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Revista Colorada

·14 Desember 2025

A diferença nas finanças do Inter que acontecerá em caso de Tite aceitar convite

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A possível chegada de Tite ao Internacional não representa apenas uma mudança de nome no comando técnico, mas também uma alteração clara no patamar de investimento do clube na comissão técnica. Os números ajudam a explicar por que a negociação é tratada como estratégica e fora do padrão recente do Beira-Rio.

Nas últimas temporadas, o Inter trabalhou com custos significativamente menores. A comissão técnica de Roger Machado tinha um custo mensal aproximado de R$ 1,3 milhão, enquanto a de Ramon Díaz girava em torno de R$ 1,4 milhão. Ambos os valores estavam alinhados à política de contenção financeira adotada pelo clube, especialmente diante do alto endividamento e das metas de ajuste de caixa.


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Para Tite, o cenário muda. A proposta apresentada pelo Internacional prevê um custo mensal de R$ 2 milhões para o treinador e sua equipe. Trata-se de um aumento considerável em relação aos contratos anteriores, mas que a direção entende como um investimento diferenciado, e não apenas uma despesa maior. Internamente, a leitura é de que Tite não é apenas um técnico, mas um gestor de futebol, capaz de impactar diretamente no desempenho esportivo, na valorização do elenco e até na credibilidade institucional do clube no mercado.

Ainda assim, o valor não é tratado como imutável. Existe a possibilidade de redução do custo total caso o preparador físico de confiança de Tite não integre a comissão técnica no Inter. Esse ponto está em discussão porque o profissional possui vínculo contratual mais rígido com o Santos, o que poderia levar o treinador a abrir mão dessa peça específica e, consequentemente, diminuir o montante mensal.

A comparação direta com Roger e Ramon Díaz também passa pelo contexto. Nenhum dos dois chegou ao Beira-Rio com o nível de autonomia, respaldo político e influência institucional que Tite exige para aceitar o projeto. No caso do ex-treinador da Seleção Brasileira, há carta branca para planejamento de elenco, estabilidade a longo prazo e apoio explícito de Abel Braga, fatores que justificam, na visão da direção, um custo maior.

Além disso, o Inter aposta que a presença de Tite pode gerar efeitos indiretos positivos: maior atratividade para jogadores em final de contrato, fortalecimento do projeto esportivo, redução de erros de mercado e, a médio prazo, melhores resultados esportivos e financeiros. Ou seja, o clube entende que parte do investimento se paga ao longo do tempo.

Em um cenário de reconstrução e de discurso público de austeridade, a diferença de valores chama atenção, mas também deixa claro que o Inter enxerga Tite como uma exceção. Não apenas pelo currículo, mas pela capacidade de liderar um novo ciclo com método, credibilidade e estabilidade — algo que, para a direção colorada, vale mais do que a simples economia mensal.

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