Jogada10
·19 septembre 2025
Roberto Assaf: Flamengo complicou um jogo que era para ser uma goleada

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·19 septembre 2025
O Flamengo ganhou de 2 a 1, mas transformou o que poderia ser uma vitória suficiente para garantir a classificação – dado o fato de ter feito dois gols em nove minutos – em um jogo sem graça, que deixou o Estudiantes com caixa para ganhar em La Plata, onde o ambiente é hostil, e logo, desfavorável aos adversários, pela tradição do clube local na Libertadores – que conquistou quatro vezes – e porque é argentino.
É obrigação ressaltar aqui a péssima atuação da arbitragem – colombiana – que errou praticamente todas as intervenções. Incluindo a lamentável expulsão do equatoriano Plata, que levou um chute por trás e recebeu cartão vermelho. Mas é inacreditável como o Flamengo do sofrível Filipe Luis, apesar do juiz, conseguiu complicar um jogo que sugeriu uma goleada e a vaga certa nas semifinais. O técnico não consegue fazer o time manter o equilíbrio. Não se brinca com argentino em futebol.
Filipe Luís conversa com Arrascaea durante Flamengo x Estudiantes – Foto: Gilvan de Souza / Flamengo
O início foi arrasador. Pedro, com menos de um minuto, recebeu de Plata e fez 1 a 0. Aos sete, na pressão, Ayrton Lucas cruzou e Varela bateu de primeira: 2 a 0. Oportunidades não faltavam. Muslera praticou defesa incrível em conclusão de Pedro. Mas o Flamengo foi diminuindo o ritmo e deixou o Estudiantes tocar a bola, para matar o tempo, e quem sabe, arriscar algo positivo.
No fim, Carrillo, sozinho, cabeceou mal para fora. O time carioca poderia ter marcado mais uma vez. Isso se levar em conta que os adversários, surpresos com dois gols em 10 minutos, foram obrigados a deixar espaços.E assim abrir mão do hábito secular de amarrar a partida para obter no mínimo o empate. O resultado seria ótimo, se o adversário não tivesse sido nocauteado mal a bola rolou e se não fosse argentino. Ou seja, sempre capaz de mudar a história. Nunca há jogo perdido para eles.
O Flamengo voltou pressionando, mas foi, aos poucos, tentando administrar o placar, e o Estudiantes aproveitava para manter a posse e encontrar uma brecha para descontar. O Rubro-Negro não parecia empenhado em ampliar, e eis que aos 18 minutos, Filipe Luis iniciou o seu repertório de bobagens, trocando Saúl, que não vinha bem, por ele, Allan, sugerindo que segurar o placar era bom negócio. Fantástico: tantos no banco, e Allan em campo.
Aos 27, o técnico, não satisfeito, sacou Pedro, como sempre faz, e manteve Samuel Lino, jogador absolutamente inútil, que cisca demais e não faz nada de objetivo. Entraram Luiz Araújo e Bruno Henrique. Aos 36, o árbitro Andrés Rojas – horroroso – expulsou Plata, num erro inadmissível. O Estudiantes foi para cima e diminuiu, com Carrillo, 2 a 1, deixando a impressão de que o Flamengo não passará às semifinais, como, aliás, já era previsto.
Incrível fazer tanta besteira numa partida que poderia ser das mais tranquilas. Não se brinca com argentino. O que houve de lucro: a hora de Filipe Luis deixar a Gávea está bem próxima. Um mau resultado diante do Vasco e a eliminação em La Plata – muito provável – levarão o técnico a cantar em outro terreiro.