Clube Atlético Mineiro
·19 janvier 2025
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Após o empate do Atlético contra o Cruzeiro, em 0 a 0, na FC Series, o técnico Cuca e o goleiro Everson concederam entrevista coletiva direto do Inter&Co Stadium, casa do Orlando City. Foi o primeiro jogo do Galo na nova temporada. Confira, abaixo, a transcrição completa da coletiva de imprensa do comandante e do arqueiro alvinegros, bem como a transmissão feita pela GaloTV.
Pergunta para Cuca: Queria que você falasse da sua reestreia pelo Atlético, em um clássico. Você sai satisfeito com o que viu em campo?
Cuca: “De uma maneira geral, saímos satisfeitos, sim. Não tem como exigir de um atleta o que ele não pode te dar no momento. Estamos treinando há sete dias, intercalando treinos físicos com três treinos técnicos. Uma viagem longa. Chegamos, sem querer comparar com o adversário, mas numa condição inferior, o adversário estava aqui há uma semana. Se pensar friamente, o Atlético teve um fim de ano com perda de títulos da Copa do Brasil e Libertadores, isso emocionalmente pesa. E um último jogo perigoso, podendo cair no Brasileiro no jogo seguinte a poder ser campeão da Libertadores. Isso, para o jogador, é um peso”.
“Tudo isso vem automaticamente, 40 dias sem jogar, pouco tempo de treino e exposição a um jogo perigoso. O Cruzeiro com muitas contratações recentes, astral lá em cima, e a gente com saída de jogadores. Agora, estamos recompondo e vamos fortalecer o nosso elenco, de forma pontual, com reforços e trabalhos. Pode ter certeza que as pernas terão mais soltas do que hoje daqui uma semana. Com todos esses fatores, o empate ficou bom para nós”.
Pergunta para Everson: Você foi destaque, mais uma vez. Começa o ano da mesma forma que terminou 2024…
Everson: “Procuro dar a minha parcela de contribuição. Jogo perigoso, pouco tempo de trabalho. Então, sabia que eu poderia ser uma peça fundamental para buscar o resultado positivo. Não veio a vitória. Mas pude ajudar a equipe a sair com o empate. Vamos aproveitar essa semana de treinamento para, com certeza, fazermos um melhor jogo no próximo fim de semana”.
Pergunta para Cuca: Vimos o Atlético diferente, com Scarpa por dentro, Bernard aberto na esquerda. Essa é a tendência do posicionamento dos jogadores? Fale também da estreia do Gabriel Menino e do Natanael…
Cuca: “A respeito do Scarpa, ele começou jogando por dentro, fizemos linha de quatro com o Menino na direita fazendo o quarto homem, Bernard, Scarpa e o Franco no 4-1-4-1, depois mudamos e passamos ele para a direita. Mas ele não está na condição ideal dele, assim como outros. São opções que temos para trabalhar no ano, aproveitando a característica do jogador, que pode jogar em várias posições. No dia que você quiser abrir mais o time, traz ele para segundo volante. Enfim…”
Pergunta para o Everson: você fez um bom duelo com o Gabigol, com duas defesas, teve defesa do Matheus Pereira também. É importante se destacar contra atacantes de grande qualidade?
Everson: “Atuar em uma grande equipe como o Atlético, naturalmente você vai enfrentar grandes equipes com grandes jogadores. O Cruzeiro se reforçou muito para essa temporada, com grandes jogadores e finalizadores. Esse duelo individual com os atacantes deles é sempre bom, para aumentar o nível de concentração, e fazer grandes defesas, o que isso dá um grau de valorização maior. Trabalhamos para isso, estar bem, preparado, para que nos momentos que o adversário fure nossa linha defensiva, a gente esteja preparado para defender bem o Atlético”.
Pergunta para Cuca: No primeiro tempo, teve dois entreveros com jogadores que, certamente, se fosse juiz brasileiro, aconteceria uma expulsão. Foi seu primeiro jogo, aos 25′ do segundo tempo, o Diniz trocou os 11. Foi estratégia sua manter o time em campo para tentar fazer um gol? Ou já estava na sua programação fazer as mudanças intercaladas.
Cuca: “As trocas dos jogadores se fizeram necessárias, né? O Diniz tem a troca dele necessária porque vai jogar amanhã o Campeonato Mineiro, viaja hoje e pode escolher alguns jogadores. Nós fizemos porque não temos as condições ideal de jogar os 90 minutos. Se eu pudesse, manteria, porque não temos jogos no meio da semana. Mas há o risco de lesões. Acho que pioramos um pouco nas trocas, porque aqueles jogadores nunca jogaram juntos. Foi um jogo de muitas faltas, acho que umas 40. O pau torou lá dentro. É clássico, amigo, não tem clássico amistoso (risos)”.
Pergunta para Everson: Você fez duas defesas dificílimas. Quando o goleiro é o destaque da partida, é sinal que o outro time teve progressão maior do que o adversário. Fale das suas defesas, por favor.
Everson: “Foi um jogo muito disputado, com muitas faltas. A equipe adversária teve melhores situações de gols, mas foi uma partida equilibrada. Nas quatro chances de gols deles, em duas eu fiz grandes defesas e ajudei a equipe a sair com o empate. É repetitivo, mas trabalhamos para isso, defender o Galo, ganhando, perdendo ou empatando. Hoje, saio com essa parcela de contribuição, com a situação de empate, de sair com duas grandes defesas em situações cara a cara”.
Pergunta para Cuca: Sobre os reforços, comente as estreias de Natanael e Gabriel Menino. E, também, as chegadas, com o Cuello e o Junior Santos que já estão confirmados.
Cuca: “O Natanael e o Gabriel Menino fizeram a estreia, foram relativamente bem. Estão conhecendo os companheiros. Vamos melhorar a equipe, primeiro potencializando que já estava aqui, melhorando coletivamente e individualmente. E, pontualmente, vêm as contratações. Temos o Junior Santos, provavelmente um outro jogador chegue na semana. E podemos abrir para poder vir mais dois jogadores, que eu ainda entendo que precisamos. Ficou nítido hoje e no fim de 2024 a falta de velocidade em um setor do campo. Estamos buscando corrigir isso, deixar a equipe equilibrada, é um bom time, mas precisa fortalecer. Com o passar dos treinos e jogos, teremos bem melhor do que hoje, com certeza”.
Pergunta para Everson: Foi um clássico pegado mesmo. Houve um discurso no parque, na integração dos jogadores, para que fosse um jogo honesto, sem faltas, sem machucar ninguém… Mas isso ficou só no discurso, né?
Everson: “Somos esportistas, desde que saímos de casa, com 10, 12 anos, temos no sangue essa competição. Estamos falando de um dos maiores clássicos estaduais, Galo e Cruzeiro, está no Top-3. O sangue ferve dentro de campo, ninguém quer perder. Teve lances mais ríspidos, o pessoal reclama de um lado, a gente reclama do outro. Até porque, se você deixar o adversário fazer montinho no árbitro, ele acaba ficando um pouco mais tendencioso para o lado dele. São atletas profissionais de dois grandes clubes. Apesar de ser jogo amistosos, buscamos a vitória. É normal essa competição dentro do nosso sangue”.
Pergunta para Cuca: A Leila Pereira falou sobre essa pré-temporada nos EUA, de que esses eventos servem para dirigente vir passear. Você gosta dessa ideia de vir aos EUA? O que pode ser retirado de bom para o Atlético?
Cuca: “Quem falou isso aí? Me pegou de surpresa, não vou falar nada, vou ficar quieto aqui na minha, não quero confusão. Pergunta para Everson: Na perspectiva de um goleiro, quando você enfrenta um adversário no qual os jogadores mudam bastante de posição, isso muda muito?”.
Everson: “A gente já está acostumado a enfrentar a equipe do Diniz, essa maneira dele jogar. Sabemos que eles se movimentam muito. Para o goleiro, aumenta o grau de atenção, você vê a bola de um lado e sabe que ela pode mudar rapidamente. Estamos acostumados com isso contra o Fernando Diniz”.
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