MeuMadrid
·29 septembre 2025
Valverde: “Não nasci para jogar de lateral, mas estou disponível”

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·29 septembre 2025
Dois dias após a dura goleada sofrida no dérbi contra o Atlético de Madrid, Fede Valverde foi o porta-voz do vestiário na coletiva prévia ao duelo com o Kairat Almaty. Sereno diante das câmeras, o uruguaio mostrou autocrítica e também se colocou à disposição para atuar na lateral direita, posição fragilizada pelas lesões de Dani Carvajal e Trent Alexander-Arnold.
“Eu não nasci para jogar como lateral, não cresci aprendendo a jogar como lateral, e quando joguei lá, me senti orgulhoso de ter ido bem. Sempre tive dúvidas se jogava bem espontaneamente… Jogando lá, me senti confortável. Tive que jogar na ponta e ganhamos uma Liga dos Campeões, tive que jogar na ponta e no meio e ganhamos mais uma Liga dos Campeões…”, explicou Valverde, ao ser questionado sobre a possibilidade de mudar de posição para ajudar a equipe.
Na sequência, reforçou que o grupo conversou muito após a derrota por 5 a 2 para o Atlético e que a reação é obrigação: “Foram dois dias muito difíceis. Foi um golpe duro, mas conversamos bastante”, concluiu.
Jogar de lateral: “Não me sinto confortável como lateral porque não nasci nessa posição e tenho dificuldades com algumas coisas, como me fechar atrás do zagueiro. Joguei no meio-campo a vida toda e tive companheiros de equipe que me deram muitos conselhos, mas é verdade que joguei bem como lateral e sempre deixei claro que estou aqui para o que o treinador disser.”
Derrota no Derbi: “Foram dois dias muito difíceis, muito difíceis futebolisticamente. Foi um golpe duro, mas conversamos bastante. Desde que cheguei ao Madrid, raramente nos reunimos tanto para conversar. Conversamos bastante sobre nossa atitude em campo e sobre como entender o que estava em jogo. Também tivemos muitas conversas com o treinador e a comissão técnica.
Pouco tempo com Xabi: “Jogamos muitas partidas, mas não tivemos muito tempo com o novo treinador. Temos que dar o nosso melhor. Tivemos duas derrotas com o Xabi, e foram duras, contra o PSG e a do outro dia. Faz parte do futebol, mas como jogadores do Real Madrid, temos que tentar garantir que isso não aconteça. Temos que jogar de forma diferente e nos unir tanto interna quanto externamente.”
100% disponível para o que precisar: “Sempre deixei claro para o treinador que estou disponível para o que ele precisar. Nunca me recusei a jogar como lateral ou em qualquer outra posição. Sempre que alguém começa, abraça a ideia como se fosse a única coisa que pode fazer. É estranho que isso venha de mim, já que sempre disse que estou disponível para jogar o que quer que seja. Podem perguntar aos meus companheiros e ao treinador; nunca me recusei a jogar em lugar nenhum e sempre darei a vida pelos meus companheiros e pelo Real Madrid.”
Baixo desempenho: “Tenho consciência de como estou jogando. Um jogador de futebol sabe quando está fazendo um jogo ruim… É verdade que tive um ótimo começo neste projeto. Acho que fiz um bom Mundial de Clubes, mas neste início de temporada não fui tão bem. Como um dos capitães, continuarei me defendendo, liderando este grupo… Vou me esforçar e seguir em frente.”
Apatia do time no Derbi: “São coisas que não deveriam acontecer no Real Madrid. É preciso estar motivado para qualquer jogo do ano, mas num clássico isso é fundamental. Atitude é inegociável, e isso é o mais importante. Você pode cometer erros de muitas maneiras — no passe, na defesa ruim, no gol —, mas atitude é inegociável. Nos primeiros minutos, mostramos uma atitude diferente, como se um empate nos bastasse ou como se já estivéssemos jogando como campeões. Como um dos líderes, já digo que vamos nos reagrupar.”