Zerozero
·17 septembre 2025
Sabia que o treinador do Qarabag é «recordista» nesta edição da Champions?

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·17 septembre 2025
Considerada uma das equipas mais acessíveis desta edição da Liga dos Campeões, o Qarabag é uma equipa que tem crescido a olhos vistos, não só no panorama do futebol azeri, como também no europeu. Este crescimento deve-se, em boa parte, ao técnico Gurban Gurbanov, nome cada vez mais histórico entre o palmarés do conjunto de Aghdam, mas também «recordista» nesta Champions.
Antigo avançado, internacional pelo seu país em 67 ocasiões, Gurbanov terminou a carreira de jogador - toda ela dividida entre o Azerbaijão e a Rússia - em 2006 e, nesse mesmo ano, abraçou a de treinador, começando no Neftchi - emblema que já foi campeão azeri por nove vezes.
Contudo, apenas dois anos depois, assumiu o comando do Qarabag, no já longínquo ano de 2008. Desde então, não mais deixou o clube. É verdade. São já 17 anos seguidos à frente do mesmo emblema, onde ajudou a criar uma hegemonia nacional - foi campeão 10 vezes nas últimas 12 edições -, mas também um certo pedigree europeu, visto que participaram nas provas europeias nos últimos 12 anos.
Gurbanov, de resto, chegou a estagiar brevemente no Barcelona, quando Pep Guardiola comandava os catalães, levando a imprensa do seu país a fazer algumas comparações - devidamente à escala, pois claro.
O crescimento tem sido evidente e nos últimos anos já conseguiu alguns feitos europeus de relevo, eliminando equipas como o Rosenborg, Twente, RB Salzburgo, PAOK, Anderlecht, Nantes, Olympiacos, Gent ou até o SC Braga - no playoff da Liga Europa na época passada.
Estes 17 anos à frente do Qarabag dão a Garbanov uma aura de figura paternalista no clube - equiparada, mais uma vez à escala, ao que Alex Ferguson tinha no Manchester United -, mas também são impressionantes no futebol moderno. Chega ao ponto do técnico azeriter um recorde na edição atual da Liga dos Campeões.
Olhando para as 36 equipas em prova, onde se inclui Benfica e Sporting, a ligação entre Garbanov e o Qarabag é a mais duradoura, com alguma vantagem para os restantes. O nome que mais se aproxima desses 17 anos é Diego Simeone, que está à frente do Atletico Madrid desde 2011 (14 anos).
Feitas as contas, já com o jogo na Luz desta terça-feira, são já 643 jogos oficiais, entre todas as provas, à frente do Qarabag e, pelo meio, conta com outros quatro duelos contra equipas portuguesas.
Apesar do registo final contra portugueses ser «negativo», a verdade é que só o é pela percentagem de derrotas. É que são três derrotas - duas delas contra o Sporting - e duas vitórias no total, mas pelo meio conseguiu eliminar o SC Braga, como já foi referido, e, agora, esta vitória histórica ante o Benfica (2-3).
«O futebol são 11 contra 11. Cada equipa tem 11 jogadores e eu disse, desde o início, que os meus jogadores tinham de se divertir e ser corajosos. É a Liga dos Campeões. Em qualquer cenário, tínhamos de jogar o nosso jogo. Iriam existir erros e perdas de bola, mas os nossos jogadores fizeram isso. Poderiam até ter existido mais golos da nossa parte. Não diria que foi uma vitória fácil, de modo algum, mas conseguimos ser superiores e ainda bem», afirmou, na conferência pós jogo.