Palmeiras e Flamengo em ‘guerra’ nos bastidores; Leila quer liga sem time carioca | OneFootball

A guerra de bastidores entre Palmeiras e Flamengo ganhou um novo capítulo nessa quarta-feira (30 de setembro), quando a presidente do Alviverde, Leila Pereira, defendeu a criação de uma liga sem a presença do clube carioca. A declaração da mandatária foi em resposta à decisão do time da Gávea de bloquear um repasse milionário aos clubes da Libra.

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Essa guerra nos bastidores começou na semana passada, quando o Flamengo obteve uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para bloquear o repasse aos clubes da Libra de R$ 77 milhões. Esse valor é referente à porcentagem de 30% da renda fixa ligada à audiência de TV fechada e aberta, além do pay-per-view.

A postura do Flamengo gerou revolta dos participantes da Libra, e o Palmeiras chegou a publicar uma nota oficial em protesto contra o time carioca. Mas nessa terça-feira Leila Pereira foi além e sugeriu a criação de uma liga nacional sem a presença do Flamengo.

“Minha sugestão seria nós criarmos uma outra liga excluindo o Flamengo. Acho que o Flamengo deveria jogar sozinho. Nenhum clube é maior do que o futebol brasileiro. O Palmeiras não joga sozinho, e o Flamengo não joga sozinho, só se ele quer jogar ele contra o sub-20 dele. Acho que seria bonito nós formarmos uma nova liga excluindo o Flamengo, e aí o Flamengo joga com ele mesmo. Quero ver a audiência que vai ter. Acho muito difícil gestores com essa mentalidade. Isso não engrandece em absolutamente nada o futebol brasileiro”, afirmou Leila Pereira em entrevista ao programa “Esporte Record”.

Flamengo reclama de critérios adotados pela Libra

O Flamengo alega não concordar com o modelo adotado pela Libra para medir audiência no contrato de transmissão do Campeonato Brasileiro. Assim, o clube carioca conseguiu na Justiça bloquear o pagamento da segunda parcela referente a esse critério, que corresponde a 30% da renda fixa do acordo firmado pela entidade com a Globo em março de 2024, com validade entre 2025 a 2029. Pela regra definida em assembleia, a divisão do valor arrecadado é feita da seguinte forma: 40% igualitário, 30% por performance e 30% de audiência.

A decisão do Rubro-Negro gerou incômodo entre os demais membros da Libra. Além do Palmeiras, foram afetados clubes como Atlético-MG, Grêmio, São Paulo, Santos, Bahia e Red Bull Bragantino. A entidade argumenta que a fatia destinada ao Flamengo, dentro dos R$ 77 milhões previstos, não afetaria as finanças do clube, mas é fundamental para outras equipes do bloco. Ainda assim, a nova gestão rubro-negra, sob comando de Luiz Eduardo Baptista, o BAP, mantém firme sua posição contra o repasse.

Segundo apuração da “ESPN”, a insatisfação do Flamengo começou no início de 2025, com a entrada de BAP no lugar de Rodolfo Landim, ex-presidente do clube e um dos principais articuladores da Libra. Desde então, a diretoria rubro-negra tem resistido a aceitar o modelo de distribuição e, após meses sem acordo, acionou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, obtendo liminar favorável. Questionado, o clube afirmou apenas que “entrou com o pedido, ganhou e vai seguir com o curso da ação na Justiça”.