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Calciopédia

·5 Desember 2025

A primeira leva de jogos das oitavas da Coppa Italia terminou sem grandes surpresas

Gambar artikel:A primeira leva de jogos das oitavas da Coppa Italia terminou sem grandes surpresas

As oitavas de final da Coppa Italia entregaram exatamente o que se esperava: equilíbrio em alguns campos, goleadas em outros, testes importantes para quem mira voos mais altos e nenhuma surpresa real. A única queda de time grande ocorreu no único duelo de equipes de peso, entre Lazio e Milan. Melhor ranqueada, já que foi sétima colocada da última Serie A, a equipe capitolina jogou em casa e despachou os rossoneri (oitavos no campeonato anterior, além de vice-campeões do mata-mata), que têm pensado em competir pelo scudetto e não estavam focados no duelo da semana.

Nos outros jogos, a Juventus abriu caminho com uma atuação segura contra a Udinese, marcada pelos primeiros sinais de afirmação de David no papel de substituto de Vlahovic, enquanto o Bologna – atual campeão – confirmou o bom momento no limite, ao eliminar o rival Parma com gol no finalzinho. No eixo lombardo, goleadas: a Inter transformou San Siro em parque de diversões, atropelando o Venezia com os talentos franceses de Diouf, Bonny e Thuram, ao passo que a Atalanta não tomou conhecimento do Genoa e atropelou os grifoni. Já o Napoli viveu uma noite de puro suspense, dominando o Cagliari na bola, mas precisando de 20 cobranças de pênalti para seguir em frente. Na sequência, confira os relatos completos de cada confronto.


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Levando a Coppa Italia a sério, a Lazio deixou para trás um Milan mais focado na Serie A (Getty)

Lazio 1-0 Milan

Diante de um Milan mais concentrado na Serie A do que na Coppa Italia, a Lazio avançou para as quartas de final num jogo de poucas oportunidades. E que até poderia ter sido mais nervoso, diante do desfecho polêmico da partida entre os times no último fim de semana, pelo campeonato – vencida pelos rossoneri, por placar magro.

A primeira etapa foi truncada, marcada por duelos físicos e pouca profundidade. A Lazio tentou em bola parada e com dois arremates de Basic (falta aos 2 e chute cruzado aos 24), enquanto Castellanos quase aproveitou erro de Saelemaekers. Maignan salvou o Milan com defesa firme em bomba aos 45, e a equipe rossonera respondeu apenas com avanços pelos lados.

Na volta do intervalo, o jogo ganhou vida. Estupiñán cruzou para Loftus-Cheek logo aos 50, mas o inglês cabeceou para fora. O Milan cresceu, adiantou as linhas, mas a Lazio respondeu sempre em transição rápida. A maior chance dos rossoneri no jogo surgiu aos 70: o lateral equatoriano encontrou Rafael Leão livre, mas o português isolou de frente para o gol.

A Lazio aproveitou aquilo que o Milan desperdiçou: a bola parada. Aos 80, após escanteio cobrado por Nuno Tavares, Zaccagni buscou o desmarque e cabeceou no canto para fazer 1 a 0. Nos minutos finais, os goleiros apareceram: Maignan voou para defender chute potente de Noslin aos 85, e Mandas garantiu a vitória com defesa espetacular em finalização de Pulisic, aos 90. Eficiente e resistente, a equipe de Maurizio Sarri seguirá adiante na competição, que tem valorizado nos últimos anos – nos 15 mais recentes, foi campeã em duas ocasiões e vice na mesma quantidade de vezes. O oponente das quartas, aliás, será o Bologna, atual detentor da taça.

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Mesmo em casa, o Napoli suou muito para superar o Cagliari numa quase interminável disputa de penalidades (Getty)

Napoli 1-1 Cagliari (9-8 nos pênaltis)

O Napoli precisou de nervos de aço para eliminar o Cagliari e avançar às quartas da Coppa Italia. No Diego Armando Maradona, depois de um 1 a 1 no tempo normal – com Lucca abrindo o placar e Esposito empatando – a decisão só saiu após uma maratona de vinte cobranças de pênalti. Buongiorno, chamado por Antonio Conte no segundo tempo, transformou-se no herói da noite ao converter o arremate decisivo logo após o erro de Luvumbo, garantindo a classificação e mantendo vivo o sonho azzurro de chegar à final. O time partenopeo agora aguarda Fiorentina ou Como, que se enfrentam em janeiro.

O primeiro tempo teve roteiro claro: domínio amplo do Napoli. Conte mudou oito jogadores em relação à vitória sobre a Roma, pela Serie A, apostando em Lucca como referência ao lado de Politano e do jovem Ambrosino. No Cagliari, Fabio Pisacane também sacudiu o time, promovendo o retorno de Pavoletti, a entrada de Luvumbo e permitindo a estreia ao uruguaio Rodríguez. A pressão azzurra foi constante, com longos momentos em que os mandantes ficaram instalados no campo adversário, rodando pacientemente a bola à procura de espaços. O gol veio aos 30 minutos, quando Vergara efetuou um cruzamento perfeito para o segundo pau, onde Lucca apareceu sozinho para testar às redes.

A volta do segundo tempo, porém, virou o jogo de cabeça para baixo. O Cagliari ganhou intensidade com as entradas quase simultâneas de Prati, Esposito, Borrelli e Idrissi, e encontrou o empate aos 57 minutos: Borrelli puxou o contra-ataque, a defesa não conseguiu afastar e Sebastiano Esposito acertou um foguete indefensável para Milinkovic-Savic – mais tarde, no mesmo dia, seu irmão Pio também balançaria as redes, mas pela Inter. Conte reagiu imediatamente, colocando Buongiorno e Højlund, depois Lang e Neres, reforçando o bloco ofensivo e devolvendo volume ao Napoli. O time da casa empurrou o Cagliari para trás, finalizou com McTominay, Spinazzola e Neres, mas Caprile fez defesas importantes e levou a decisão aos pênaltis.

Na disputa, quase todos bateram. Até Milinkovic-Savic converteu o seu, arrancando aplausos do Maradona. Escolhidos entre os cinco primeiros batedores de cada lado, Felici e Neres desperdiçaram suas cobranças e a decisão passou às alternadas. A tensão só terminou quando Luvumbo errou, abrindo espaço para que Buongiorno – símbolo da tentativa de Conte de reequilibrar o time – fechasse a conta com o nono pênalti convertido pelos azzurri. Foi o desfecho dramático de uma partida marcada por domínio, susto, reação, alívio e, sobretudo, mais uma amostra do quanto as ausências têm pesado para o Napoli.

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Sem grandes problemas, a Juventus bateu a Udinese em Turim (Getty)

Juventus 2-0 Udinese

A Juventus venceu a Udinese por 2 a 0 e avançou às quartas da Coppa Italia apoiada numa atuação sólida e nos bons sinais deixados por David, titular no lugar de Vlahovic, que se operou da lesão no adutor da coxa e só voltará em março. O canadense participou diretamente dos dois tentos – ainda que o primeiro tenha sido creditado como gol contra de Palma – e teve um golaço anulado por impedimento milimétrico, além de mostrar muita movimentação, pressão e presença entre linhas. Agora, precisa mostrar a regularidade que não apresentou desde que chegou a Turim.

Luciano Spalletti aproveitou a fragilidade da Udinese, que praticamente não ameaçou Di Gregorio, para fazer testes: mudou seis titulares, variou construções com Koopmeiners e Miretti, adiantou Kalulu e permitiu a Cambiaso jogar mais por dentro. A Juventus controlou o ritmo desde o início e abriu o placar ainda no primeiro tempo, numa jogada pela direita em que McKennie cruzou e, numa dividida com David, Palma desviou contra a própria meta.

A Udinese só apareceu em dois ou três chutes esporádicos, e a Juve matou o jogo na metade final: David lançou Cabal, que cruzou para McKennie; na sequência, o VAR flagrou um pênalti de Palma no lance, e Locatelli converteu. Openda ainda marcou nos acréscimos, mas o gol também foi anulado. A equipe visitante poupou vários titulares, facilitando a vida da gigante. É verdade. Mas, no fim, ficou a impressão de uma Juventus mais leve, dominante e com ideias mais claras – ainda em fase de construção, mas mostrando evolução e engrenando três vitórias seguidas pela primeira vez em meses. Nas quartas, a Velha Senhora terá vida mais dura, já que irá até Bérgamo encarar a Atalanta.

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Com grandes atuações de reservas, os nerazzurri golearam o Venezia em San Siro (Arquivo/Inter)

Inter 5-1 Venezia

A Inter transformou a noite em um passeio, goleando o Venezia por 5 a 1 em San Siro e avançando sem sustos para as quartas de final da Coppa Italia, onde enfrentará Torino ou Roma – que decidem a vaga em janeiro. A classificação carregou uma marca clara: o protagonismo francês. Diouf abriu caminho, Bonny deixou o seu e Thuram – enfim de volta as redes após dois meses – anotou uma doppietta. Pio Esposito foi o “coadjuvante” italiano da noite, se é possível dizer que o garoto prodígio nerazzurro ocuparia uma posição marginal. Do outro lado, o Venezia, recheado de reservas e pensando mais em tentar voltar à Serie A, só conseguiu comemorar um gol de honra, assinado por Sagrado. O time de Cristian Chivu dominou do início ao fim, convertendo superioridade técnica e intensidade em um resultado esmagador naquele que foi o único duelo entre times de divisões diferentes nas oitavas do mata-mata nacional.

Os cinco gols contaram histórias diferentes, mas todas dentro de um mesmo roteiro: a facilidade com que a Inter encontrou espaço. O primeiro nasceu aos 18, quando Diouf – escalado como ala direita e rendendo bem improvisado por ali – iniciou e concluiu a jogada: controlou o lançamento de Pepo Martínez, participou da tabela com Frattesi e finalizou com categoria para marcar seu primeiro gol pelo clube justamente em sua estreia como titular. Dois minutos depois, Esposito anotou um golaço ao acertar um tirambaço de fora da área no canto, aproveitando saída ruim de Grandi, arqueiro reserva.

A avalanche continuou com Thuram, que aos 34 armou o disparo da meia distância e marcou o terceiro. O atacante francês voltou a marcar logo no início da segunda etapa, em forte cabeceio após cruzamento de Frattesi, aos 51. O 5 a 1 definitivo veio com Bonny, que finalizou de longe aos 76, anotando outro belo tento. Entre um gol e outro, aos 66, Sagrado descontou para o Venezia em bonito lance individual e com conclusão desviada em Carlos Augusto.

A chave do jogo esteve na postura dos reservas da Inter, que encararam a partida com seriedade e resolveram tudo em meia hora. O Venezia, quinto colocado da Serie B, entrou com um time inteiro de reservas e sustentou o ritmo apenas nos 15 minutos iniciais. Depois, a equipe desabou diante da pressão interista. Thuram finalizou sem marcação, Esposito teve liberdade, enquanto Frattesi distribuiu assistências e criou chances. O goleiro Martínez, de volta após um acidente de carro que levou à morte de um idoso que passou mal e invadiu a pista, abalando emocionalmente o elenco, encontrou um ambiente ideal para recuperar confiança. Chivu ainda premiou jovens da equipe sub-23, como Cocchi, Bovo e Spinaccè, dando gás moral ao projeto de base. Só Luis Henrique não aproveitou bem a oportunidade, apesar de algumas jogadas de efeito.

Entre todos, o nome que mais saltou aos olhos foi o de Diouf. A escolha de colocá-lo como ala direita – apesar de ser canhoto – gerou estranheza entre os torcedores, mas a aposta se pagou rapidamente. Além do gol, mostrou personalidade, venceu duelos, tentou dribles e quase marcou novamente na segunda etapa, salvo apenas por uma intervenção em cima da linha. Foi uma atuação totalmente oposta à insegurança exibida contra Torino e Cremonese. Com Dumfries fora por pelo menos mais três jogos, o francês surge como solução inesperada e valiosa para o setor.

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No clássico emiliano, o Bologna só levou a melhor no finalzinho (Getty)

Bologna 2-1 Parma

Atual campeão da Coppa Italia, o Bologna teve que suar para bater o Parma no maior clássico da Emília-Romanha. O time visitante, que briga para não cair na Serie A, começou muito melhor e poderia ter resolvido a partida ainda nos primeiros suspiros da partida. Aos 6 minutos, Benedyczak saiu cara a cara e parou no goleiro; aos 13, o próprio polonês abriu o placar após passe vertical perfeito de Løvik; e aos 18, perdeu sua terceira grande chance ao dominar sobre Lucumí e finalizar para fora.

O Bologna, travado e impreciso, errava passes simples, não penetrava na área e só apareceu quando Bernardeschi encontrou Fabbian em lançamento longo aos 31. O empate veio na insistência individual: o experiente camisa 10 rossoblù deu um balão, Rowe ganhou na força dos defensores e acertou a trave na sua finalização. Por sorte, o rebote voltou no pé do inglês e ele deixou tudo igual aos 38.

O segundo tempo foi bem diferente: o Bologna assumiu o comando, pressionou alto e começou a impor seu jogo físico. Fabbian testou o goleiro aos 50, Rowe e Lucumí venceram disputas pelo alto e o Parma perdeu completamente o controle do meio-campo. A chance decisiva para os visitantes surgiu aos 69, quando Løvik recebeu livre, frente a frente com o goleiro, e desperdiçou de forma incrível. O lance pesou no psicológico dos visitantes: o time da casa aumentou o volume, chegou com mais frequência e virou aos 89, quando Holm cruzou e Castro testou para as redes. A virada foi construída na intensidade rossoblù e na falta de frieza dos ducali, que se concentrarão na tentativa de se manter na elite. Os bolonheses, por sua vez, medirão forças com a Lazio na Coppa, enquanto tentarão seguir as boas campanhas na Serie A e na Liga Europa.

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A Atalanta se valeu da superioridade técnica e numérica para golear o Genoa em seus domínios (ANP)

Atalanta 4-0 Genoa

A Atalanta mostrou autoridade e confirmou o favoritismo ao impor um 4 a 0 incontestável sobre o Genoa. Mesmo com rotações pontuais e a saída precoce de Sulemana por lesão, a equipe de Raffaele Palladino, que substituiu Ivan Juric em meados de novembro, assumiu o controle desde o início, criou as principais chances e abriu o placar com a cabeçada de Djimsiti, além de ter acertado travessão e poste em investidas de Pasalic e Maldini. A etapa inicial foi um compêndio de pressão, intensidade e criação de chances dos mandantes, que ganharam outra cara com a mudança no comando técnico.

O Genoa tentou se reorganizar dentro do 3-4-2-1, aproximando Stanciu e Carboni de Ekhator, mas jamais conseguiu abalar a solidez bergamasca. A situação piorou de vez com a expulsão de Fini, que derrubou Bellanova quando este sairia na cara do gol. Com um a menos e sem intensidade para pressionar, o time de Daniele De Rossi foi arrastado para o intervalo já sobrevivendo mais do que competindo.

Na segunda etapa, qualquer esperança genoana foi rapidamente anulada pelo belo arremate de De Roon, que fez o 2 a 0 e praticamente definiu a classificação. A partir daí, a Atalanta transformou o jogo em treino de luxo: Pasalic ampliou ao aproveitar cruzamento e Ahanor, jovem revelado pelos rossoblù, fechou a conta ao acionar a lei do ex.

O resultado consolida a ótima fase da Atalanta – três vitórias consecutivas, uma em cada frente de que participa na temporada, totalizando nove gols marcados e nenhum sofrido – e a coloca nas quartas de final para enfrentar a Juventus novamente em Bérgamo. Para o Genoa, resta virar a página e direcionar energias para a luta contra o rebaixamento à Serie B, prioridade absoluta após uma eliminação tão clara quanto inevitável.

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