira situação treinada foi de utilizar Patrick de volta à ala esquerda. Hoje volante no Athletico, jogador atuou na função desde que deixou o Sport, em 2017. Passou por Internacional (inclusive com Odair Hellmann) São Paulo, Santos e Atlético-MG e esteve sempre pelo corredor esquerdo do campo.
Se Patrick for à ala, Zapelli se tornará volante ao lado de Felipinho, com Mendoza e Leozinho como dois meia-pontas, mais por dentro do que por fora. O Athletico tende a ter como disposição tática, então, três zagueiros de construção em Aguirre, Teran e Esquivel (da direita para a esquerda); dois volantes em Felipinho e Zapelli; dois alas com Benavidez e Patrick, dois meias com Leozinho e Mendoza e Viveros na referência do ataque. Para facilitar, veja:
Time teria Aguirre pelo lado direito do trio, como se acostumou a jogar em sua última temporada no Atlético Nacional-COL e para acomodar Terán, mais lento e protegido como zagueiro da sobra – função que fez pouco neste ano quando no Chicago Fire-EUA.
Como volante Zapelli foi além dos dois gols marcados contra o Novorizontino, mas também foi fundamental para quebrar a pressão adversária e atacar de frente para gerar superioridade numérica. É, ao menos, como explicou Odair Helmann em entrevista coletiva. Meio campo ainda teria Leozinho como meia, e como – também – participou das duas bolas que o Athletico colocou na rede na última partida.
Mendoza novamente por dentro é decisão questionável. O próprio treinador atleticano admitiu que colombiano não vive melhor momento técnico, mas o alça à função do entrelinha, que demanda soluções rápidas e criativas na área de maior pressão no campo. Talvez, por isso, a outra ideia de Hellmann seja por tirá-lo dali.
Variação treinada ao longo da semana teve Speedy aberto pela esquerda, com Patrick de volta à volância. Trio de zaga permaneceria o mesmo, com o #88 pela esquerda do meio campo, Felipinho como cabeça de área e Zapelli da direita para o meio. Benavidez e Leozinho dobrariam pelo lado direito, com Viveros na referência do ataque.
Jogo é primordial para o Furacão, que se contar com derrota do Criciúma contra a Chapecoense pode diminuir distância do G-4 para apenas três pontos. Em entrevista pré-jogo à Rede Furacão, Odair Hellmann fala em concentração e competitividade, além de citar adaptação às características do adversário que, segundo ele, muda alguns aspectos quando joga em casa.
Nos últimos cinco jogos, apenas em um o Botafogo dominou as ações no último terço. Foi na vitória por 2 a 0 contra o Vila Nova em que o time comandado pro Alan Aal teve 52% dos passes tentados no último terço na partida e mostrou imposição. Contra o América, por exemplo, também dentro do estádio Santa Cruz, teve apenas 41% no quesito chamado de field tilt (inclinação do campo, em tradução livre).
O América, agora com Alberto Valentim, tem a tendência de manter a posse da bola e aposta em um jogo impositivo ao longo de toda a Série B. Como o Athletico, é um dos times que mais perdeu chances de gol na competição. O Vila Nova, porém, aposta em jogo mais reativo e de compactação defensiva com Paulo Turra.
A característica dos adversários mudou o jogo do Botafogo e, se fosse apostar, apostaria em cenário mais parecido com o América do que com o Vila Nova. Por isso, então, o Athletico tende a ter mais posse de bola e imposição na partida e, baseado nessa possibilidade, a utilização de Patrick como ala e Zapelli como um criador vindo de trás pode trazer mais alternativas ofensivas ao Furacão.