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·31 décembre 2025
Retrospectiva do São Paulo em 2025: apostas, turbulência e problemas com Justiça

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O São Paulo terminou 2025 de maneira melancólica e a previsão para 2026 não é das melhores. Após um início promissor ainda com Luís Zubeldía, tudo foi desmoronando, com problemas no campo, extracampo e principalmente no DM. E quando surgiu uma fagulha de esperança na chegada de Hernán Crespo, mais uma vez a falta de planejamento e montagem do elenco cobrou caro.
O ano começou e o São Paulo mais uma vez tinha o caixa curto. A esperança era a mescla de jogadores experientes como Calleri, Luciano, Lucas e Rafael, com a base, que conquistou a Copinha. Junto disso, veio a grande contratação de Oscar, que retornava ao Tricolor, clube que o revelou depois de anos na China.
Além dele, chegaram os laterais-esquerdos Enzo Díaz e Wendell. Ambos vieram de graça, um por empréstimo e outro em fim de contrato, respectivamente.
O time demonstrou altos e baixos e acabou eliminado no Paulistão para o Palmeiras, num jogo rodeado de polêmicas. Enquanto isso, o Brasileirão começava e o desempenho do São Paulo seguia inconsistente. Porém, na Libertadores, o time ia surpreendentemente bem, terminando a fase de grupos com a 2ª melhor campanha do torneio, invictos.
No entanto, nem isso foi capaz de manter Zubeldía no cargo de treinador do São Paulo. O técnico argentino não conseguia extrair mais nada de sua equipe, que não conseguia mudar o padrão de jogo e via a campanha no Brasileirão tomar rumos perigosos. Sem contar com a Copa do Brasil, eliminado pelo Athletico-PR ainda nas oitavas.
Após uma série de resultados ruins, veio a gota d'água. Numa atuação terrível, o São Paulo foi derrotado pelo Vasco por 3 a 1, em pleno Morumbi. Durante o recesso por conta da Copa do Mundo de Clubes, Zubeldia foi demitido e deu lugar a um velho conhecido: Hernán Crespo.
É impossível falar do 2025 do São Paulo sem comentar sobre as lesões. Ao todo, foram mais de 70 problemas físicos que desfalcaram o Tricolor. Sendo que muitos deles, acometeram jogadores importantíssimos, como: Calleri, André Silva, Lucas e Oscar.
A lista de lesões do São Paulo parecia interminável e prejudicou o trabalho, seja de Zubeldía, ou Crespo. Como, por exemplo, na reta final do ano. Enquanto brigava e sonhava com uma vaga na Libertadores, tinha de lidar com 15 jogadores ao mesmo tempo, no DM.
Já no meio da temporada, quando o São Paulo se via prestes a iniciar o mata-mata da Libertadores, Crespo perdeu todos os atacantes. Numa situação que beira o absurdo, os três centroavantes do elenco (Calleri, André Silva e Ryan Francisco), lesionaram o joelho gravemente. Sem dinheiro em caixa, o Tricolor foi ao mercado no desespero e sonhou com Marcos Leonardo, porém, acordou com Gonzalo Tapia e Rigoni.
Crespo assumiu o São Paulo e deu outro ânimo ao time. Apesar de estrear com derrota, manteve um discurso lúcido, marca registrada em sua coletiva, que colocava o torcedor por dentro da realidade do clube. Enquanto em campo, conseguiu depois engatar ótima sequência com uma série de vitórias seguidas, colocando o time próximo ao G4 do Brasileirão.
No entanto, ao mesmo tempo que aproximou o São Paulo de um G4 e praticamente descartou qualquer risco de luta contra o rebaixamento, Crespo também presenciou uma queda brusca de rendimento nas competições de mata-mata.
Como consequência, veio a eliminação na Libertadores. Assumindo a equipe nas oitavas, caiu na competição sem fazer com que o time conseguisse vencer uma partida sequer. Até porque empatou ambos os jogos, passando nos pênaltis pelo Atlético Nacional. E foi eliminado nas quartas, perdendo as duas partidas para a LDU.
Depois disso, a queda de produção foi brusca. O São Paulo, que já não jogava tão bem, piorou sua produção no Brasileirão e se via sem opções para mudar o panorama. Até porque vendeu seus jovens talentosos e a maioria dos medalhões, como Oscar, Lucas e Calleri, estavam lesionados.
Isso culminou numa briga para se manter em oitavo do Brasileirão até a última rodada. O Tricolor, aos trancos e barrancos, conseguiu. No entanto, não foi o suficiente para se classificar a Libertadores, já que precisava de Fluminense ou Cruzeiro campeão da Copa do Brasil, o que não aconteceu.
Com o fim da temporada, o torcedor do São Paulo pensou que esfriaria a cabeça e veria seu clube planejar a próxima temporada de maneira mais organizada. No entanto, o completo contrário aconteceu. Em questão de semanas, o clube virou notícia de escândalos policiais dia após dia.
O primeiro, foi a comercialização ilegal de camarotes no MorumBIS. O caso envolveu dois nomes fortes da diretoria: Douglas Schwartzmann, diretor-adjunto das categorias de base, e Mara Casares, ex-esposa de Julio Casares e diretora feminina, cultural e de eventos do Tricolor.
Com conversas vazadas e milhares de reais desviados, isso foi o estopim para uma avalanche de escândalos no clube.
Logo em sequência, crise no Departamento Médico. Setor que já era muito criticado, virou caso de polícia com a aplicação de mounjaro em atletas do plantel são paulino. Eduardo Rauen, nutricionista do São Paulo, pegava as injeções de um fornecedor ilegal, sendo demitido após a descoberta de todo o esquema.
Para fechar o ano, o São Paulo apareceu envolvido num caso de desvio de dinheiro. Empresários e cartolas do clube teriam sido citados em documentos que comprovam desvio de dinheiro na venda de atletas.
Então, nesse aglomerado de situações, veio a gota d'água. Julio Casares, que já não tinha prestígio com a torcida, virou alvo internamente. E então, o Tricolor neste fim de ano caminha com um pedido de impeachmant sobre seu presidente.
O discurso de que o próximo ano para o São Paulo sempre será o pior, acontece há anos. Mas de fato, para 2026, o cenário preocupa. Passando pela maior crise institucional de sua história, o Tricolor ainda por cima não tem dinheiro e o investimento no mercado será basicamente nulo.
Crespo seguirá como comandante do projeto, mas com adendos. Prometeram ao treinador autonomia e um time competitivo, o que não tem sido visto pela torcida. O ano mal virou e contratações contestadas, saídas e nomes especulados geram um burburinho enorme.
Até o momento, o São Paulo acertou as chegadas de Danielzinho, ex-Mirassol, e o goleiro Carlos Coronel, ex-RB New York. A tendência é de que mais nomes cheguem. Porém, nenhum de alto calibre e que custem algo aos cofres do clube.









































