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·3 octobre 2025
Só Flamengo perde! Números expõem contradição em discurso de Leila sobre divisão da Libra

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·3 octobre 2025
As disputas que envolvem o Flamengo, Libra e os demais clubes do bloco - a exemplo do Palmeiras de Leila Pereira - ganharam um novo capítulo na manhã desta sexta-feira (3). Números expostos pelo jornalista Rodrigo Mattos expõem de forma cristalina que o Rubro-Negro é o único que tem perdas vertiginosas.
Enquanto Leila aposta em bravatas, notas e um discurso de que o Palmeiras também está abrindo mão de receita, a realidade é totalmente distinta (e será mostrada abaixo). Em nenhum dos cenários ao qual o blog teve acesso, o time paulista tem perda de receita que corrobore com as falas da presidente.
Ou seja, o assunto é muito mais político do que real. A verdade que os cenários mostram é que o dinheiro que está sendo utilizado para "equilibrar" a Libra parte quase que todo dos ganhos do Flamengo.
Como revelado pelo Flamengo, o cenário ao qual grande maioria da Libra aprova (cenário 1) gera perda superior a R$ 100 milhões ao Rubro-Negro. Isso usando como referência os R$ 300 milhões ganhos com audiência em 2024. Os cálculos, vale a ressalva, são baseados na posição final de cada clube no Brasileirão 2024.
Mesmo em um formato "intermediário", que foi a tentativa de um meio-termo (cenário 4), o clube ainda perde cerca de R$ 84 milhões em comparação ao ano anterior. Além disso, o cenário 6 (baseada em cadastros de pay-per-view), que foi proposto pelo próprio Flamengo, ainda geraria perda de R$ 49 milhões, um percentual ainda alto.
Em resumo, não há hipótese em que o Flamengo mantenha ou aumente seu patamar de receitas.
O principal contraste está no caso do Palmeiras. Em 2024, o clube faturou R$ 187 milhões. Nos três cenários projetados, os números ficam entre R$ 179 milhões e R$ 183 milhões, mostrando oscilações mínimas. Ou seja, em nenhum momento há perda significativa.
A narrativa de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, de que estaria abrindo mão de valores em prol do equilíbrio, cai por terra diante dos dados: o clube se mantém estável, enquanto o Flamengo é o único a sofrer redução vertiginosa.
Enquanto Flamengo perde e Palmeiras e São Paulo ficam praticamente no mesmo patamar, outros clubes médios são os grandes beneficiados com a fórmula da Libra. Bahia, Vitória e Red Bull Bragantino saltam dezenas de milhões em receitas, justamente pelo modelo que limita a fatia do Flamengo a 20,4% nos 30% destinados à audiência.
O Santos, por outro lado, teria quedas relevantes nos cenários baseados no cadastro de pay-per-view, enquanto o Atlético-MG mantém ganho estável em qualquer hipótese.
Enquanto tratam o Flamengo como egoísta, a verdade é que demais clubes da Libra (exceto Volta Redonda) fazem pura política com o assunto.
O Flamengo chegou a sinalizar abertura a um formato de meio-termo (cenário 4), que misturava audiência e cadastro de pay-per-view e reduziria parte das suas perdas. Nesse caso, o Rubro-Negro ainda cairia em relação a 2024, mas com impacto menor. Neste contexto, Palmeiras e São Paulo subiriram levemente.
Ainda assim, a Libra rejeitou o acordo, preferindo manter a regra atual - que desrespeita o Estatuto, já que não houve unanimidade - que prejudica de forma mais dura o Flamengo. Isso mostra que o discurso de solidariedade não se sustenta diante da realidade financeira. Enquanto isso, o imbróglio segue na Justiça e vai acabar asfixiando quem mais precisa do dinheiro.
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