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·19 novembre 2024
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O zagueiro Toby Alderweireld, do Antuérpia, revelou que deixou a seleção da Bélgica no começo de 2023 por conta de problemas de saúde. Afinal, em um programa de TV de seus país, ele contou que sofreu dois ataques de pânico, que provocaram aceleração cardíaca.
Revelado pelo Ajax e com passagens por Tottenham e Atlético de Madrid, Alderweireld anunciou ainda que vai encerrar a carreira de jogador de futebol ao fim da atual temporada.
“Fisicamente, ainda consigo aguentar e certamente sentirei falta do futebol, mas também quero passar mais tempo com os meus filhos”, disse o zagueiro, de 25 anos.
Alderweireld em ação pelo Antuérpia em jogo contra o Barcelona – Alex Caparros/Getty Images/onefootball
Alderweireld era figurinha constante nas convocações e fez parte da grande geração da Bélgica. Ele atuou em 129 partidas pela seleção, de 2009 a 2022, entre elas a vitória por 2 a 1 sobre o Brasil, nas quartas de final da Copa do Mundo de 2018.
Em 2022, o defensor foi contratado pelo Antuérpia e ajudou o clube a levantar a taça de campeão belga após 66 anos de jejum. Inclusive, foi dele o gol da vitória sobre o Genk, que garantiu a conquista.
A última partida pela seleção foi no Mundial do Qatar, em dezembro 2022, contra a Croácia, em duelo que determinou a eliminação da Bélgica ainda na fase de grupos. O zagueiro não comunicou ao técnico Domenico Tedesco o motivo da aposentadoria da equipe. O primeiro ataque de pânico viria a ocorrer um mês depois, em janeiro de 2023.
“Eu estava no carro e meu coração começou a bater a mil por hora. Pensei: ‘Estou tendo um ataque cardíaco’. Entrei em uma loja de móveis e pedi para chamarem a emergência.
Por sorte, o problema logo se estabilizou e ele chegou à conclusão de que foi causado por um comprimido de cafeína. Em seguida, passou a evitar o produto, mas não demorou muito para voltar a sentir os sintomas.
“Eu senti meu coração acelerado por causa de todo o estresse. Isso me deu um ataque de pânico, que fez meu coração bater ainda mais rápido. Você realmente fica louco, e em um momento, pensa que está tendo um ataque cardíaco e vai morrer”.
Dessa forma, passou por vários exames cardíacos, que não detectaram nenhum problema, e recebeu a liberação para seguir atuando profissionalmente. No entanto, os ataques de pânico não foram eliminados por completo.
“Fizemos testes extremos, mas deu tudo certo. Aí comecei a conversar com as pessoas e elas disseram que era por muito estresse. Puramente um ataque de pânico, então. Agora ainda sofro com o problema às vezes, mas posso lidar com isso porque eu sei que não é nada”, destacou Alderweireld, antes de finalizar:
“Foi por isso que eu deixei a seleção”.
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