Abel Braga retorna ao Internacional pela oitava vez em meio à luta contra o rebaixamento; relembre as passagens | OneFootball

O Internacional volta a apostar em um velho conhecido para tentar evitar um desfecho dramático no Brasileirão. À beira do Z-4 e com apenas duas rodadas restantes, o clube gaúcho oficializou o retorno de Abel Braga ao comando técnico, convocando o treinador para sua oitava passagem pelo Beira-Rio.

Um ícone colorado de volta ao cenário

Aos 73 anos, Abel retorna após um período afastado do banco de reservas — seu último trabalho havia sido no Fluminense, em 2022, quando inclusive anunciou aposentadoria. Mesmo assim, aceitou o desafio proposto pela direção colorada para liderar o time na reta final da competição.

A estreia nesta nova fase será contra o São Paulo, fora de casa, nesta quarta-feira (3), às 20h. O encerramento da campanha ocorrerá no Beira-Rio, diante do Bragantino, no dia 7 de dezembro, às 16h.

1ª passagem (1988–1989) — O “Gre-Nal do Século” e o quase título brasileiro

Ainda no início da carreira como treinador, Abel assumiu o comando colorado e protagonizou um dos jogos mais emblemáticos da história do clássico. A vitória sobre o Grêmio levou o Inter à final do Brasileirão, vencido pelo Bahia, mas garantiu vaga na Libertadores de 1989. No torneio continental, a eliminação para o Olimpia nas semifinais marcou profundamente a torcida.

2ª passagem (1991) — Mandato curto e queda após Gre-Nal

De volta no início dos anos 1990, Abel substituiu Ênio Andrade, mas a derrota para o Grêmio no Olímpico custou seu cargo.

3ª passagem (1995) — Retorno sem brilho

Quatro anos mais tarde, assumiu o lugar de Cláudio Duarte, novamente sem conseguir impor regularidade. A campanha instável resultou em uma saída rápida.

4ª e 5ª passagens (2006–2007 e 2007–2008) — A era mais vitoriosa

Esse período consolidou Abel como um dos maiores treinadores da história do clube. Em 2006, conduziu o Inter à inédita conquista da Libertadores e ao título mundial contra o Barcelona, feito que muitos consideram o maior momento do clube.

A primeira demissão em 2007 ocorreu após eliminações precoces, mas quatro meses depois o técnico voltou. Contribuiu para a montagem da base que se consagraria campeã da Copa Sul-Americana em 2008. No mesmo ano, após conquistar seu primeiro Gauchão, partiu para o Al Jazira, encerrando sua quinta etapa no Beira-Rio.

6ª passagem (2014) — Gauchão, boa campanha e despedida sem conflito

Depois de vencer o Brasileirão com o Fluminense dois anos antes, Abel retornou ao Inter com força. Conquistou o título estadual com dois triunfos sobre o Grêmio e levou o time ao terceiro lugar no Brasileirão, garantindo vaga na Libertadores. Apesar de demonstrar interesse em seguir, não foi mantido pela gestão que assumiu em 2015, que optou por Diego Aguirre.

7ª passagem (2020–2021) — A arrancada inesquecível e a frustração final

Abel voltou em meio ao Brasileirão para substituir Eduardo Coudet e comandou uma sequência impressionante: 12 partidas invicto e nove vitórias seguidas. A campanha empolgante recolocou o Inter na briga pelo título, perdido para o Flamengo por apenas um ponto na última rodada. O treinador encerrou o período com aproveitamento de 70,3% — 12 vitórias, dois empates e quatro derrotas em 18 jogos.