Victor Bagy: “A ideia é subir o nível” | OneFootball

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Clube Atlético Mineiro

·14 janvier 2025

Victor Bagy: “A ideia é subir o nível”

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O diretor de futebol do Atlético, Victor Bagy, concedeu entrevista coletiva na Cidade do Galo no mesmo momento em que apresentou oficialmente o técnico Cuca para a imprensa. Victor falou sobre o planejamento da nova temporada, a atuação do Clube no mercado de transferências,  busca por reforços para “subir o nível” da equipe, e também explicou o contexto das saídas próximas dos meias Rodrigo Battaglia e Matías Zaracho, que solicitaram o retorno para o futebol argentino.

Confira a entrevista coletiva com Victor Bagy:


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Pergunta: Os valores arrecadados pelas vendas de jogadores serão investidos em contratações, segundo nos disse o Bruno Muzzi. As cifras das saídas de Battaglia e Zaracho serão suficientes para buscar esses reforços?

Victor: “Bom, realmente os valores auferidos pelo Paulinho serão investidos em contratações. O valor dessas vendas, ou dessas saídas de Zaracho e Battaglia, serão incorporados a esse montante. Procuramos qualificar, não é só contratar para o jogador ser pouco utilizado. A minha busca, do Cuca, dos demais membros dessa área, é qualificar. Temos uma boa base montada do ano passado. Como o Cuca falou, é rejuvenescer e qualificar. Dentro desse montante que temos, vamos fazer a melhor distribuição possível para tornar a equipe mais competitiva possível”.

Pergunta: Saíram Battaglia, Zaracho e Paulinho. É possível qualificar esse elenco com apenas esses valores ou é possível um aporte maior para o elenco não perder o nível?

Victor: “A ideia é subir o nível e não perder o nível. A saída do Paulinho, se você pegar o valor total da operação, é a maior da história do Atlético, e ainda com dois jogadores incluídos. Jogadores que irão encorpar a equipe do Cuca, e com valor de revenda. A ideia é dar velocidade à equipe, qualificar, rejuvenescer”.

“A questão das saídas do Zaracho e Battaglia, situações complexas. Battaglia é um jogador que conseguimos dobrar o valor investido em dois anos, atleta que irá completar 34 anos, é algo incomum. Diante do desejo dele de voltar à Argentina depois de 13 anos, cuidar de situações familiares, pessoais, que ele apresentou… Entendemos que há uma compensação financeira e foi feito o movimento”.

“Sobre o Zaracho, importante fazer uma cronologia: estávamos desde março de 2024, quando contratamos o Milito na Argentina, sentamos com o staff do atleta, que tinha sinalizado intenção de renovação. Fizemos uma proposta inicial que o representante dele considerou abaixo, mas prevendo aumento já para 2024, coisa que ele não teria no contrato atual. Tentamos por inúmeras vezes falar com o representante do Zaracho. Nunca nos respondeu, não enviou contraproposta. Falou que viria a Belo Horizonte discutir essa situação, mas nunca compareceu. Primeiro, disse que estava em São Paulo e teria de voltar à Argentina por questões pessoas, mas a gente sabia que ele estava em Belo Horizonte”.

“Tudo isso é uma demonstração de falta de respeito e lealdade, tendo em vista que sempre tratamos com muito carinho e respeito o atleta, dando suporte profissional e pessoal em algumas situações. Tínhamos uma reunião com o representante do atleta na véspera do jogo contra o River na semifinal da Libertadores, na Argentina. Marcamos reunião no nosso hotel, ele não apareceu. Mandamos proposta por e-mail, não houve resposta. Entregamos a proposta nas mãos do Zaracho, não houve retorno. Estou falando isso para demonstrar todo nosso esforço em tentar renovar. Diante da falta de retorno, houve uma proposta do Racing, no qual, já disse, o nosso contrato com o Zaracho nos deixava fragilizado. Tínhamos 50% dos direitos do atleta, e tínhamos que pagar (ao Racing) um valor anual caso o Zaracho atuasse. Foi uma maneira de ter uma recompensa financeira, já que o atleta não iria renovar. Então, entendemos que era o momento de fazer esse movimento. Ele nem sequer se apresentou, e entendemos que era o momento de virar essa página e atuar em outras frentes”.

Pergunta: Por que o Atlético está tendo tanta dificuldade de atuar no mercado? Perdeu jogadores importantes e titulares, como Paulinho, Battaglia, Zaracho, e sem tanta reposição…

Victor: “Você citou alguns jogadores… O Zaracho, no ano passado, jogou 30% da minutagem, chegamos ao fim sem ter, praticamente, o Zaracho na temporada toda. Na verdade, não são dificuldades. A montagem do elenco conta, também, com a participação do treinador. Tínhamos vários nomes na mesa, mas queríamos a participação do Cuca para poder operacionalizar. Temos situações em andamento, propostas se encaminhando. O mercado, como o Cuca falou, está bastante inflacionado. Temos nossas responsabilidades, orçamento para cumprir, não adianta eu trazer um jogador que custa X e não termos X para contratar. Há uma responsabilidade e entender a nossa realidade. Temos propostas em andamento, com negociações. Toda contratação é também uma construção feita em parceria com o treinador. A partir do momento que decidimos os nomes e posições, colocamos em prática. Uma negociação é complexa, envolve várias frentes, e temos que respeitar o tempo de cada uma delas. Mas temos algumas frentes em andamento. Espero que, nos próximo dias, a gente consiga anunciar nomes. Mas, o torcedor pode ter certeza que teremos um time bastante competitivo na temporada”.

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Pergunta: O Atlético teve oito saídas no elenco. Queria saber se estão previstas mais saídas e se o Galo trabalha com número fechado de chegadas.

Victor: “Na verdade, existem consultas, mas nenhuma saída iminente. Colocamos oito nomes de saídas, mas eram três jogadores em fim de contrato, o Maurício Lemos atuando pouco. Temos buscado reposição para que a gente trabalhe com um número em torno de 28 atletas de linha, mais quatro goleiros. Isso nos permite ser efetivos, com reposições, e todos os atletas tenham minutagem de jogar. Mais do que isso, poderia ser difícil para o Cuca trabalhar. Difícil falar um número fechado, vão surgindo demandas. Temos ideia de dar uma encorpada na equipe. Conforme a temporada se desenrole, vamos analisar se teremos outras carências ou oportunidades de mercado.

Pergunta: Muitos nomes especulados nas redes sociais, ansiedade do torcedor é latente. Nomes como Soteldo, Brenner, Bruno Henrique, além do Cuello, que a gente imagina já estar avançado. São nomes no radar ou o torcedor pode descartar?

Victor: “Hoje, nossa prioridade é reforçar o ataque, entendemos que, nas outras posições, temos peças suficientes para o início da temporada. Adiantei que buscamos rejuvenescer, ter uma equipe mais rápida. Costumo não comentar nomes, existe a confidencialidade, respeito ao negócio, até para não cair ou inflacionar operação. Você citou nomes interessantes, que agradam. Como falei, espero que possamos anunciar nomes que agreguem e que tragam tranquilidade para o Cuca trabalhar e montar a equipe dentro do perfil de sermos um time protagonista. Estamos atuando para chegada de jogadores que criem impacto e que briguem pela titularidade da equipe”.

Pergunta: Nós perdemos um jogador do quilate do Paulinho, 18 milhões de euros, artilheiro do Brasileiro, fazia diferença em campo. A reposição de um jogador desse quilate vem sendo analisada? Os nomes falados, na minha opinião, não repõe o Paulinho…

Victor: “Sempre difícil você repor um jogador da capacidade do Paulinho. Estamos trabalhando sem descansar todos os dias, começo às 7h e vou até 23h. Temos nomes importantes e grandes na pauta. Temos que apostar também não só na individualidade, mas na coletividade. Não adianta trazer nome de impacto se não se encaixar na coletividade. É trazer um nome que possa repor, mas que se complemente com a equipe e os outros nomes que já temos. Se não houver jogadores ao lado, um atleta do mesmo nível do Paulinho não consegue render ao máximo. Então, temos um nome importante em negociação, creio que, se confirmar, vai realmente dar essa tranquilidade ao torcedor. Estamos buscando outros nomes para dar uma coletividade forte, que é o que precisamos. Ter nomes importantes que se complementem, assim que se constrói uma equipe vencedora. E já temos nomes importantes”.

Pergunta: Já foi questionado ao Cuca o tempo de procura a ele. O Galo ficou um mês sem técnico, mas a negociação dele foi rápida. Mas, porque esse período todo sem técnico para o Atlético e como isso atinge o mercado, já que você falou que contratações andam lado a lado com a presença do Cuca…

Victor: “O Cuca sempre esteve na nossa pauta. Tivemos uma outra negociação, que se arrastou um pouco. Evoluímos em alguns pontos, mas não deu certo. Há um impacto na montagem. Mas, como falei, estamos desde setembro mapeando e planejando de 2025. Não começamos a falar de elenco só após a vinda do Cuca. Ele é parte importante, obviamente, mas, assim que ele acertou, estamos em contato diário. E apresentamos inúmeros nomes planificados para ele. Paralelamente, o Cuca apresentou alguns nomes. É natural isso. A gente tenta encontrar o equilíbrio dentro dessas indicações. Estamos correndo para acertamos. O telefone não para, dedicação não falta, trabalho todos os dias, muita gente colaborando e ajudando no processo, incluindo o Cuca, para um time competitivo, para que o torcedor possa chegar ao fim da temporada comemorando títulos”.

Fotos: Pedro Souza/Galo

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