Zerozero
·18 décembre 2025
Onze alterações, <i>São Bertelli</i> na baliza e antijogo: a receita do AFS para a vitória em Guimarães

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·18 décembre 2025

José Mota, Fábio Espinho, João Pedro Sousa e Armando Roriz. O AFS já utilizou quatro treinadores no banco de suplentes esta temporada e não vai ficar por aqui: segue-se João Henriques para orientar a equipa, ao que tudo indica.
Com Armando Roriz ao leme, a equipa de Vila das Aves venceu de forma muito surpreendente o Vitória SC no D. Afonso Henriques e avançou assim para os quartos-de-final da Taça de Portugal, onde irá enfrentar Sporting CP ou Santa Clara.
A equipa do AFS protagonizou nesta quarta-feira algo que não é muito comum. O técnico alterou por completo o onze, rompendo quase totalmente com o trabalho feito por João Pedro Sousa. Aliás, foram 12 alterações, pois até o técnico foi diferente.
Depois de a equipa ter alinhado em Alvalade com João Gonçalves, Cristian Devenish, Rúben Semedo, Carlos Ponck, Guilherme Neiva, Gustavo Assunção, Ángel Algobia, Pedro Lima, Kiki Afonso, Tomané e Óscar Perea, Armando Roriz decidiu mudar tudo.
Em Guimarães, jogaram Simão Bertelli, Diogo Spencer, Aderllan Santos, Paulo Vitor, Leonardo Rivas, Tiago Galletto, Jaume Grau, Gustavo Mendonça, Babatunde Akinsola, Diego Duarte e Jordi Escobar.
Até o puzzle da equipa mudou. Diante do Sporting, a equipa alinhou num 5-3-2, preenchendo mais o miolo. Com o Vitória SC, o modelo assemelhou-se mais a um 5-2-3, transformando-se num 5-4-1 em processo defensivo.
Um regalo para João Henriques, que pôde ver 22 jogadores a jogarem pelo menos 45 minutos para tirar agora as primeiras ilações.
Apesar de tanta coisa ter mudado, houve algo que - infelizmente para o futebol - continua sem mudar: o antijogo. Em Guimarães, pode-se ter batido o recorde de vezes que a maca entrou em campo.
O AFS marcou perto do final da primeira parte e a partir daí viram-se sucessivas perdas de tempo da equipa avense, quebrando o ritmo de jogo e deixando toda a gente irritada no D. Afonso Henriques: Bertelli levou amarelo por retardar o início do jogo logo aos 49 minutos.
Aconteceram inúmeras situações em que os forasteiros demoraram a repor a bola em jogo e Gustavo Correia foi algo conivente com isso: a bola não rolava mais de 30 segundos consecutivos e os jogadores do Vitória SC foram perdendo a cabeça.
No total, foram quatro assistências com recurso à maca a jogadores do AFS. Depois de transportados para fora do campo pelos maqueiros, os atletas pareciam revitalizar todas as forças perdidas. Talvez tomassem a poção da energia - será a que usava Asterix? - e estavam prontos para voltar em sprint para dentro das quatro linhas.
13 minutos de compensação, também grande parte deles parados, e um jogo que não pode ter agradado a quem gosta de futebol. Pelo meio, Bertelli fez exibição de carreira - como também já havia feito diante do Vitória em agosto de 2024 - e segurou os quartos para o AFS.
A magia da Taça foi desvirtuada por um futebol que não foi futebol. No fundo, é futebol.









































