Por que Marco Aurélio Cunha não votou contra o orçamento? Nome da oposição do São Paulo explica a situação | OneFootball

Na apertada votação que aprovou o plano de orçamento do São Paulo para 2026 nesta quinta-feira (18), uma ausência chamou bastante a atenção da torcida tricolor, a do conselheiro Marco Aurélio Cunha, tido como ‘salvador da pátria’ para muitos são-paulinos.

Como pode ser visto na relação de todos os votos para o orçamento, o doutor Marco Aurélio não consta como participante da eleição no clube. Mas ele explicou o motivo.

“Para que todos saibam, eu reassumi o Conselho do SPFC há uma semana e existe, pelo Estatuto, uma regra de “quarentena”, na verdade, 90 dias de prazo para poder votar ou ser votado. Claro que votaria contra esse orçamento. Estarei como oposição até o SPFC sair desse sequestro”, justificou MAC por meio de seu X, o antigo Twitter.

No último dia 10, Marco Aurélio Cunha anunciou sua volta oficialmente ao Conselho do São Paulo para tentar ajudar em ‘momento crítico do clube’, como o próprio mencionou.

MAC estava licenciado do órgão desde o primeiro semestre de 2024, quando abdicou de ser o candidato indicado pela oposição para concorrer com Julio Casares à presidência. O cenário agora, contudo, mudou consideravelmente, com o atual mandatário extremamente enfraquecido e perdendo aliados.

O movimento, evidente, é estritamente político, visando a disputa para a sucessão de Casares ao final do ano que vem. O nome de Cunha é visto com bons olhos para integrar uma chapa dos grupos contrários ao atual presidente, não necessariamente com ele encabeçando a disputa.

Atual comentarista esportivo de um programa de TV, MAC recentemente ganhou afagos até de desafetos, como a Independente, principal torcida organizada do clube, que o elogiou em um protesto como forma de atacar o então diretor de futebol Carlos Belmonte.

E por falar em Belmonte, apesar do ex-diretor ter se comprometido com Casares a não falar publicamente de seus movimentos políticos e ter ouvido pedido para se manter na coalizão de apoio, ele deve ser um dos que irão conversar com MAC para a construção de uma chapa.

Marco Aurélio Cunha e Casares possuem desavenças mais pessoais que política. O ex-diretor de futebol nunca gostou da liberdade que o ex-diretor de marketing tinha nos seus tempos de CT da Barra Funda. Ademais, foi Casares que liderou os ataques a MAC quando esse abandonou a gestão Juvêncio e passou a militar na oposição, com os dois inclusive trocando ataques públicos em um programa da ‘TV Gazeta’.