A jornada rubro-negra rumo ao Mundial: uma crônica sobre o Flamengo na Copa do Mundo de Clubes | OneFootball

No Flamengo, não basta ser nacional. Não basta ser continental. A maior torcida do mundo é representada ao redor de todo o planeta, e os mais de 45 milhões de torcedores sonham com o Mundo de novo.

A geração tenta ficar marcada como a de 1981, única a conquistar o Mundial de Clubes pelo Flamengo. A final histórica contra o Liverpool, vencida por 3 a 0, eternizou os ídolos da época. É o espelho ideal do atual elenco, que tenta se inspirar para, finalmente, dar o sonhado bicampeonato.

Mas dessa vez, em condições ainda mais especiais. A Copa do Mundo de Clubes da Fifa conta com 32 clubes de todos os lugares do mundo, incluindo as fortes equipes europeias que disputam a Champions League regularmente.

O Flamengo, por sua vez, não chegou lá por acaso. O clube teve méritos e disputa a importante competição ao lado dos grandes clubes do planeta.

Flamengo entra como campeão da Libertadores 2022

Dá para dizer que a jornada até a Copa do Mundo de Clubes se iniciou com o presidente Eduardo Bandeira de Mello, que decidiu, em 2013, focar em quitar as dívidas do clube e transformar a saúde financeira.

Para isso, mandou embora nomes que não poderia manter pelos altos valores, como Vágner Love. Mesmo com time inferior, o Flamengo cresceu e mostrou por que é Flamengo ao ser campeão da Copa do Brasil daquela temporada.

Com o passar dos anos, o investimento no time começou a aumentar. As dívidas iam caindo, e o Mengão, se fortalecendo, até o ápice que viria na gestão seguinte.

O forte time de 2019 iniciou uma nova Era Dourada para ser lembrada eternamente. Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil, todas essas conquistas se tornaram rotineiras. Mas falta o carimbo do mundo de novo.

A oportunidade vem pela nova competição da Fifa, que estreia em junho de 2025 e acontece de quatro em quatro anos, como a Copa de seleções.

A entidade seleciona os últimos quatro campeões das competições continentais para a disputa, além de clubes bem ranqueados.

O Flamengo se tornou tricampeão da América em 2022, e foi assim que o time assegurou vaga na nova competição da Fifa. Três anos depois, a equipe busca, com Filipe Luís, que ajudou a conquistar a vaga em campo, ganhar o mundo com o nome agora na beira do campo.

A trajetória, então, culminou na campanha de 2022, relembrada pelo MundoBola Flamengo.

A fase de grupos

A participação do Flamengo naquela fase de grupos foi irretocável. Com Talleres, Universidad Católica e Sporting Cristal, o time não tomou conhecimento dos adversários.

A conquista conta com um retrospecto sensacional desde o início da competição, marcada por ser a melhor campanha de um time no torneio e que terminou com título invicto.

O Rubro-Negro não só não perdeu na fase de grupos, como venceu cinco dos seis jogos disputados na primeira fase.

Seja no Maracanã ou jogando na Argentina, no Chile ou no Peru, o ímpeto foi máximo, e apenas o Talleres, jogando em seus domínios, conseguiu um empate por 2 a 2. O Mengo fechou a fase com 16 pontos.

O mata-mata da Libertadores 2022

O mata-mata foi ainda mais especial, e até impressionante. É que o Flamengo foi avançando até a decisão sem fazer força.

Nas oitavas de final, o Tolima até segurou bem na ida e perdeu apenas por 1 a 0 jogando em casa. Mas, no Maracanã, o primeiro momento histórico da campanha: o incrível placar de 7 a 1 garantiu a classificação para as quartas de final.

Na fase, o Corinthians foi o azarão da vez ao entrar no caminho do Flamengo. As vitórias aconteceram por 1 a 0 e 2 a 0, fora e dentro de casa, respectivamente. Ninguém poderia parar aquele time.

Nem mesmo o Vélez Sarsfield, que também passou vergonha na semifinal. Na Argentina, Pedro deu show e o Flamengo venceu por 4 a 0. Na volta, a vitória protocolar aconteceu por 2 a 1. O Rubro-Negro voltava à final um anos após bater na trave diante do Palmeiras.

A Glória Eterna

Um ídolo se imortalizou ainda mais naquele 29 de outubro de 2022. O jogo que garantiria a presença flamenguista na Copa do Mundo de Clubes foi contra o Athletico, que também seria mais uma presa da equipe de Dorival Jr.

De novo nos minutos finais, mas, dessa vez, do primeiro tempo, Gabigol foi servido por Everton Ribeiro. A grande jogada pelo lado direito do ataque saiu com Rodinei.

O cruzamento certeiro do meia fez Gabigol se consolidar: o único a marcar pelo Flamengo em finais de Libertadores após Zico. De novo, dando o título ao Mengão.

A Glória só não é mais Eterna do que a da Copa do Mundo de Clubes. No âmbito nacional, conquistá-la seria como ter argumentos para refutar qualquer torcedor, de qualquer time do país.

Mais do que isso, seria concluir uma Era com uma reparação histórica: o sonhado mundo de novo, tão pedido pela Nação.

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