Nosso Palestra
·15 juin 2025
Véspera da estreia tem Abel radiante, elenco ‘vivendo um sonho’ e palmeirenses virando notícia no mundo

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·15 juin 2025
O mesmo horário, a mesma cidade, a mesma ocasião, e até o mesmo discurso, mas em circunstâncias muito distintas: Palmeiras e palmeirenses se declararam um ao outro para o mundo interior assistir, cada um à sua maneira, na véspera da estreia do clube na Copa do Mundo da Fifa.
No Metlife Stadium, Abel Ferreira chegou à sala de coletivas pouco antes das 19h, no horário local. Sorridente, sentou à mesa e não parou mais de sorrir. Conversou primeiro com jornalistas portugueses, saudosos e orgulhosos do compatriota – em uma pergunta sobre como se imagina visto pelos europeus, ficou com a voz embargada, cena rara de se assistir em se tratando do comandante palmeirense.
Ao longo da seguinte meia hora, respondeu pacientemente a todas as perguntas, sempre com um olhar brilhante (fisicamente e figurativamente), e palavras calmas. Entre as palavras que mais usou, estiveram: “orgulho”, “honra” e “lutar”. Talvez se vendo sem pressão por vencer, situação inédita desde que no Alviverde chegou, Abel se sentiu como um jovem vivendo o seu sonho dourado de competir.
Lembrou-se do seu livro, reforçou suas palavras de ordem, celebrou a “melhor presidente do mundo” quando falou sobre Leila e considerou o trio formado por eles e Anderson Barros como um triângulo mágico. Aos jogadores, deu serenidade para “desfrutarem” o torneio e, por fim, fez uma belíssima declaração de amor ao palmeirense, pedindo atenção dos jornalistas do mundo para o que fará o palmeirense neste domingo, no estádio, dizendo que “são a alma deste clubel”.
O que Abel ainda não sabia era que naquele mesmo momento, na Times Square, acontecia uma das maiores imagens da história do clube, com uma multidão de alviverdes tomando conta da Times Square, protagonizando imagens que já são notícias ao redor do mundo – e que são uma demonstração física desta “alma”, mencionada por Abel Ferreira. O torcedor que viajou pelo mundo para ver seu time jogar, sem maiores pretensões objetivas de título, mas pelo orgulho, pelo privilégio, por amor, mesmo.
Em algumas horas, comandante e apaixonados vão se encontrar um estádio histórico, gigante, com olhos do planeta futebol inteiro, numa ocasião completamente inédita e especial. Talvez seja esse o momento em que todos os envolvidos possam, além de uma vitória impotente, aproveitarem de tudo o que constroem no dia a dia. A impressão que fica é que não há ninguém em NYC que não esteja tomado por orgulho.
De Nova York, EUA – João Gabriel Falcade.