MundoBola Flamengo
·30 Januari 2025
In partnership with
Yahoo sportsMundoBola Flamengo
·30 Januari 2025
Nesta sexta-feira (31), fará 35 anos do primeiro título do Flamengo na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com um time que entrou para a história da competição e serviu de base para conquistas do Mengão no profissional, o Rubro-Negro fez uma bela campanha, vencendo sete dos 11 jogos disputados, empatando três e sofrendo apenas uma derrota.
Em 1990, o regulamento da primeira fase da Copinha tinha várias peculiaridades. Na época, a vitória normal valia dois pontos, mas caso o time vencedor marcasse três ou mais gols, ele ganhava três pontos. Já o empate só rendia um ponto para cada equipe se houvesse gols. Caso terminasse em 0 a 0, a decisão ia para os pênaltis, e apenas o vencedor da disputa somava um ponto, enquanto o perdedor ficava sem nada. Da mesma forma, quem perdesse no tempo normal também não pontuava.
Na primeira fase, o Flamengo fez parte do Grupo C, sediado em Santos, ao lado do Criciúma-SC e de quatro equipes paulistas: Botafogo, de Ribeirão Preto, Nacional, da capital, Central Brasileira, de Cotia e o próprio Santos.
A estreia ocorreu no sábado, 6 de janeiro, na Vila Belmiro, contra o Botafogo-SP, então campeão paulista da categoria. O Rubro-Negro entrou em campo com: Adriano; Mário Carlos, Tita, Júnior Baiano e Piá; Fabinho, Marquinhos, Marcelinho e Djalminha; Paulo Nunes e Nélio.
O Flamengo, após sofrer um gol de cabeça do zagueiro Lúcio aos 15 minutos do primeiro tempo, em cobrança de escanteio, conseguiu empatar a partida ainda na primeira etapa. O gol do empate veio aos 36 minutos, também de cabeça, com Fabinho aproveitando cruzamento da esquerda. O resultado garantiu o primeiro ponto do Mais Querido na competição.
Dois dias depois, em duelo contra o Nacional, no estádio do Clube Atlético Portuários, o Flamengo não contou com Júnior Baiano e Djalminha, que haviam sido expulsos na estreia. Eles foram substituídos por Edmílson na zaga e Luís Antônio no meio-campo, respectivamente.
O Mengão dominou amplamente o primeiro tempo, abrindo o placar aos 32 minutos, com Nélio. No segundo tempo, o time teve que se esforçar para manter o resultado após duas novas expulsões: a do meia Marquinhos e do técnico Ernesto Paulo.
O Flamengo retornou ao estádio do Portuários para enfrentar o Central Brasileira, que havia surpreendido ao vencer o Santos na estreia. No entanto, desta vez não houve espaço para surpresas: o Fla venceu por 2 a 0, com gols de Paulo Nunes, que teve um dia realmente especial. Além de garantir a vitória para o Rubro-Negro, o atacante recebeu a notícia de sua convocação para a Seleção Brasileira de Juniores, que participaria da Copa Atlântica em Las Palmas, na Espanha.
Os meias Marquinhos e Marcelinho também foram chamados pelo técnico Homero Cavalheiro, assim como o zagueiro Rogério, que já estava com os profissionais e não foi inscrito na Copinha.
O Rubro-Negro voltou à Vila Belmiro para enfrentar o Criciúma. Djalminha chamou a responsabilidade abriu o placar. No entanto, antes do intervalo, Júnior Baiano cometeu um erro e deixou o atacante Everaldo entrar sozinho na área, empatando a partida. Na etapa final, o Fla desperdiçou várias oportunidades de gol, até que, aos 37 minutos, Paulo Nunes marcou e garantiu a vitória e a classificação.
Flamengo 0(5)x(4)0 Santos (1ª fase)
Com a vaga garantida, o Flamengo voltou à Vila Belmiro para enfrentar o Santos. No entanto, o jogo foi bastante tumultuado. Tentando incentivar seu time, que lutava pelas últimas chances de classificação, a torcida santista jogou pedras nos jogadores rubro-negros, paralisando a partida por 13 minutos. O lateral Mário Carlos respondeu à agressão e foi expulso, assim como Nélio. Os santistas Júlio César e França também receberam o cartão vermelho.
Apesar das adversidades, houve bom futebol, com o Flamengo jogando de forma consistente, mas sem sorte nas finalizações. Como os gols não saíram, a partida foi decidida nos pênaltis, e o Fla venceu por 5 a 4. O clube acabou perdendo a primeira colocação (e a vantagem de pular uma fase no mata-mata da competição) para o Botafogo-SP, mas pôde comemorar o sucesso em seu pedido para adiar a apresentação dos convocados pela Seleção Brasileira.
Na primeira etapa eliminatória, o Flamengo enfrentou a Tuna Luso, do Pará, em um jogo realizado no Canindé, no dia 16 de janeiro. O Mengão teve uma vitória tranquila por 3 a 1, com gols de Piá, Marcelinho e Djalminha. O único gol dos paraenses foi marcado por Luciano, que converteu um pênalti.
Na terceira fase, aconteceu o grande confronto contra p time, que teve a melhor campanha e o melhor ataque da fase de grupos, liderado pelo talentoso Dener.
O centroavante Sinval abriu o placar aos 34 minutos de jogo. No entanto, a apenas cinco minutos do fim, o habilidoso ataque rubro-negro conseguiu o empate com uma falta cobrada por Marcelinho, que começava a mostrar seu talento na bola parada.
A decisão da partida foi para os pênaltis, e o goleiro Adriano, brilhou ao defender três cobranças, garantindo a vitória rubro-negra.
A fase seguinte foi disputada de forma diferente, com os seis classificados divididos em dois grupos triangulares (Verde e Amarelo), sendo que os dois primeiros colocados avançariam às semifinais. O Flamengo ficou no Grupo Amarelo, ao lado de dois adversários paulistas: Corinthians e Juventus da Mooca. O primeiro duelo seria contra clube da Rua Javari.
O Mais Querido estava desfalcado dos convocados e também perdeu o zagueiro Tita, suspenso após ser expulso contra a Portuguesa. Mesmo com o campo pesado, o Flamengo começou bem e abriu o placar com Nélio. Adriano ainda pegou um pênalti.
No entanto, um minuto depois, o Juventus empatou e virou o jogo logo no início do segundo tempo. Após perder a invencibilidade na competição, o Mengão precisava se recompor para enfrentar o Corinthians, que também havia sido derrotado pelo Juventus por 2 a 0, em um confronto decisivo para ambas as equipes em busca das semifinais.
O duelo entre os garotos dos times mais populares do Rio de Janeiro e de São Paulo, marcado para 25 de janeiro, data do aniversário da capital paulista, no estádio do Pacaembu, entraria para a história da competição. Sem Marcelinho, Marquinhos e Paulo Nunes, que foram destaques nas fases anteriores, o meia Djalminha assumiu a responsabilidade e fez uma partida de almanaque contra o Corinthians.
Logo aos 15 minutos, Djalminha lançou Nélio, que abriu o placar. Aos 29, ele cobrou uma falta do meio de campo, e o goleiro Márcio não conseguiu defender. Três minutos antes do intervalo, Djalminha converteu um pênalti sofrido por Fabinho, marcando o terceiro gol. Na etapa final, o massacre rubro-negro continuou: aos cinco minutos, Djalminha bateu uma falta pela direita e Piá desviou de cabeça para o gol.
Embora Wladimir tenha descontado para o Corinthians aos dez minutos, o Flamengo não parou. Djalminha fez mais três gols: converteu um pênalti sofrido por Nélio aos 17, cabeceou quase sem ângulo aos 34 e, por fim, selou a vitória com um golaço de cobertura quase do meio-campo, fechando o placar em incríveis 7 a 1. Com cinco gols naquela tarde, Djalminha se isolou na artilharia do torneio.
Embalado após a grande atuação contra o Corinthians, o Flamengo não teve dificuldades contra o Internacional, que liderava o Grupo Verde, superando São Paulo e Santo André, na semifinal realizada em Suzano.
Apostando em rápidos contra-ataques, o time abriu o placar no primeiro tempo com Luis Antônio, aos 20 minutos. Na segunda etapa, a vitória foi consolidada com duas cobranças de falta de Djalminha: na primeira, Fabinho desviou de cabeça aos 15 minutos; na segunda, Djalminha arriscou um chute direto de longe aos 36, definindo o resultado e levando o Mengão à decisão.