“Patinho feio, mas dentro de campo é outra história”, diz Renato após classificação do Fluminense | OneFootball

Técnico exalta ambiente do grupo e explica estratégia vitoriosa contra o Al-Hilal no Mundial de Clubes

Após garantir a classificação do Fluminense para a semifinal do Mundial de Clubes com vitória por 2 a 1 sobre o Al-Hilal, o técnico Renato Gaúcho não poupou elogios ao elenco tricolor e destacou a capacidade do time de superar adversários com maior investimento.

“O mais importante foi que nós fizemos a nossa parte. Enfrentamos um grande adversário, como eu falei, eles passaram pelo City tendo uma grande atuação, nós passamos pela Inter e hoje nós passamos por eles”, declarou o treinador em entrevista coletiva.

Sobre a estratégia utilizada no jogo, Renato explicou a escolha por manter o esquema com três zagueiros: “Repeti o esquema hoje justamente porque a gente tem tido muito pouco tempo para treinar. Então, uma coisa que deu certo, eu achei melhor que continuasse, até porque o adversário também tem uma bola aérea muito forte e se eu tirasse um dos zagueiros, nós iríamos ter problemas da mesma forma que nós iríamos ter contra a Inter.”

O técnico também destacou o controle do jogo e a capacidade de resistência nos momentos de pressão: “Na maior parte do jogo, nós tivemos o controle, soubemos sofrer mais uma vez, principalmente no final do jogo. Mas um jogo contra um time forte desses numa Copa do Mundo é assim mesmo. Você vai sofrer, tem que saber sofrer. Tivemos poucas oportunidades, mas soubemos aproveitar as nossas oportunidades.”

“Patinho feio” com força competitiva

Renato não hesitou em classificar o Fluminense como o “patinho feio” da competição quando comparado aos gigantes europeus: “O mais eu falo sempre para vocês, o patinho feio a gente perde longe para esses clubes, com todo o respeito aos clubes da Europa aqui, em termos financeiros. Agora dentro do campo é outra história, são 11 contra 11. Aí dentro do campo vai ganhar quem quer mais. E os adversários querem, mas a gente tá querendo sempre mais.”

Sobre o ambiente do grupo, o treinador ressaltou a importância da união entre os jogadores: “A gente conversa bastante, a gente troca bastante ideias, a gente sacaneia um ao outro, a gente joga ping-pong, a gente brinca, enfim, é importante esse ambiente porque eu falo, nós estamos aqui, vai fazer amanhã depois e um mês longe e o nosso ambiente ele é maravilhoso.”

Tranquilidade com os desfalques

Questionado sobre as ausências de Martinelli e Freytes, que receberam cartões amarelos e estão suspensos para a semifinal, Renato demonstrou confiança no elenco: “Não me preocupa não. Eu tenho um grupo, eu confio em todos eles. Tanto é que quando entra um jogador, ele dá o máximo. Quem tá fora entra e continua a entrega, continua jogando bem, continua ajudando.”

O treinador também exaltou a importância de Thiago Silva para o time: “Thiago Silva, ele é um monstro, é um cara que joga muito. É um cara que é um treinador dentro do campo, ele ajuda bastante, ele passa tranquilidade, ele passa a experiência dele pros demais jogadores, ele ajuda, ele é o capitão do time, um dos líderes.”

Por fim, Renato fez questão de enviar um recado especial à torcida tricolor: “O torcedor, seja aqui nos Estados Unidos e principalmente lá no Brasil, vistam a camisa tricolor, vão pra praia, passem com cachorro, vão no shopping, vão no restaurante, vão desfilar, enfim, qualquer canto, usem a camisa, porque o torcedor do Fluminense tem que ter muito orgulho do que esse grupo vem fazendo nessa Copa do Mundo.”

O Fluminense enfrentará o  Chelsea na próxima terça-feira (8), às 16h (de Brasília), no MetLife Stadium, em Nova Jersey (EUA).