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·11 novembre 2024

Perto do Cruzeiro, Gabigol vive queda muito além de desavença com Tite

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A despedida de Gabriel Barbosa foi confirmada após o título da Copa do Brasil. Novamente decisivo em uma final, o atacante aproveitou o momento para criticar o tratamento que lhe foi dado em 2024, em especial por Tite. Com o Cruzeiro como destino mais provável para a próxima temporada, Gabigol pode sair novamente campeão, mas em baixa, em uma tendência que é anterior à chegada de seu desafeto.

A relação entre Tite e Gabi foi sempre envolta por muita tensão. O técnico deu suas primeiras oportunidades ao atacante na seleção, mas nunca se convenceu de que o atleta merecia sequência. Pedro, ao contrário do companheiro, chegou a ser convocado para a Copa do Mundo do Catar. Fatores extra-campo ainda colocaram os dois como "desafetos".


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Com Tite, Gabigol perdeu de vez espaço dentro do Flamengo. Em 2024, em especial, o atacante viveu seu pior momento. Foram apenas sete gols - contabilizando os dois da final contra o Atlético Mineiro, que trouxeram um ar de redenção antes do fim do contrato.

"Foi um ano conturbado para mim individualmente... A questão do doping, depois um treinador que não me respeitava como jogador", resumiu Gabi.

Tite, no entanto, não foi o primeiro a barrar Gabriel. Nem o primeiro a preferir Pedro como centroavante. Nem o primeiro a ter atritos fora de campo com o atleta. A queda de rendimento, inclusive, vem de antes da chegada do treinador.

Disputa com Pedro e polêmicas

Nem mesmo os críticos terão como negar a importância de Gabriel Barbosa na história do Flamengo. O atacante se despede como ídolo incontestável. O seu grande momento logo em 2019, com os títulos do Brasileirão e da Libertadores sob comando de Jorge Jesus, em um Rubro-Negro que atropelava rivais em seu auge. Foram 43 gols de Gabigol naquele ano histórico, um recorde pessoal.

Gabi seguiria em alta nos anos posteriores, mas teve de lidar com um "obstáculo"... A chegada de Pedro. A hierarquia inicialmente era clara, com preferência para o ídolo quase instantâneo. Mas ao longo dos anos viu-se sempre a mesma discussão: como atuar com os dois, ou quem deveria ser preterido.

Ainda em 2020, Gabi teve de passar pela primeira "barração", com Domenech Torrent. Rogério Ceni também chegou a optar por colocar o atacante no banco. Mas os casos foram isolados, e o jogador reagiu com gols. Foram 27 em 2020, 34 em 2021 e 29 em 2022.

Em 2023 a situação já começa a se alterar de forma mais definitiva. A barração na primeira final do Carioca contra o Fluminense, sob comando de Vítor Pereira, foi um marco. O Flamengo venceu por 2 a 0 a partida, mas o assunto "Gabigol" reverberou fora de campo com um técnico ameaçado. Na volta, Gabi foi titular... E substituído ao intervalo em meio a uma atuação desastrosa do rubro-negro, que seria massacrado pelo Tricolor em um 4 a 1 marcante, que valeu o título ao rival das Laranjeiras.

Gabi chegou a ensaiar uma volta por cima depois da queda de Vítor Pereira, porém sem o brilho de outros tempos. Os gols rarearam e a boa fase de Pedro fez o jogador passar a ter sua titularidade questionada. Com Jorge Sampaoli, o atacante voltou a ser barrado em uma final, na Copa do Brasil, com vitória do São Paulo desta vez.

A contratação de Tite foi um indício de que Gabriel não era mais considerado intocável dentro do Flamengo - a diretoria estava ciente dos problemas entre os dois. Mas o atacante seguiu tendo suas oportunidades, sem conseguir corresponder em campo. Fora dele, Gabi pouco se ajudou, com polêmicas como a da camisa do Corinthians e o caso de doping.

A aposta em Filipe Luís trouxe novas oportunidades para Gabriel, que voltou a ser titular. Os números e atuações, no entanto, voltaram a ser abaixo das expectativas... Até a final da Copa do Brasil, quando voltou a mostrar sua versão mais decisiva.

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