Jogada10
·21 octobre 2025
São Paulo pode perder quantia milionária se ficar fora da Libertadores em 2026

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·21 octobre 2025
O São Paulo ainda sonha com uma vaga na próxima edição da Libertadores, e o objetivo vai além do prestígio esportivo. Atualmente na nona posição do Campeonato Brasileiro, o Tricolor está oito pontos atrás do Bahia, último time dentro do G-6, mas o retorno à principal competição continental também é visto como essencial para reequilibrar as finanças do clube.
De acordo com dados comparativos entre as premiações da Conmebol, disputar a Libertadores pode render até 3,7 vezes mais dinheiro do que a Copa Sul-Americana. Em praticamente todas as fases, o valor pago é ao menos o dobro em relação ao torneio secundário.
Nesta temporada, o São Paulo chegou às quartas de final da Libertadores, sendo eliminado pela LDU, do Equador, e arrecadou cerca de R$ 41,1 milhões apenas em premiações da entidade.
Além do dinheiro da Conmebol, a Libertadores traz impacto direto nas receitas de bilheteria e em outros ganhos relacionados aos dias de jogo. O ticket médio é mais alto, a demanda por ingressos aumenta e o público médio cresce consideravelmente em relação à Sul-Americana.
Nos anos de 2022 e 2023, quando o Tricolor disputou a Sul-Americana, o clube arrecadou R$ 12,89 milhões e R$ 10,53 milhões, respectivamente, com renda de bilheteria. Em 2022, o São Paulo chegou à final e fez seis jogos como mandante; no ano seguinte, disputou cinco partidas no Morumbis.
A volta à Libertadores em 2024 trouxe um salto expressivo. Afinal, foram R$ 26,34 milhões arrecadados em cinco jogos, um aumento de 150% em relação a 2023 e de 104% comparado a 2022.
Em 2025, mesmo com uma leve redução no público total, a renda foi de R$ 20,89 milhões, com 244.106 torcedores presentes ao estádio. Uma média de 48.821 pessoas por partida.
Bilheteria do São Paulo é maior em jogos de Libertadores – Foto: Rubens Chiri / São Paulo
Com o déficit financeiro persistente, a diretoria são-paulina vê a classificação para a Libertadores como fundamental para o planejamento de 2026. Assim, caso o clube não alcance a vaga, a gestão terá de buscar novas fontes de receita para compensar a perda de arrecadação. Seja por meio de vendas de jogadores, patrocínios ou redução de custos operacionais.
A permanência fora da elite continental, portanto, não seria apenas um revés esportivo, mas um golpe direto no caixa do São Paulo, que veria seu potencial de arrecadação cair drasticamente já no próximo exercício financeiro.