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·13 novembre 2025

Relógio do tri mundial vai ser gancho para relançamento do SPFC Bank

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O São Paulo realiza na noite desta quinta-feira (13), em um shopping da zona oeste paulistana, o lançamento de um relógio comemorativo aos 20 anos da conquista do trimundial. Mas, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, a peça comemorativa é só o marco inicial da parceria entre o clube do Morumbi com a Magnum, que confecciona o produto.

O Conselho Deliberativo são-paulino vota na próxima segunda-feira (17) se aprova ou não o projeto do novo SPFC Bank, que será gerido pela Magnum Bank. O Conselho de Administração do clube tricolor já aprovou a parceria e ele deve passar sem maiores precalços no órgão diretivo principal.


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A possibilidade de que o lançamento do relógio significaria a consolidação da parceria entre clube empresa para outras frentes foi aventada pela reportagem. E confirmada por fontes da cúpula são-paulina ao AMT. O SPFC Bank original foi descontinuado em abril do ano passado (leia mais abaixo).

Valores do acordo não foram revelados, nem a duração do contrato, mas existem variáveis de prêmios e bonificações no acordo dependendo da participação da torcida na iniciativa. A confiança é tamanha que o projeto é visto internamente como sendo capaz de ser o principal gerador de receitas do Tricolor já a partir de 2026.

Além do novo SPFC Bank, o Magnum Bank também ocupará as mangas da camisa são-paulina a partir do próximo ano, podendo variar em anunciar a plataforma financeira exclusiva do clube e a do grupo em geral.

Conhecido pela fábrica de relógios que capitaneou o grupo, o Grupo Magnum acabou lançando sua instituição financeira em dezembro de 2021. Exatos dois anos após comprarem a SAF do São Bernardo, time do ABC paulista que vem galgando degraus e luta pelo acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.

Liderado pelo empresário Roberto Graziano, torcedor fervoroso do Guarani, a Magnum já foi patrocinadora de camisa do clube de Campinas (SP) e chegou a assumir a administração social do Bugre em 2014, mas a parceria foi desfeita no ano seguinte após o Conselho Deliberativo barrar a compra do estádio Brinco de Ouro.

Para permanecer no futebol, a Magnum acabou assumindo o São Bernardo.

Desacordo em valores e também mudança de planos nas estratégias de marketing acabaram fazendo as negociações do Grupo Magnum com o São Paulo não caminharem para um final feliz no ano passado. O clube chegou a negociar com uma empresa farmacêutica, mas também não teve sucesso e o espaço no uniforme está limpo desde o fim de 2023, quando a Bitso, uma corretora de criptomoedas, decidiu não renovar contrato com o Tricolor para seguir ocupando o local no fardamento.

Atualmente, o São Paulo arrecada anualmente aproximadamente R$ 100 milhões com patrocínios na sua camisa. Boa parte disso vem da Superbet, que em 2025 despendeu R$ 78 milhões ao clube. O contrato prevê reajuste em 2026.

Recentemente, o Tricolor acertou contrato com a Cartão de Todos para patrocinar a barra frontal de sua camisa. Os valores do negócio não foram revelados.

Em compensação, o clube segue com três espaços vagos: as mangas, como citado, os ombros (limpos desde a saída da Viva Sorte em março) e a barra traseira (já que a Blue Saúde rescindiu o contrato no fim de setembro).

O FIM DO SPFC BANK

Na surdina, em abril de 2024, por meio de um e-mail enviado aos torcedores que tinham aberto uma conta no SPFC Bank, o São Paulo comunicou o fim do projeto, pouco mais de um ano após ele ter sido colocado no ar.

A parceria com a Logbank previa a oferta de serviços bancários com a marca do clube, que deveriam funcionar como uma nova fonte de receita.

Com a marca registrada em dezembro de 2021 e o contrato com o fornecedor aprovado pelo Conselho Deliberativo no mesmo mês, o projeto foi mencionado pela primeira vez em janeiro de 2022, quando o presidente Júlio Casares tratou dele em uma entrevista ao ‘Globo Esporte’: “Talvez, se eu falasse para vocês no começo da gestão que nós poderíamos caminhar para ter um banco digital, seria uma aventura da nossa parte dizer isso. Hoje não. Hoje, é uma realidade, que nós vamos lançar, se tudo correr bem, em março.”

O prazo não foi cumprido, e o lançamento só foi ocorrer em 9 de março do ano seguinte, e isso depois de um último atraso, informado na época pelo ‘Globo Esporte’. “Tivemos que cancelar devido ao atraso na publicação dos aplicativos nas lojas da Apple e Google”, disse Bernardo Biolchini, sócio-fundador e vice-presidente comercial da Logbank, ao portal. “A plataforma do SPFC Bank está 100% operacional, e só adiamos o lançamento devido ao incidente relatado acima.”

O parceiro já tinha sido exaltado pelo gerente de marketing Eduardo Toni, em entrevista à ‘Máquina do Esporte’, em que também falou das expectativas em relação ao projeto: “Existe toda uma regulamentação do Banco Central que precisa ser seguida, então nós temos um parceiro por trás disso. Nós queremos efetivamente trazer benefícios para o torcedor. Como nós fazemos uma coisa se falar com a outra e beneficiar os usuários das duas plataformas? Nós vamos oferecer esse tipo de serviço integrado para a torcida. Temos uma ótima expectativa com isso, especialmente porque nossa torcida adere, compra as ideias.”

De fato, em menos de 24 horas, a plataforma alcançou mil clientes, e chegaram a ser divulgadas metas de cinco mil e oito mil cadastros, mas a última parcial anunciada foi de três mil, em 20 de março. O clube divulgou muito pouco a iniciativa, com a maioria das postagens sendo feita na conta do programa de sócios-torcedores, que no Twitter tem cerca de 3% dos seguidores da conta principal — o que até fazia algum sentido, pois inicialmente o banco era restrito a STs. A última postagem foi em 24 de abril do ano passado, um mês e meio após o lançamento. Além disso, muitos torcedores relataram nas redes sociais dificuldades para aderir ao banco ou problemas com a plataforma.

Até 2021, existia uma conta virtual para são-paulinos no Banco Inter, então patrocinador máster do São Paulo, mas sem este estar diretamente envolvido. O próprio Toni admitiu que as expectativas agora eram maiores. Para efeito de comparação, o Palmeiras Pay, lançado pelo rival em janeiro de 2023, completou um ano recentemente, com quinhentas mil contas abertas, mais de quinhentos milhões de reais em compras no Brasil e no exterior, além de uma arrecadação para o clube de treze milhões de reais, segundo o ‘Globo Esporte‘. O banco palmeirense ainda turbinou o programa de sócios-torcedores, já que concedia até seis meses gratuitos em um dos planos.

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