Jogada10
·10 octobre 2025
Vasco: manchas afetam a qualidade do gramado de São Januário? entenda

In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·10 octobre 2025
Uma característica do gramado de São Januário vem chamando a atenção até de quem não torce para o Vasco. Trata-se das manchas em grande parte do campo, onde a grama tem uma coloração mais clara. Essa mutação causa dúvidas. Será que impacta na qualidade do jogo ou atrapalha apenas no aspecto estético?
Para responder essas e outras perguntas, o Jogada10 conversou com o diretor da Greenleaf, Lucas Pedrosa, que explicou os motivos do aparecimento das manchas no gramado. O profissional revelou que São Januário possui um gramado de mais de 20 anos, enquanto uma grama de excelência tem uma vida útil de 15 anos. A partir desse tempo é necessário fazer a troca para implementar novas tecnologias de drenagem e irrigação.
As manchas no gramado de São Januário tem colocado à prova a qualidade do campo – Foto: Reprodução
“O tipo de grama de São Januário é um Bermuda 419, antiga, do qual não tinha certificação ainda e, com o passar dos anos, a grama, como qualquer planta, ela tem o domínio de fazer uma mutação. Quando ela passa por algum estresse fisiológico, estresse de calor, estresse hídrico, a planta sempre vai tentando se proliferar para deixar a próxima espécie, então acaba que gera mutação. Aquelas manchas, são mutações e começaram a aparecer nos últimos cinco anos”, explicou o diretor da Greenleaf.
Os profissionais da Greenleaf estiveram em São Januário nesta semana e realizaram medições no gramado. Lucas Pedrosa garantiu que o campo está em perfeitas condições e que as manchas não atrapalham a jogabilidade.
“Todas essas medições estão dentro do padrão de referência, que é tração, compactação, umidade, altura de corte. Então, o aspecto problemático hoje de São Januário é visual, mas a jogabilidade não altera nada com relação ao jogo, mas realmente fica muito feio. Inclusive, mesmo com as manchas, o próprio Pedrinho já elogiou muito o gramado, o próprio Philippe Coutinho elogiou, porque não altera a jogabilidade”.
O Vasco só volta a jogar em São Januário no dia 2 de novembro, contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. Até lá, a Greenleaf prometeu melhorar a qualidade do gramado quanto a jogabilidade. No entanto, sobre as manchas, o máximo que se pode fazer é tentar amenizar. Para eliminar por completo, apenas trocando todo o gramado, um custo estimado em R$ 2 milhões. Essa possibilidade está fora de cogitação, tendo em vista que as obras de reforma e modernização do estádio devem começar no início do ano que vem.
A Greenleaf também cuida dos gramados do CT Moacyr Barbosa. A estrutura conta atualmente com dois campos, mas a expectativa é de que se construa mais um em 2026. Lucas Pedrosa revelou que há conversas neste sentido com a diretoria do Vasco.
“Tem a conversa de ampliação do CT, sim. Já está em pauta com o Vasco. A gente tem tido uma conversa para a construção, no caso, de mais um campo. Na verdade, tem um projeto do Vasco que comportam-se mais dois campos no CT, ampliando a área que eles têm lá. Mas a priori, a primeira conversa é sobre a construção de um campo só”, finalizou.